Clássico da Retomada, “Guerra de Canudos” estreia no Brasiliana TV
Na segunda metade dos anos 1990, o diretor Sérgio Rezende lançou um dos maiores épicos feitos naquele período, conhecido como Cinema da Retomada. Trata-se de “Guerra de Canudos” (1997), que finalmente chega ao streaming, no dia 5 de agosto, pela plataforma Brasiliana TV, disponível sem custo adicional para assinantes da ClaroTV. Na mesma data, entram no catálogo do Brasiliana mais três longas de sucesso: “O Sonho Não Acabou”, também de Sérgio Rezende, “Arábia”, de Affonso Uchôa e João Dumans, e “Vagas para Moças de Fino Trato”, de Paulo Thiago. Lançado em fevereiro deste ano, o Brasiliana TV já reúne 466 conteúdos ficcionais e documentais, entre filmes e episódios de séries.
Com quase três horas de duração, “Guerra de Canudos” foi um dos filmes com maior orçamento do cinema brasileiro. A obra deu a Paulo Betti e a Marieta Severo os troféus de melhor ator e melhor atriz coadjuvante no Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. No filme, eles interpretam os pais de Luiza (vivida por Cláudia Abreu), a jovem protagonista. Ela se recusa a acompanhar os dois na peregrinação liderada por Antônio Conselheiro (José Wilker) e acaba se prostituindo para os soldados mobilizados pelo governo federal para combater os insurgentes de Canudos. No entanto, mesmo depois de Luiza se apaixonar por um dos soldados, uma reviravolta fará com que ela mude de lado.
Lançado vinte anos depois de “Guerra de Canudos”, o longa “Arábia” também deixou sua marca na filmografia nacional. Representante do novo cinema independente brasileiro, foi vencedor de cinco prêmios no Festival de Brasília de 2017 e exibido em mais de 50 festivais dentro e fora do Brasil, como os de Roterdã (Holanda), Viennale (Áustria) e o BFI (Londres). No enredo, o jovem André (Murilo Caliari) encontra o diário de um trabalhador, numa vila operária em Ouro Preto, e entra em contato com a comovente trajetória de vida de Cristiano (Aristides de Sousa), em meio às mudanças sociais e políticas do Brasil.
Retrato da primeira geração nascida em Brasília, o longa-metragem “O Sonho Não Acabou” gira em torno de amigos que vivem com intensidade os sonhos e as angústias juvenis. Esse drama de 1982, dirigido por Sérgio Rezende, marcou a estreia de vários atores célebres no cinema brasileiro, entre os quais Lauro Corona, Miguel Falabella e Lucélia Santos.
A comédia dramática “Vagas para Moças de Fino Trato”, de 1993, é um filme de Paulo Thiago com roteiro de Alcione Araújo, autora da peça teatral na qual o longa se baseia. A trama acompanha Gertrudes (Norma Bengell), uma professora de piano que aluga os quartos de seu apartamento para duas garotas: a sonhadora Lúcia (Lucélia Santos) e a extrovertida Madalena (Maria Zilda Bethlem). O trio de atrizes — Norma Bengell, Lucélia Santos e Maria Zilda Bethlem — foi condecorado com o prêmio de melhor atriz no 26° Festival de Brasília.
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