Mostra Ecofalante anuncia os filmes premiados

O longa brasileiro “O Bem Virá” foi o grande vencedor da Competição Latino-Americana da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema. Dirigido por Uilma Queiroz, o documentário acompanha a busca por treze mulheres que, em 1983, em uma seca no sertão do Pajeú pernambucano, lutaram pelo direito à sobrevivência. A obra foi premiada com o troféu Ecofalante e R$ 15 mil na noite de sábado, 13 de agosto, na cerimônia de premiação realizada no Centro Cultural São Paulo.

Duas menções honrosas foram concedidas a longas-metragens nesta edição: “Rolê – Histórias dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, e “A Opção Zero”, de Marcel Beltrán, uma coprodução Cuba/Colômbia/Brasil.

O Prêmio do Público na categoria longa-metragem foi para “Lavra”, de Lucas Bambozzi. O filme acompanha Camila, geógrafa, que retorna à sua terra natal depois de o rio de sua cidade ser contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil, provocado por uma mineradora transnacional.

O prêmio do júri de Melhor Curta foi para “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, dirigido pelo Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e por Joana Moncau. O curta acompanha as jovens do coletivo durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. O filme ganhou o troféu Ecofalante e R$ 5 mil de prêmio.

“Terra Nova”, de Diego Bauer, recebeu menção honrosa na categoria curta-metragem. O Prêmio do Público nesta categoria foi para “Ser Feliz no Vão”, dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos.

O grande vencedor do Concurso Curta Ecofalante foi “Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés”, de Sueli Maxakali. O filme se passa em julho de 2020, em plena pandemia de Covid-19, quando cerca de 100 famílias tikmῦ’ῦn-maxakali deixaram a reserva de Aldeia Verde (Ladainha, MG) em busca de uma nova terra. O curta ganhou o troféu Ecofalante e R$ 4 mil de prêmio.

“Quem Saiu para Entrega?”, de Leonardo Roque Machado, Evaldo Cevinscki Neto e Paula Roberta de Souza, recebeu menção honrosa. Já o Prêmio do Público foi para “Não me Chame Assim”, de Diego Migliorini. O curta de ficção acompanha a personagem Daniela, que recebe a notícia de que sua tão aguardada cirurgia de redesignação de gênero foi antecipada, e seu amante, Roberto, que tenta dissuadi-la da operação, revelando uma controversa relação que desperta angústias e crises.

Desde 2020, a Mostra Ecofalante premia também a escolha do público de melhor filme do Panorama Internacional Contemporâneo. O vencedor desta edição foi “Nosso Planeta, Nosso Legado”, dirigido pelo francês Yann Arthus-Bertrand. Neste documentário, o diretor revisita, onze anos após “Home – Nosso Planeta, Nossa Casa”, sua vida e sua trajetória engajada de quase cinco décadas. Priorizando o debate acerca dos danos ecológicos causados pelo ser humano, o filme apresenta soluções de reconciliação com a natureza e caminhos possíveis para um futuro menos devastado.

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