Documento publicado pela ANCINE aponta avanços no número de lançamentos de filmes e do conteúdo nacional nas TVs paga e aberta
A ANCINE publicou em seu portal a aferição de uma nova leva de indicadores propostos para o cumprimento das metas aprovadas no Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual – PDM. Desta vez, foram divulgados os dados do monitoramento do cumprimento das metas propostas para as diretrizes 3, 4 e 6, que tratam, entre outras questões, do fortalecimento das empresas distribuidoras e da distribuição de filmes brasileiros e da diversificação da produção e ampliação da circulação das obras brasileiras em todas as plataformas. Como os indicadores da diretriz 5, referentes à capacitação de agentes do setor audiovisual, são de responsabilidade de outros órgãos, eles não integram os resultados apresentados. Uma primeira leva foi divulgada em fevereiro.
O Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual é um documento aprovado pelo Conselho Superior do Cinema em 2012, que estabelece as bases para o desenvolvimento do mercado audiovisual brasileiro entre 2010 e 2020.
Com base em informações de mercado coletadas pela Agência, o trabalho apresenta um monitoramento da situação dos indicadores em 2015 comparando-os com as metas pactuadas pelo PDM, com o objetivo de avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e seu impacto em relação a cada um dos indicadores previstos, a fim de permitir subsídios para possíveis ajustes nas ações regulatórias e de fomento da Agência.
No material divulgado, merece destaque o cumprimento da meta relativa ao lançamento de longas-metragens brasileiros nas salas de cinema. Ações de estímulo na distribuição e na exibição resultaram no lançamento de 129 filmes nacionais nas salas de cinema, em 2015, um crescimento de 72% em relação a 2010, cumprindo praticamente 100% da meta, que era de 130 filmes. Em 2016, foram 143 longas brasileiros lançados nas salas de cinema e a meta para 2020 é de 170 lançamentos.
A adoção de políticas voltadas para o fortalecimento das distribuidoras brasileiras permitiu que essas empresas ampliassem sua participação na comercialização de filmes nacionais. O número de longas brasileiros distribuídos por companhias nacionais praticamente dobrou, comparando-se o ano de 2010 com 2015. De 64 filmes brasileiros distribuídos por distribuidoras brasileiras, naquele ano, passou-se a 124 filmes em 2015. A meta prevista para 2015 foi superada, com o número de lançamentos quase atingindo o patamar esperado para o ano de 2020, de 130 títulos.
O market share anual das distribuidoras brasileiras sobre a quantidade de bilhetes vendidos para filmes brasileiros, que era de 75% em 2010, também foi ampliado, ultrapassando a meta estipulada no PDM para 2015 e chegando a aproximadamente 86%.
O acompanhamento mostra que houve avanço no objetivo de ampliação da veiculação de longas-metragens brasileiros independentes na programação da TV aberta e da TV por assinatura. Ambas as metas foram superadas com folga. Na TV aberta, houve um percentual do cumprimento da meta de 234% e na TV por assinatura, o percentual foi de 139%. Isso significa dizer que a meta para 2015 era de 969 exibições de filmes brasileiros na TV Paga e o ano fechou com 1350 veiculações.
A mesma expansão também pode ser constatada em relação à veiculação de obras seriadas e de outros formatos. Em 2015, chegamos a 10.517 episódios veiculados, superando bastante a meta proposta, que era de 9.252 episódios, o que pode ser atribuído diretamente à entrada em vigor da Lei 12.485/2011, que instituiu obrigações relacionadas à veiculação de conteúdo para as programadoras.
Clique aqui para acessar a aferição de resultados dos indicadores das diretrizes do Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual.
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