Animação “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca” estreia na programação de férias do Itaú Cultural Play
Em janeiro, o Itaú Cultural tem várias atividades para as famílias aproveitarem as férias com as crianças. A programação presencial conta com oficinas têxteis, em sinergia com a exposição Artistas do Vestir: uma Costura dos Afetos, em cartaz nos três pisos expositivos do IC; estação de leitura e brincadeiras, que dialoga com a Ocupação Oswald de Andrade, localizada no piso 2; e a já tradicional Expedição Brasiliana: Aventuras na Exposição, uma dinâmica de jogos e descobertas que acontece no Espaço Olavo Setubal, mostra permanente nos pisos 4 e 5.
No ambiente on-line, a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro, recebe a estreia da animação “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca” (2024), do trio Diego M. Doimo, Eduardo Perdido e Tiago MAL, e traz novos filmes à coleção Cine Curtinhas, destinada às crianças.
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca” (foto), que chega à plataforma no dia 17 de janeiro, acompanha Teca, uma pequena traça que vive com sua família e seu ácaro de estimação, Tuti, dentro de uma caixinha de costura. Como qualquer outra traça, Teca adora comer papel, mas ela fica preocupada quando percebe que, ao comer livros, as histórias contidas neles se perdem. Quando a dupla encontra um mistério para ser resolvido, eles partem para a biblioteca à procura das histórias de suas vidas.
Uma narrativa divertida e instigante que valoriza a educação, a leitura e as histórias de família, o filme tem trilha sonora original de Hélio Ziskind, compositor de temas clássicos de programas infantis como Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum.
O longa-metragem utiliza-se principalmente da técnica de stop motion, cujos movimentos são animados a partir de sequências de fotografias. Foram repassadas quase 30 mil fotos e usados 12 anos para a produção. O filme foi exibido em vários festivais pelo mundo e conquistou prêmios como o de melhor longa no Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI), no Rio de Janeiro, e o prêmio especial do Júri no 44º Festival del Nuevo Cine Latinoamericano, em Cuba.
A coleção Cine Curtinhas, que reúne animações educativas e divertidas de várias regiões do Brasil, recebe 10 novos curtas-metragens. A seleção especial é pensada para as crianças e os pais aproveitarem juntos. Divertidas, inteligentes e premiadas em festivais, as animações escolhidas falam, com delicadeza e criatividade, de temas importantes para a infância.
“Ciranda Feiticeira” (Pernambuco, 2023), dirigido por Tiago Delácio e Lula Gonzaga, conta a história de Janaína, garota pescadora que vive e trabalha com a mãe em uma praia da Ilha de Itamaracá, em Pernambuco. Em um dia normal de pesca, a menina se depara com um acontecimento inesperado. Exibido em mais de 50 festivais no Brasil e no exterior, o filme se inspira nas histórias de pescadores da ilha pernambucana e nos cantos de cirandas para refletir sobre os ciclos da vida, as culturas tradicionais, a necessidade de a criança amadurecer e a relação entre mães e filhas.
Em “Napo” (Paraná, 2020), o cineasta Gustavo Ribeiro também explora a relação entre familiares, dessa vez entre neto e avô. Com dificuldade para se lembrar das coisas, o avô de João, o senhor Napo, vai morar com ele e a mãe. Um dia, o menino encontra um velho álbum de fotografias de família e decide criar desenhos a partir dos registros, que acabam por avivar as memórias do avô. O curta-metragem foi exibido em centenas de festivais nacionais e internacionais, conquistando mais de 60 prêmios.
Com tons surrealistas e oníricos, que misturam traços de giz e desenhos de crianças, a animação “Lulina e a Lua” (São Paulo, 2023) convida os espectadores a enfrentarem seus maiores medos. À noite, em um barco à beira-mar, Lulina desenha um bicho monstruoso. De repente, uma tartaruga passa a seu lado e entra no mar. A menina decide segui-la até ser capturada pela luz da Lua e levada a um lugar em que pode lidar com seus medos. A direção é da dupla Alois Di Leo e Marcus Vinicius Vasconcelos.
O universo dos sonhos também é o ponto de partida de “Viagem na Chuva” (Goiás, 2014), do animador, ilustrador e quadrinista goiano Wesley Rodrigues. Fruto de uma memória de sua infância, o filme apresenta a história de um menino que, encantado com uma trupe de circo que passa pela cidade, cisma em viajar com ela. No sonho do garoto, um mágico o convida para uma viagem em uma gota de chuva, passeando por um mundo onde tudo é colorido e peixes podem voar. A obra de Rodrigues é inspirada por Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli e um dos grandes nomes da animação japonesa, e traz elementos de brasilidade e um estilo próprio.
Da Bahia, a animadora Pâmela Peregrino celebra a mitologia afro-brasileira e o pertencimento em “Ewé de Òsányìn: o Segredo das Folhas” (2023). No curta-metragem, após sofrer discriminação de seus colegas na escola, um menino com um misterioso poder de cura foge para a mata. Perdido na caatinga, ele se encontra com diferentes divindades, entre elas Esú, senhor dos caminhos, e Òsányìn, pai das folhas, das ciências e das ervas, que vão guiá-lo por uma jornada de conhecimento.
Em “Meu Nome é Maalum” (Rio de Janeiro, 2021), de Luísa Copetti, a protagonista também sofre com o racismo de seus colegas, devido ao seu nome africano. Até que, com a ajuda de sua família, Maalum começa uma jornada de autoconhecimento e descoberta sobre sua ancestralidade.
“A Menina e a Árvore” (Mato Grosso do Sul, 2023) mergulha no universo ficcional do poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014). No enredo, o escritor é o avô de uma menina que, na adolescência, volta a sua terra natal e é invadida pelas lembranças do pantanal onde nasceu e cresceu em meio à natureza. A direção é da cineasta Ara Martins.
Produção paraibana, “Era uma Noite de São João” (2022), de Bruna Velden, acompanha o cotidiano de Dora Dorinha, uma senhora que mora no interior do estado. No Dia de São João, Dorinha, que está de quarentena devido à pandemia, começa a relembrar os bons momentos que passou nas festas. Até que, de repente, o som de um acordeão rompe a madrugada na cidade. O curta-metragem aborda o potencial da arte em momentos difíceis, como foi a pandemia de Covid-19.
Obra de estreia do multiartista Robson Cavalcante, “Diafragma” (Alagoas, 2023) usa uma abordagem lúdica para tratar de dor, alegria e esperança. Desde pequeno, Carlos sempre gostou de brincar com os olhos, que, para ele, eram como uma câmera a filmar tudo. Um dia, ele descobre que tem diabetes e que, por isso, poderá ficar cego.
Encerra as estreias de janeiro na coleção Cine Curtinhas o filme “O Malabarista” (Goiás, 2018), de Iuri Moreno. Amanhece e é mais um dia normal em uma grande cidade cinza, cheia de barulho e automóveis. É nesse momento que um malabarista se prepara para sair de casa e arrancar sorrisos das pessoas. Uma mescla entre documentário e ficção, a história foi criada também a partir de relatos reais de malabaristas.
O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.