Silvio Guindane filma 2ª temporada da série “Sankofa”
Foto: Silvio Guindane © Guto Costa
A série documental “Sankofa” retornará à TV e ao streaming para sua segunda temporada em 2025, após ser adotada como material pedagógico do ensino escolar brasileiro. A sequência, em etapa de filmagens, intitulada “Sankofa – A África que Habita o Brasil”, tem direção de Silvio Guindane, para documentar os locais emblemáticos que guardam memórias de resistência da cultura afro-brasileira no território colonizado.
Essa nova continuidade está sendo formatada no gênero road-movies, levando o diretor a percorrer mais de 20 mil quilômetros. A jornada está sendo capturada por fotografias da antropóloga e retratista Mariana Maiara, aluna da escola Januário Garcia (1943-2021), renomado fotógrafo documentarista das experiências afrodescendentes nas dimensões social, política, cultural e econômica.
Juntos, Silvio e Maiara, que também assume a apresentação do projeto, registram marcos históricos que simbolizam a continuidade da luta por identidade. Os destinos incluem o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, o Quilombo do Malunguinho, em Pernambuco, a Praça da Liberdade, em São Paulo, e a Pedra do Sal, no Rio de Janeiro. Além de personagens, irmandades e festividades em Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Tocantins, Bahia, Ceará e Maranhão.
“Sankofa – A África que Habita o Brasil” é uma produção da FBL Criação + Produção em coprodução com a RioFilme da Prefeitura do Rio de Janeiro, com patrocínio platinum da Petrobras e do Nubank e patrocínio premium da Bayer. O roteiro é baseado no estudo “Inventário dos lugares de memória do tráfico atlântico de escravos e da história dos africanos escravizados no Brasil”, realizado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI), da Universidade Federal Fluminense, em parceria com o Projeto Rota dos Escravos, da Unesco.
A primeira temporada “Sankofa – A África que te Habita” foi exibida em 2020, nos canais Prime Box Brazil, TV Brasil e Futura, além da RTP, em Portugal e África, e na Netflix Brasil e Portugal. Essa fase inicial registrou lugares de memória em nove países africanos ao longo das rotas do tráfico transatlântico, revelando as conexões culturais com o Brasil. A série teve uma recepção positiva do público, especialmente por educadores e pesquisadores, estabelecendo-se como um importante recurso pedagógico no contexto da Lei 10.639/2003, que determina o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
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