Tradicional retrospectiva do cinema brasileiro começa esta semana

A partir do dia 7 de dezembro, o CineSesc dá início à 13ª edição da tradicional retrospectiva do cinema brasileiro. Serão exibidos todos os longas brasileiros lançados em São Paulo entre novembro de 2011 e outubro de 2012. A retrospectiva vai até dia 27 de dezembro e tem ingressos a R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).

Serão exibidos desde os filmes independentes, que tiveram pouco espaço no circuito, até os longas que foram sucesso de público. Entre os destaques da retrospectiva desse ano estão “As Canções”, de Eduardo Coutinho, “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios”, de Beto Brant, “Luz nas Trevas”, de Helena Ignez, “O Homem que não Dormia”, de Edgard Navarro, “Tropicália”, de Marcelo Machado, “O Céu sobre os Ombros”, de Sérgio Borges, e “Febre do Rato”, de Cláudio Assis.

Confira a programação da retrospectiva:

Cabra Marcado para Morrer 
Iniciado em 1964, o documentário sobre o líder camponês paraibano João Pedro Teixeira, assassinado em 1962 a mando de latifundiários, foi interrompido pelo golpe militar. Vinte anos depois, o cineasta Eduardo Coutinho reúne condições para retomar a produção, encontrando restos do filme milagrosamente preservados e procurando os vestígios de Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro, e de seus filhos. Encontra-a sob novo nome, escondida no interior do Rio Grande do Norte, para onde fugiu com um único filho. Entregues aos avós e tios, os outros dez filhos de Elizabeth vão sendo reencontrados em vários estados do Brasil, reconstituindo com seus depoimentos os detalhes da dispersão e da sobrevivência da família. Direção: Eduardo Coutinho. Documentário. 119 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
07/12. Sexta, às 19h. 

Marighella 
Em sua infância, a cineasta Isa Grispun Ferraz nunca desconfiou de que seu tio Carlos, que aparecia e desaparecia de sua casa, era na verdade o líder comunista, ativista da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella. Décadas depois, a sobrinha reúne materiais de arquivo e depoimentos, como do professor Antônio Cândido, do historiador Jacob Gorender e de sua tia, Clara Charf, viúva de Marighella, para recuperar a atuação e a trajetória do militante nascido na Bahia em 1911, que chegou a ser eleito deputado federal pelo PCB em 1946 e foi morto, aos 57 anos, numa emboscada armada pel delegado Sérgio Paranhos Fleury, em 1969, em São Paulo. Direção: Isa Grispun Ferraz. Documentário. 100 min.
Não recomendado para menores de 10 anos
07/12. Sexta, às 17h.

Menos que Nada 
Num hospital psiquiátrico, um dos pacientes, Dante (Felipe Kannenberg) está totalmente abandonado. Não recebe visitas, nem parece prestar atenção a nada ao seu redor. A psiquiatra Paula (Branca Messina) interessa-se pelo seu caso e descobre que ele é formado em História e realizava uma pesquisa em Antropologia. Para reunir mais detalhes, ela ouve pessoas que participaram do passado de Dante, como a arqueóloga René (Rosanne Mulholland), a ex-professora Laura (Carla Cassapo) e a ex-namorada Berenice (Maria Manoella). Cada uma delas tem uma versão sobre o que realmente aconteceu numa situação envolvendo o achado de uma peça pré-histórica. Direção: Carlos. Gerbase. Elenco: Felipe Kannenberg, Branca Messina, Rosane Mulholland, Maria Manoella, Carla Cassapo. 80 min.
Não recomendado para menores de 10 anos
07/12. Sexta, às 14h.

Os 3 
Camila (Juliana Schalch), Cazé (Gabriel Godoy) e Rafael (Victor Mendes) conhecem-se quando vêm para São Paulo fazer faculdade. Logo eles acabam conhecidos como “os 3”, já que nunca se desgrudam. Moram juntos num mesmo apartamento e fazem tudo juntos – formam, inclusive, um triângulo amoroso aparentemente sem conflitos. Um dia, uma agência de propaganda convida-os para integrar um reality show, em que câmeras serão instaladas em seu apartamento, onde todo e qualquer objeto à vista poderá ser vendido. Apesar de o trio estar ganhando dinheiro, a fama súbita e a perda da intimidade anterior geram uma crise no relacionamento. Direção: Nando Olival. Elenco: Juliana Schalch, Gabriel Godoy, Victor Mendes. 80 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
07/12. Sexta, às 23h.

