Dilma e cinema de batom

A presidenta Dilma Roussef recebeu 30 cineastas  no Palácio da Alvorada, em Brasília, para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Estavam lá veteranas como Ana Carolina, Tizuka Yamazaki e Suzana Amaral, e novatas como Ana Luiza Azevedo, Marina Person, passando por  Daniela Thomas, Eliane Caffé e Lúcia Murat. A atriz Glória Pires e a diretora Anna Muylaert apresentaram o filme “É Proibido Fumar”, que antecedeu  jantar e conversas amenas em torno dos ofícios femininos no cinema. As realizadoras fizeram fotos, brincaram (antagonizando o “cinema de batom” ao “cinema de cuecas”) e ouviram a presidenta listar alguns de seus filmes preferidos: “Hora e Vez de Augusto Matraga” (Roberto Santos), “Vidas Secas” (Nelson Pereira) e a comédia “Bendito Fruto” (Sérgio Goldenberg). O encontro presidencial se deu no momento em que o “cinema de batom” vive saudável mudança. Se mil cineastas brasileiros realizaram, do nascimento do cinema até hoje, cerca de cinco mil longas-metragens, destes, pelo menos 200  trazem assinaturas femininas. O pesquisador Luiz Felipe Miranda, autor do “Dicionário de Cineastas Brasileiros”, tabelou dados que causam entusiasmo: “Chegamos, em abril de 2011, ao número de 135 realizadoras de longas no Brasil”. Não foram relacionadas no levantamento, “Valquiria Salvá, Mary Strant, Edyala Iglésias, Samantha Ribeiro, Giselle Barroco, Manaíra Carneiro e Luciana Bezerra,  que dirigiram somente episódios em longas-metragens”. Em breve, três novos nomes desembarcam na longa duração: Jane Malaquias, com “Restos de Deus entre os Dentes”, Júlia Zakia, com “Ao Relento”, sobre ciganos, e Adelina Pontual, que finaliza “Rio Doce/CDU”.

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