Getúlio
Getúlio, de João Jardim (“Janela da Alma” e “Lixo Extraordinário”), retrata os momentos finais da crise que levou à morte do então presidente Getúlio Vargas, nos 19 dias que antecedem o 24 de agosto de 1954. Do primeiro tiro, o atentado contra Carlos Lacerda na Rua Tonelero, na madrugada de 5 de agosto; ao segundo, o tiro no peito que matou o presidente na manhã do dia 24. O longa, produzido por Carla Camurati, da Copacabana Filmes, chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 1º de maio.
Interpretado por Tony Ramos (que completa 50 anos de carreira), Getúlio chega aos cinemas no ano em que se completa 60 anos da morte do presidente. No elenco estão Alexandre Borges, no papel de Carlos Lacerda, e Drica Moraes, como Alzira Vargas, filha de Getúlio. O elenco conta ainda com Michel Berchovitch, Jackson Antunes, Marcelo Médici, Thiago Justino, entre outros.
O roteiro, assinado por George Moura (“Linha de Passe”), imprime um ritmo ágil e contemporâneo, traduzindo a urgência do momento histórico. Na direção de fotografia, Walter Carvalho se aproxima do estilo de documentário. Em Getúlio, a câmera traduz a tensão crescente e à medida que o cerco vai se fechando, com as exigências de renúncia vindo de todas as partes, nos perguntamos: Quem matou Getúlio?
O filme se passa em agosto de 1954. O jornalista de oposição e dono de jornal Carlos Lacerda, sofre um atentado a bala na porta da sua casa em Copacabana. O pistoleiro erra o tiro e mata o Major da Aeronáutica Rubens Vaz que fazia a segurança de Lacerda. O presidente da República, Getúlio Vargas, é acusado de mandar matar o maior inimigo político do seu governo. Getúlio passa a ser pressionado por lideranças militares e pela oposição para renunciar ao mandato. As investigações mostram que a ordem para o atentado saiu de dentro do Palácio do Catete. O tenente Gregório Fortunado, chefe da guarda pessoal do presidente e seu homem de confiança há anos, é acusado. Ao lado da filha, Alzira Vargas, seu braço direito na presidência, e colaboradores fiéis como Tancredo Neves e o general Zenóbio da Costa, Getúlio tenta se manter no poder e provar sua inocência. Diante das ameaças que pedem a deposição imediata do presidente, Getúlio comete um ato extremo.