Parcerias latinas
Duas produtoras brasileiras vêm se destacando pra valer no terreno das parcerias com a América Latina: Paula Cosenza, da Bossa Nova, e Vânia Catani, da Bananeira. Paula, que saiu de Gramado com o Kikito de melhor filme (“Ausência”, de Chico Teixeira), estreita, cada vez mais, seus laços com o chileno Andres Wood. Primeiro, fizeram “Violeta Sobe aos Céus” (sobre Violeta Parra), dirigido por Wood, que fez boa carreira, consolidou o prestígio da atriz Francisca Gavilán, venceu o Cine Ceará e teve exibição comercial em nosso país. Andres Wood retribuiu e coproduziu “Ausência”, no qual Francisca Gavilán interpreta uma mulher de circo. Novos projetos continuarão unindo a produtora brasileira e a chilena.
Vânia Catani também tem solidificado parcerias com a Colômbia e, em especial, com a Argentina. Depois de “La Playa”, do colombiano Juan Arango, ao qual agregou a atriz mineira Theuda Bara, Vânia, produtora dos filmes de Selton Mello (“O Palhaço” e “O Filme da Minha Vida”) e de Matheus Nachtergaele (“A Festa da Menina Morta”), coproduziu “Jauja”, de Lisandro Alonso, e agora coproduz “Zama”, novo filme da festejadíssima Lucrécia Martel, diretora de “O Pântano”, “A Menina Santa” e “A Mulher sem Cabeça”. Se, em “Jauja”, a participação brasileira não se fez sentir na tela, em “Zama” dá-se o oposto. Matheus Nachtergaele interpreta o antagonista de Daniel Giménez Cacho, ator mexicano que conhecemos de filmes como “Vermelho Sangue”, de Ripstein, e “Má Educação”, de Almodóvar.