Sato Company realiza mostra de Bruce Lee em homenagem aos 50 anos da morte do lutador e artista
Os amantes de artes marciais de todo o país podem celebrar a chance de assistir nos cinemas a excelência do ícone que as popularizou na cultura pop com a Mostra Bruce Lee – 50 Anos. Em homenagem ao 50º aniversário da morte do lutador e artista, a distribuidora Sato Company organiza a mostra que levará cinco filmes com Bruce Lee, em versões remasterizadas em 4K, às salas de cinema brasileiras, a partir de 21 de setembro.
Nascido nos Estados Unidos, em 1940, bem na “hora do Dragão”, segundo a Astrologia Chinesa, Bruce Jun Fan Lee foi criado em Hong Kong, onde, durante a infância, seus pais decidiram matriculá-lo em aulas de artes marciais para canalizar sua raiva e energia. De aluno, tornou-se instrutor, até criar o Jeet Kune Do, um complexo conceito que combina filosofia e artes marciais, e transformar-se em um astro de cinema em 1971, com “O Dragão Chinês”, grande sucesso que integra esta mostra comemorativa. Lee foi assistente do roteirista e diretor Lo Wei neste filme, que serviria supostamente para promover o ator James Tien, na época bastante popular em Hong Kong, mas acabou roubando o protagonismo no papel de um chinês que se muda para a Tailândia e vai trabalhar em uma fábrica de gelo.
Elevado à categoria de astro na Ásia, Bruce estrelaria outro filme icônico presente nestas exibições especiais: “A Fúria do Dragão” (1972). Na produção, o artista interpreta um jovem aprendiz chinês de artes marciais que, para vingar a morte de seu mestre e defender a honra de seu país, enfrenta diversos lutadores japoneses. Ao tirar o foco das tradicionais lutas com espadas e dar destaque ao uso dos golpes manuais, o ator é considerado um dos responsáveis pela retomada da popularidade do cinema de Hong Kong.
Ainda em 1972, Lee criaria “O Voo do Dragão” (foto), filme que escreveu, dirigiu e protagonizou. A obra traz seu personagem indo até Roma para proteger a amiga e a família dela, que estão sob ameaça da máfia local que deseja tomar o restaurante deles, dando origem a uma das maiores cenas de luta da história da Sétima Arte, na qual o artista enfrenta outra lenda do gênero de ação, o ator Chuck Norris. Segundo o célebre crítico de cinema brasileiro Rubens Ewald Filho, “a cena da luta entre os atores no Coliseu de Roma é um dos melhores momentos do cinema das artes marciais”.
Além dos três grandes sucessos da curta carreira de Bruce Lee, falecido em 20 de julho de 1973, de forma controversa, a mostra apresenta ainda duas produções póstumas, que trazem imagens do lutador. Uma é o polêmico “O Jogo da Morte” (1978), na qual Lee “atua” graças a imagens de arquivo, dublês e truques de edição, somados aos poucos minutos de filmagem realizados antes de sua morte, e aparece em cena com o famoso macacão amarelo, homenageado depois por Quentin Tarantino em “Kill Bill” (2003-2004). Outra é a sequência “O Jogo da Morte II” (1981), em que a morte de seu personagem, Billy Lo, faz o irmão caçula Bobby Lo (Kim Tai-chung) investigar o ocorrido.