Edital Videocamp de Filmes anuncia cinco finalistas
Dar visibilidade ao tema da Educação Inclusiva, por meio de um filme que seja capaz de desconstruir barreiras e ampliar a percepção dos seus benefícios para todas as pessoas, foi o objetivo traçado pelo Edital Videocamp de Filmes – Edição 2018. Após três meses e 164 projetos inscritos, de 29 países, o Edital apresenta seus cinco finalistas. O projeto selecionado receberá um patrocínio de até US$ 400 mil.
O Edital foi lançado no primeiro semestre deste ano, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e é um dos maiores editais do mundo voltado à produção audiovisual de impacto. Nesta segunda edição, ele aborda um tema de relevância global: a Educação Inclusiva, onde crianças com e sem deficiência devem ser educadas em um mesmo ambiente de aprendizado e socialização.
O projeto selecionado será divulgado no dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, após avaliação do júri formado por um time de cineastas e especialistas no tema: Yvonne Welbon (consultora do Chicken & Egg Pictures); Raúl Niño Zambrano (curador do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã – IDFA); Rosangela Berman-Bieler (conselheira Global em Deficiência do UNICEF); Marcos Nisti (CEO do Alana); Paola Castillo (diretora-executiva do Chile Doc) e Cecilie Bolvinkel (coordenadora geral da European Documentary Network – EDN). Os jurados levarão em conta aspectos como construção dos personagens, estrutura dramática, proposta estética e a experiência dos roteiristas, diretores, produtores, além da capacidade de realização das produtoras.
Uma vez finalizado, o filme produzido a partir do Edital será lançado via Videocamp e passará a integrar o catálogo plataforma, que já promoveu mais de 24 mil exibições públicas e gratuitas de filmes de impacto, em mais de 95 países.
Conheça os finalistas:
All Means All (Austrália) é um projeto de documentário que pretende explorar a educação como direito humano de toda criança. O filme vai apresentar os benefícios da educação inclusiva por meio de histórias potentes e também mostrar as consequências da segregação para sociedade.
Forget me Not (Estados Unidos) questiona, a partir da experiência pessoal do diretor – que descobriu no momento do parto que seu filho tinha síndrome de Down – os desafios enfrentados por crianças com deficiência, no contexto da educação pública em Nova Iorque.
Together (Reino Unido) documenta uma escola exemplo na Indonésia que segue à risca as orientações da Convenção Internacional da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Entre as atividades realizadas pela escola, está o ensino, para todos os estudantes, da linguagem básica de sinais.
Um Céu para João (Brasil) retrata o processo de transformação de uma escola da Zona Leste da capital paulista em uma escola inclusiva. O filme tem como fio condutor a história de João, menino hiperativo e diagnosticado com paralisia cerebral, e como ao longo de um ano letivo a escola onde ele estuda vai se transformar.
Me Inclui Fora dessa (Brasil), projeto desenvolvido em parceria com o Instituto Helena Antipoff, retrata o cotidiano de três jovens com deficiência, “agentes itinerantes de inclusão”, seus sucessos nessa caminhada e também os percalços que encontram em razão do modelo de ensino vigente no país.