“O Último Dia de Yitzhak Rabin”, Amos Gitaï, estreia no Brasil

“O Último Dia de Yitzhak Rabin” (Rabin, The Last Day), dirigido por Amos Gitaï (“Kedma”, “Kadosh – Laços Sagrados e “Uma Noite em Haifa”), estreia em circuito limitado de salas de cinema hoje, 2 de novembro, com distribuição da Synapse Distribution. Lançado em 2015 e premiado no Festival de Veneza do mesmo ano, o thriller político acompanha os últimos momentos de Yitzhak Rabin, ex-primeiro-ministro de Israel e vencedor do prêmio Nobel da Paz, até seu assassinato, em 1995, por um estudante ligado a um grupo de extrema direita. Essa é a primeira vez que o filme será exibido em cinemas brasileiros.

No dia 4 de novembro de 1995, 100 mil pessoas se reuniram em uma manifestação em prol da paz no centro de Tel Aviv, cidade na costa israelense. Yitzhak Rabin, o então primeiro-ministro do país, discursou em frente a uma multidão poucos minutos antes de levar três tiros nas costas do estudante Yigal Amir, membro de um grupo de extrema direita. O acontecimento evidenciou não só a gravidade da violência entre comunidades religiosas dentro de Israel, mas também o radicalismo político.

Símbolo principal do processo de paz entre israelenses e palestinos, Rabin também recebeu o Prêmio Nobel da Paz um ano antes da sua morte, em 1994, pelo trabalho amplamente reconhecido no Oriente Médio.

Para produzir o filme, Gitaï usou uma metodologia que se tornou sua marca registrada: o processo de escolha do elenco foi feito enquanto o roteiro era escrito por ele e por Marie-José Sanselme, colega de longa data. Em suas pesquisas, o cineasta se debruçou sobre imagens registradas no dia do acontecimento e selecionou alguns atores para interpretar papéis essenciais, como os membros da comissão que julgou o caso e o próprio assassino de Rabin.

“O Último Dia de Yitzhak Rabin” participou de diversos festivais internacionais, como o Festival de Cinema de Munique e o Festival Internacional de Veneza de 2015, em que concorreu ao Leão de Ouro de Melhor Filme e venceu outras duas categorias: “Golden Mouse” e “Human Rights Film Network Award”, prêmios honorários cedidos a partir da avaliação de críticos de cinema.

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