Cosmópolis
Aos 28 anos, o empresário Eric Michael Packer fez fortuna com a especulação nas bolsas de valores de todo o mundo. Num certo dia do ano 2000, ele acorda e contempla a cidade de seu triplex no prédio residencial mais alto do mundo, em Nova York. Decide cortar o cabelo.
O presidente da República está na cidade, os mercados estão nervosos, um protesto antiglobalização toma conta de Times Square e o trânsito está abarrotado. Acompanhado do motorista e de seguranças, Eric demora o dia inteiro para percorrer dez quarteirões de Manhattan em sua limusine equipada com bar, banheiro, monitores conectados à internet e câmaras de vídeo.
Eric especula contra o iene, cuja cotação, segundo seus cálculos, deve começar a cair a qualquer momento. A moeda japonesa, porém, sobe sem parar. Durante a viagem, Eric encontra várias vezes por acaso a mulher com quem se casara poucos dias antes, a também milionária Elise. A relação deteriora a cada encontro, pois ela percebe que ele a trai sucessivas vezes ao longo do caminho.
No decorrer do dia, as certezas e os valores de Eric se mostram vazios e sua vida entra em colapso. O empresário perde mais e mais dinheiro – e também toda a fortuna de Elise -, até que o sistema financeiro global é arrastado para uma grave crise.
A história revela mais do que a falta de sentido de uma existência individual: ela aponta para o caráter perigosamente ilusório das bases que sustentam o mundo contemporâneo.
“Cosmópolis”, adaptado pelo diretor David Cronenberg, estreia nos cinemas dia 7 de setembro.
Sobre o autor: Don DeLillo nasceu em 1936, na cidade de Nova York. Um dos mais importantes escritores americanos contemporâneos, recebeu diversos prêmios, entre eles o National Book Award (1985), o PEN/Faulkner (1992), o Jerusalem Prize (1999) e a medalha Howells da Academia Americana de Artes e Letras (2000).
Cosmópolis
Autor: Don DeLillo
Tradução: Paulo Henrique Britto
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 200