Mostra de Cinema Israelense exibe filme inédito de Amos Gitai

De 24 de junho a 7 de julho, o Sesc São Paulo e o Instituto Brasil-Israel (IBI), com o apoio da Embaixada de Israel e do Consulado Geral de Israel em São Paulo, realizam a Mostra de Cinema Israelense, oferecendo gratuitamente ao público de todo o Brasil uma seleção de filmes israelenses contemporâneos que ganharam projeção mundial nos últimos anos. Com exibições on-line na plataforma Sesc Digital, a mostra traz seis títulos, entre longas e curta-metragem, que refletem uma sociedade multicultural e diversa. Os filmes estarão disponíveis nos sites sescsp.org.br/cinesesc e sescsp.org.br/cinemaemcasa.

A abertura do evento será on-line, transmitida ao vivo pelo canal do Instituto Brasil-Israel, no YouTube, no dia 23/06, às 16h, e contará com a participação do cineasta Amos Gitai, em uma conversa exclusiva com a jornalista Anita Efraim, apresentadora do podcast “E eu com isso?”, do Instituto Brasil-Israel.

A primeira Mostra de Cinema Israelense propõe trazer “visibilidade às contradições, camadas e dilemas de um país permeado por conflitos, e estimular o público a imaginar mundos alternativos”, afirma David Diesendruck, presidente do Instituto Brasil-Israel (IBI). A diversidade de vozes da sociedade israelense, expressa em sua linguagem cinematográfica, constitui o eixo curatorial da programação.

Um dos grandes destaques da mostra é o mais recente trabalho do consagrado diretor Amos Gitai, responsável por filmes como “Kadosh – Laços Sagrados” (1999) e “Kedma” (2002). Inédito no Brasil, “Laila em Haifa” discute as relações entre judeus e árabes israelenses numa cidade conhecida por abrigar as duas etnias com o pano de fundo das tensões que atravessam a democracia israelense e as relações entre os povos.

Conhecido por abordar temas LGBTQIA+ com delicadeza e humanidade, o diretor Eytan Fox, de “Delicada Relação” (2002) e “Bubble” (2006), participa da mostra com o maduro “Sublocação”, a história de um escritor americano de livros de viagem que chega ao país para escrever sobre Israel e subloca o apartamento de um jovem israelense. É nesse encontro intergeracional, de diferentes referências culturais, que o escritor renova suas motivações para escrever e viver.

Questões universais, como as relações familiares, surgem em “O Dia Seguinte em que me Fui”, de Nimrod Eldar, e “Baba Joon”, de Yuval Delshad; este último trazendo uma família de origem iraniana à cena, ao refletir as múltiplas origens que caracterizam a sociedade israelense. Já “Mami”, da cineasta Keren Yedaya, é um musical adaptado de uma ópera rock que se passa no sul de Israel, em cidades distantes dos grandes centros políticos do país e por vezes esquecidas, e traz o contraste entre diferentes etnias expressando em sua musicalidade uma narrativa antimilitarista.

Com vários prêmios ao redor do mundo e uma indicação ao Oscar, o curta-metragem “White Eye”, de Tomer Shoshan, conta a história de um homem que encontra sua bicicleta roubada, que agora pertence a um estranho. Enquanto tenta recuperar seu bem, ele luta para permanecer humano. O filme traz para as telas a questão dos refugiados africanos, vivendo em condições precárias e sofrendo discriminação racial.

Inéditos no Brasil (exceto “Sublocação”), os filmes ficam em cartaz na série Cinema #EmCasaComSesc, do Sesc Digital, em diferentes datas e alguns com limite de visualização.

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