No RCM, Secretarias de Audiovisual anunciam aprofundamento dos projetos já existentes
O Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Mario Borgneth, e Renata Magioli, da Superintendência de Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, participaram do RioContentMarket, nessa quarta-feira, 12, e sinalizaram o aprofundamento dos projetos e políticas já existentes para o setor ao longo de 2014.
Segundo Borgneth, o ano será de aprofundamento das políticas da SAv e da Ancine, principalmente o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Serão investidos cerca de R$ 70 milhões em editais. No que diz respeito à televisão, as ações prioritárias são o fomento à regionalização, o fortalecimento das cadeias produtivas locais, a produção e capacitação e o desenvolvimento de mercados locais e regionais.
Na Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, o ano também é de continuidade dos projetos já iniciados, com ênfase na aproximação entre o polo audiovisual e o polo tecnológico do Estado, com a criação de um programa setorial específico para isso. “Há a proximidade territorial, grande potencial de trabalho em conjunto, ganho de produtividade, economia de tempo e soluções mais eficientes. O Estado tem um papel articulador”, observa Renata.
O Secretário-adjunto de Cultura do Município de São Paulo, Alfredo Manevy, também participou do evento falando sobre a SPCine, agência de fomento à produção audiovisual na cidade de São Paulo, criada recentemente. “São Paulo tem o maior número de produtoras, maior parque cinematográfico, mercado de infraestrutura de serviço e locação, mas está aquém do que poderia dar de contribuição para o audiovisual”, disse Manevy, ressaltando que a agência pretende melhorar esse cenário e investir na capacitação tanto na área técnica quanto criativa. “Espero voltar ao evento no ano que vem com todos os agentes que fazem parte desse ecossistema”, finalizou o secretário-adjunto.
A Secretaria de Estado de Cultura do Rio, em parceria com o Instituto Gênesis da PUC-RJ, lançou em 2010 o projeto RioCriativo, que tem como objetivo desenvolver a economia criativa nas cidades fluminenses, já que a atividade criativa representa 4% do PIB do estado. As 17 empresas incubadas na primeira edição do projeto receberam consultorias, dividiram um espaço físico e se preparam crescer e conquistar seus mercados. Segundo Ivana Beltrão, gerente do RioCriativo, um novo edital será aberto em maio desse ano. Quinze empresas serão selecionadas para uma série de cursos e treinamentos em planejamento financeiro e gestão. Dessas, dez passarão pelos 18 meses de incubação.
No RioContentMarket, foram apresentados dois cases de empresas ligadas ao setor audiovisual que passaram pelo processo de incubação e foram bem sucedidas. A Arissas Multimídia apresentou dois longas-metragens documentais desenvolvidos no período de incubação, um deles a primeira coprodução internacional da produtora, feita com um parceiro uruguaio. A MobContent surgiu com a proposta de distribuir conteúdo para celular e hoje tem núcleos de distribuição, vídeos e transmídia.