Raiva

Em “Raiva”, uma coprodução Portugal, Brasil e França, dirigida por Sérgio Tréfaut, os campos do Baixo Alentejo, em Portugal dos anos 1950, estão em pauta. Dois assassinatos em uma noite geram suspeitas e dúvidas aos moradores da região. Qual a origem desses crimes? Baseado no romance “Seara de Vento”, de Manuel da Fonseca, o filme conta a história de uma família de camponeses que luta pelo trabalho e pela dignidade durante a ditadura portuguesa.

O livro “Seara de Vento” (Manuel da Fonseca) é uma obra muito próxima de “Vidas Secas” (Graciliano Ramos), que foi adaptada no cinema brasileiro por Nelson Pereira dos Santos. “Raiva”, de Sérgio Tréfaut, e o clássico “Vidas Secas” possuem também elementos estéticos fundamentais em comum, como a poderosa fotografia em preto e branco, a secura e a contenção narrativa.

No elenco do filme, nomes como Isabel Ruth, Leonor Silveira, Hugo Bentes, Rita Cabaço, Adriano Luz, entre outros grandes nomes da dramaturgia portuguesa. Além disso, o filme conta com a atuação do brasileiro Kaio Cesar, a expressiva criança que, como muitos brasileiros, hoje reside em Portugal.

O diretor, que é franco-luso-brasileiro nascido em São Paulo, defende que “Raiva” é um filme extremamente atual para o Brasil, retratando uma situação de abuso perpetrada por quem tem meios financeiros e perverte: o poder político, o poder religioso, a polícia e, implicitamente, o poder judicial.

O longa entra em circuito comercial na próxima quinta-feira, dia 7 de março, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Luis, Porto Alegre, Teresina, Goiânia, Brasília, Aracaju e Palmas, com distribuição da Pandora Filmes.

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