Brasil S/A

Vencedor de cinco prêmios no 47° Festival de Brasília de 2014 – Melhor Direção, Melhor Montagem, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora – e selecionado para o 65° Berlinale (Festival internacional de Cinema de Berlim), Brasil S/A, do cineasta Marcelo Pedroso, entra em cartaz a partir de 11 de agosto, em 18 cidades de todas as regiões do país.

O longa-metragem conta a história de um cortador de cana que tem sua vida totalmente transformada a partir da chegada das máquinas e do progresso, ou a história de um país que virou empresa. Uma obra que, por diversos motivos, alguns intencionais e outros acidentais, não se encerra nela mesma e desperta no público o desejo de debater com profundidade sobre o país. Entre as inquietações do diretor abordadas no filme, estão o desenvolvimentismo, o colapso urbano, a verticalidade, o progresso e o meio ambiente.

Brasil S/A foi idealizado, filmado e lançado num intervalo de tempo em que grandes acontecimentos e reviravoltas tem transformado a realidade política e econômica do país com enorme velocidade. O filme foi concebido na época em que o Brasil alcançou a posição de 6ª economia mundial e o crescimento econômico encantava a população. Naquele momento, os brasileiros assistiam, maravilhados e apáticos, à realização do sonho de estar entre os maiores do mundo. Já na fase de filmagem, observou-se os primeiros movimentos de contestação ao governo e as polêmicas manifestações de junho de 2013, que chegaram a unir num mesmo protesto a extrema esquerda, a direita e os não-politizados. Finalmente, há o momento em que o filme está sendo lançado, a fase de instabilidade e instantaneidade político-econômica que vivemos hoje.

Em Brasil S/A não há diálogos. Trata-se de uma intensa experiência de imagens e sons conduzidas pela imponente trilha sonora original que, por muitas vezes, assume o protagonismo, contribuindo com a construção da narrativa, seja pelo tom, seja pelo discurso. De papel fundamental no filme, a trilha foi inteiramente criada pelo músico especializado em cinema Mateus Alves, que compôs desde peças orquestrais até um baião e um rap. As peças orquestrais foram gravadas na histórica Igreja N. Sra. da Graça (Seminário de Olinda) pela Cinemorquestra Pernambuco, formada especialmente para o filme, contando com 25 músicos e musicistas sob a regência do maestro José Renato Acciolly.

Na estreia do filme no Recife, em 11 de agosto, haverá uma sessão especial com execução da trilha sonora ao vivo, com 35 músicos, no histórico cinema São Luiz.

O filme conta com Fotografia de Ivo Lopes Araújo (Tatuagem; Campo Grande), Direção de arte de Juliano Dornelles (Aquarius; O Som ao Redor) produção de Livia de Melo e distribuição da Inquieta Cine.

Produzido pela Símio Filmes, em parceria com a Vilarejo Filmes, o longa foi realizado com o incentivo do Governo de Pernambuco através do Edital do Audiovisual-Funcultura e apoio dos  Estúdios Quanta, Portomídia, Agrovalle e Hyundai.

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