Feijão, o fotógrafo
O cinema brasileiro perdeu, nos últimos meses, dois grandes nomes da fotografia: Thomaz Farkas, aos 86 anos, e Paulo Jacinto dos Reis, o Feijão, aos 47. Thomaz assinou a fotografia de muitos dos documentários que, nos anos 1960 e começo dos 70, constituíram o rico acervo da chamada “Carvana Farkas”. Feijão morreu em BH, deixando como legado as belas imagens de “Baile Perfumado” (Lírio Ferreira & Paulo Caldas), “Mensageiras da Luz – Parteiras da Amazônia” (Evaldo Mocarzel) e “Deserto Feliz” (Paulo Caldas). Seu último trabalho na ficção brasileira (“O País do Desejo”, ainda inédito) tem direção do mesmo Caldas, e à frente do elenco, Fábio Assunção e Maria Padilha. Paulo Jacinto fotografou, ainda, trabalhos para redes de TV internacionais. Um deles intitula-se “Biography of Mario Vargas Llosa”, produção que uniu Inglaterra, Peru, França, Espanha e Brasil em torno da obra do autor de “Pantaleão e as Visitadoras”. Antônio Leão, em seu novíssimo “Dicionário de Fotógrafos do Cinema Brasileiro” (Coleção Aplauso Especial, da Imprensa Oficial paulista) dedica ótimo verbete a “Feijão”.