De volta aos cinemas depois de 32 anos

A Zeta Filmes leva aos cinemas, dentro do projeto Clássica, o filme Estranhos no Paraíso (Stranger than Paradise) do diretor norte-americano Jim Jarmusch. Um dos marcos do cinema independente é exibido em cópia digital (DCP) restaurada, no Espaço Itau de Cinema Augusta, Cine Caixa Belas Artes e no Reserva Cultural.

Jim Jarmusch, 63 anos, que apresentou dois novos filmes no Festival de Cannes 2016, um deles, “Paterson”, indicado à Palma de Ouro, é um dos principais representantes do cinema indie norte-americano, que a partir dos anos 1980 passa a produzir filmes de baixíssimo orçamento, não mais atrelados a produção dos grandes estúdios. Jim Jarmusch, com suas referências visuais, musicais e estéticas, marcou grande parte de uma geração de cineastas independentes que viriam depois com a digitalização dos meios de produção no cinema.

“Estranhos no Paraíso” é engraçado, estranho, preto e branco, incomum, uma quase comédia, uma maneira não usual de contar uma história, em que quase nada acontece, mas uma relação quase visceral é criada entre os seus três personagens, perdidos e ao mesmo tempo presos em seu próprio tempo e espaço.

No filme, Willie (John Lurie) é um imigrante húngaro que vive em Nova York. Quando ele recebe a visita inesperada de sua prima Eva (Eszter Balint), que acabou de chegar de Budapeste e está a caminho de Cleveland para morar com a tia, Willie a trata com total hostilidade e indiferença. Mas, um ano depois, Willie e seu melhor amigo Eddie (Richard Edson) decidem visitar Eva. Os três decidem então partir juntos em uma viagem de Clevaland a Miami. Estranhos no Paraíso é dividido em três partes: O novo mundo, Um ano depois e Paraíso.

Em 1984, “Estranhos no Paraíso” ganhou a Camera d’Or em Cannes, dedicada a novos diretores. Em 1985, foi nomeado Melhor Filme pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos EUA e recebeu um prêmio especial concedido pelo júri no Festival de Sundance.

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