Estreia de Dira Paes na direção, “Pasárgada” é lançado no circuito comercial
Depois de ser exibido pela primeira vez no Festival de Gramado, onde foi premiado como Melhor Desenho de Som (Beto Ferraz), “Pasárgada” chega aos cinemas no dia 26 de setembro. O filme marca a estreia de Dira Paes como diretora, que também é a roteirista, produtora e protagonista da narrativa, que estrela ao lado de Humberto Carrão. A produção foi assinada pela Muiraquitã Filmes, Imã Filmes e Baderna Filmes, com coprodução da Globo Filmes e distribuição da Bretz Filmes. O longa recebeu patrocínio do Banco da Amazônia, além de contar com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Governo Federal e do Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo.
“Pasárgada” surgiu de uma experiência pessoal de Dira Paes. Durante a pandemia da Covid-19, a artista se isolou entre as montanhas do Arraial do Sana (Macaé, RJ), onde o longa foi rodado. Rica em biodiversidade, a região abrange parte da Mata Atlântica e é uma das áreas mais procuradas por pesquisadores de aves no mundo, o que serviu de inspiração para a criação da narrativa. Irene é uma ornitóloga de 50 anos, que está fazendo uma pesquisa na floresta tropical para realizar um trabalho de mapeamento de pássaros. Guiada por Manuel, um mateiro vivido por Humberto Carrão, Irene se vê em face das suas escolhas e do resgate da sua essência.
Nascida no Pará, em meio à Floresta Amazônica, a conexão de Dira com a natureza e seu compromisso com o ativismo ambiental foram elementos importantes para a construção da narrativa. Os dados de que, no Brasil, 80% dos animais contrabandeados são pássaros e que o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para armas e drogas, acionaram ainda mais as inquietações da cineasta para tratar desse universo em “Pasárgada”. Uma de suas principais atividades durante o desenvolvimento do roteiro foi a observação de pássaros, fator determinante para a escolha da profissão da protagonista Irene.
Para transmitir as sensações de Irene e convocar o espectador a compartilhar o cotidiano da pesquisa de uma ornitóloga, a diretora dedicou muita atenção ao desenho de som do filme.
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