Maria Schneider
A morte prematura da atriz francesa, Maria Schneider (aos 58 anos, vítima de câncer) teve enorme impacto no meio cinematográfico mundial. Se a carreira dela foi irregular, tumultuada (foi notícia pelo consumo de heroína, deu o cano no mestre Buñuel e na brasileira Ana Carolina), nem por isso deixa de ter lugar cativo no imaginário dos cinéfilos. Afinal, dois dos pouco mais de 20 filmes de que participou têm lugar cativo na história do cinema: os ousados “O Último Tango em Paris” (Bertolucci/1972) e “Passageiro, Profissão Repórter” (Antonioni/1975). Por causa da famosa e perturbadora (para governos militares e moralistas em especial) “cena da manteiga” – que teria sido improvisada por Marlon Brando, então com 49 anos (ela tinha 19) – Maria Schneider será sempre lembrada. Bonita ela nunca foi. Mas tinha carisma. E quis o destino que ela estivesse no lugar certo na hora certa.