“Mato Seco em Chamas” estreia em 12 capitais brasileiras
Depois de ser exibido em 36 festivais de todo o mundo e receber 27 prêmios, “Mato Seco em Chamas”, dirigido por Adirley Queirós e Joana Pimenta, estreia no circuito nacional nesta quinta-feira, dia 23 de fevereiro. O filme, o primeiro da Sessão Vitrine no ano de 2023, está programado em 20 cinemas, nas cidades de Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
“Mato Seco em Chamas” desafia classificações e a linguagem cinematográfica, combinando documentário com elementos do faroeste e ficção-científica. A fotografia é assinada pela diretora Joana Pimenta, que já havia trabalhado com Adirley Queiróz em “Era uma vez Brasília”.
Como é de costumes nos filmes de Adirley, a ação do longa se passa na Ceilândia, periferia de sua cidade, e tem, ao centro, as irmãs Chitara e Léa, líderes de uma gangue feminina, que rouba óleo de um oleoduto, refina-o e vende como combustível na favela Sol Nascente. A história do grupo é relembrada por suas membras na prisão.
Marcada pela trajetória das personagens, a narrativa de “Mato Seco em Chamas” combina o documental com a ficção no arco de transformação de suas protagonistas.
O filme é uma produção da brasileira Cinco da Norte em coprodução com a portuguesa Terratreme e teve sua estreia mundial no 72º Festival de Berlim, no começo do ano passado. Depois fez carreira em diversos eventos internacionais. No Cinéma du Réel, um dos mais importantes para o gênero documental, foi vencedor da Competição Internacional. Também foi duplamente premiado no IndieLisboa International Independent Film Festival, na competição de longas com o Grande Prêmio de Longa-Metragem Cidade de Lisboa, e, também, como melhor filme português. Foi exibido no Toronto International Film Festival e nos EUA esteve no New York Film Festival, no AFI, bem como em Mar del Plata e Valdivia. Além do Brasil, “Mato Seco em Chamas” tem distribuição em salas de cinema confirmada nos Estados Unidos (Grasshopper Films), Portugal (Terratreme Filmes) e Reino Unido (Institute of Contemporary Art London).