Filme de Gabriel Mascaro conquista o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri, no Festival de Berlim
Foto: Rodrigo Santoro, Denise Weinberg e Gabriel Mascaro, com o Urso de Prata, do Grande Prêmio do Júri
Dirigido por Gabriel Mascaro, “O Último Azul” acaba de conquistar o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri, na 75ª edição do Festival de Berlim. Também conhecido como Berlinale, o festival é considerado um dos maiores eventos cinematográficos do mundo ao lado do Festival de Cannes e do Festival de Veneza. Para a cerimônia de premiação, neste sábado (22/02), no Berlinale Palast, estiveram presentes Mascaro, Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, os produtores Rachel Daisy Ellis e Sandino Saravia Vinay, além de outros integrantes da equipe. Todd Haynes (“Carol”, “Longe do Paraíso”) foi o presidente do júri da competição oficial deste ano. Mais cedo, durante a premiação dos júris paralelos à competição principal, Mascaro conquistou dois prêmios: o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost.
Protagonizado por Denise Weinberg, com Rodrigo Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás no elenco, o longa é situado na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional em que vão “desfrutar” seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza (Denise), uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. O filme foi extremamente aplaudido durante a estreia mundial na Berlinale, no dia 16 de fevereiro. Uma aventura sobre resistência e amadurecimento ao longo dos rios da Amazônia, “O Último Azul” tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes.
Mascaro já esteve na Berlinale em 2019, quando “Divino Amor” foi exibido na Mostra Panorama. “O Último Azul” é o primeiro filme brasileiro a competir pelo Urso de Ouro desde 2020. Anteriormente, o Brasil venceu o prêmio com “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles, que também recebeu o Urso de Ouro de Melhor Atriz, para Fernanda Montenegro, e “Tropa de Elite” (2008), de José Padilha.
Com produção da Desvia (Brasil) e Cinevinay (México), em coprodução com a Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), Viking Film (Países Baixos), e distribuição da Vitrine Filmes no Brasil, “O Último Azul” foi produzido por Rachel Daisy Ellis (“Boi Neon”, “Rojo”) e Sandino Saravia Vinay, produtor associado de “Roma”, de Alfonso Cuarón, e coprodutor dos filmes anteriores de Gabriel Mascaro.
De acordo com a Variety, a Lucky Number, empresa responsável pela comercialização internacional de “O Último Azul”, já vendeu o longa para diversas distribuidoras estrangeiras, na Alemanha (Alamode), França (Paname), Benelux (Imagine), Espanha (Karma), Suíça (Xenix), Portugal (Nitrato), Suécia (Triart), Dinamarca (Camera), Noruega (Arthaus), Países Bálticos (A-One), Polônia (Aurora), República Tcheca e Eslováquia (Film Europe), Ex-Iugoslávia (MCF Megacom), Bulgária (Beta), Hungria (Mozinet), Israel (Lev), Austrália e Nova Zelândia (Palace), Indonésia (Falcon).
Além disso, há negociações com distribuidores dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Oriente Médio, Turquia, Grécia e Ásia. No México, a distribuição é da Pimienta.