Decifrando Manoel de Oliveira

O cineasta português Manoel de Oliveira, autor de mais de 60 filmes (32 longas-metragens), é o cineasta mais velho em atividade. Aos 105 anos, continua filmando e, este ano, pretende rodar mais um filme, “O Velho do Restelo”.

Em 2008, no ano de seu centenário, o professor de cinema Carolin Overhoff Ferreira organizou o livro “Manoel de Oliveira – Novas Perspectivas sobre a sua Obra” (Editora Fap-Unifesp), lançado em 2013, com o objetivo de analisar suas principais obras e sua importância na cinematografia mundial.

Autor com uma obra considerada difícil de entender, Oliveira tem no Brasil muitos admiradores, especialmente, em função da promoção de seus filmes através da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Exatamente para entender esse “difícil” de seus filmes, o livro reúne artigos de especialistas da Alemanha, Brasil e Portugal, em busca de novas abordagens sobre seus principais filmes, como “Douro, Faina Fluvial” (1931), “Acto da Primavera” (1962), “A Caça” (1964), “O Passado e o Presente” (1971) e “Non, ou a Vã Glória de Mandar” (1990).

Através da análise destes filmes, ficamos conhecendo a participação do autor desde o cinema mudo, da abordagem “melodramática grotesca” em algumas obras, sua participação no movimento do cinema novo português nos anos 70, a utilização alegórica da história e a relação de seus filmes com as “mudanças geopolíticas e as diferentes fases do cinema mundial”.

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