“Eros” é selecionado para o Festival Internacional de Documentários de Copenhague

No documentário “Eros”, pessoas frequentadoras de motel foram convidadas a se filmar durante uma noite e compartilhar os seus vídeos para fazer parte do filme dirigido pela britânica-brasileira Rachel Daisy Ellis.

O longa foi selecionado para a 21ª edição do festival internacional de documentários de Copenhague, na Dinamarca, o CPH:DOX 2024, dentro da seção NEXT:WAVE, que traz apenas dez títulos de realizadores emergentes internacionais, uma amostra do que há de mais inovador entre documentários mundiais de cineastas em início de carreira. “Eros” concorrerá ao prêmio NEXT:AWARD e ao prêmio de audiência.

O CPH:DOX é um dos festivais europeus mais prestigiosos de documentários e acontece de 13 a 24 de março.

O documentário, produzido por Dora Amorim, da produtora Ponte, em parceria com a produtora da diretora, Desvia, tem distribuição no Brasil da Fistaile, de Talita Arruda e Marina Tarabay. O filme faz parte de um trabalho mais amplo autoral da diretora que explora a influência de instituições nas relações interpessoais, e também o auto-registro.

A diretora e o montador Matheus Farias costuraram 10 histórias de pessoas que se filmam durante uma noite em 10 suítes diferentes, de distintos lugares do Brasil. A montagem aconteceu em paralelo à pesquisa e à produção, num processo circular, e não linear, ao longo de dois anos.

A diretora é conhecida por seu trabalho como produtora de títulos nacionais como “Boi Neon”, “Divino Amor” e “Doméstica”, dirigidos por Gabriel Mascaro, com quem tem uma parceira na produtora Desvia há 14 anos. Em 2018, dirigiu o curta documentário “Mini Miss”, seu primeiro trabalho como diretora, que estreou em True/False nos Estados Unidos e ganhou o prêmio de aquisição do Canal Brasil no festival Brasileiro É Tudo Verdade. “Eros” é seu primeiro longa-metragem como diretora e tem outros projetos documentários em diferentes fases de desenvolvimento e produção.

Além de “Eros”, o primeiro longa documental brasileiro sobre o movimento ballroom, “Salão de Baile”, de Juru e Vitã, produzido pela Couro de Rato, também será exibido no festival. O filme é um mergulho no universo efervescente de uma comunidade preta LGBTQIAPN+ fluminense, que segue a trilha da cultura ballroom criada na década de 60, em Nova York. O projeto foi realizado com patrocínio do 2º Edital de Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de Niterói – FAN – Fundação de Arte de Niterói, e coproduzido pela RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio.

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