Tropicália 
Documentário investiga as origens e influências do Tropicalismo, movimento que marcou profundamente a cultura brasileira no final dos anos 1960 e legou à MPB alguns de seus maiores e mais permanentes ídolos, Caetano Veloso, Tomzé e Gilberto Gil. A pesquisa realizada ao longo de cinco anos resgatou imagens inéditas, como a participação de Caetano e Gil no festival da Ilha de Wight, na Inglaterra, em 1970. Entrevistas com seus participantes traçam os caminhos do movimento, que foi herdeiro do Manifesto Antropofágico do escritor Oswald de Andrade e se articulou com outras manifestações criativas da época, como o Cinema Novo, o Teatro Oficina e os parangolés de Hélio Oiticica. Direção: Marcelo Machado. Documentário. 82 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
07/12. Sexta, às 21h30.

Boca 
Um dos mais famosos criminosos da história de São Paulo, Hiroíto de Moraes Joanides (Daniel de Oliveira) reinou na chamada “boca do lixo’, no centro paulistano, em meados dos anos 1960. Filho de um comerciante grego, cresceu num lar de classe média, com acesso a uma boa educação. Isso não impediu que se tornasse um traficante de drogas, assassino e explorador do baixo meretrício na região central da capital paulistana. Mesmo conseguindo subornar policiais, como o delegado Honório (Paulo César Pereio), que prefere não perturbar sua vida de luxo ao lado da mulher, Alaíde (Hermila Guedes), Hiroíto está na mira de outros chefões do crime. Direção: Flávio Frederico. Elenco: Daniel de Oliveira, Hermila Guedes, Milhem Cortaz, Juliana Galdino, Paulo César Pereio, Leandra Leal. 100 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
08/12. Sábado, às 14h.

Heleno 
Uma das maiores lendas do futebol brasileiro, Heleno de Freitas (1920-1959) ganha esta cinebiografia, em que é interpretado por Rodrigo Santoro – que perdeu 12 kg e treinou com o ex-jogador Cláudio Adão para interpretar o papel. Filho de um industrial, Heleno teve educação requintada, formando-se em Direito. Mas a paixão pelo futebol falou mais alto e ele tornou-se jogador no Botafogo entre 1937 e 1948, marcando mais de 200 gols. Perfeccionista e encrenqueiro dentro de campo, ele não dispensou nunca a vida boêmia, em noitadas regadas a álcool e drogas, nos braços de muitas mulheres, como a cantora Diamantina (Angie Cepeda). Direção: José Henrique Fonseca. Elenco: Rodrigo Santoro, Alinne Moraes, Erom Cordeiro, Othon Bastos, Angie Cepeda. 116 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
08/12. Sábado, às 19h.

Raul Seixas: o Início, o Fim e o Meio 
Apesar de ter morrido há 23 anos, o mito Raul Seixas (1945-1989) resiste, sendo objeto de um culto apaixonado. O documentário procura delinear sua trajetória, detalhando influências de um estilo que uniu Elvis Presley e Luiz Gonzaga, a partir de raras imagens de arquivos pessoais e de emissoras de televisão – inclusive imagens inéditas -, além de entrevistas com quatro de suas cinco ex-mulheres, suas três filhas, um neto, admiradores como Caetano Veloso e Tomzé, e parceiros como Cláudio Roberto e o agora escritor Paulo Coelho – co-autor de sucessos como “Há dez mil anos atrás” e “Sociedade alternativa”, que rendeu a perseguição por parte da ditadura militar aos dois, que foram presos e se exilaram. Direção: Walter Carvalho. Documentário. 115 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
08/12. Sábado, às 21h30.

Reidy – A Construção da Utopia 
O foco deste documentário é o trabalho do arquiteto Affonso Eduardo Reidy (1906-1964), um dos pioneiros da arquitetura moderna brasileira, autor de obras fundamentais na paisagem urbana do Rio de Janeiro, como o Aterro do Flamengo, o prédio do Museu de Arte Moderna (MAM) e o inovador conjunto residencial Pedregulho, em São Cristóvão, cujo projeto venceu a I Bienal de São Paulo, em 1953. Diversos depoimentos dão conta de sua importância, caso de Roberto Burle Marx, Carmen Portinho, Paulo Mendes da Rocha e Lúcio Costa – que considerava Reidy “o mais elegante e civilizado de sua geração”. Direção: Ana Maria Magalhães. Documentário. 71 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
08/12. Sábado, às 17h. 

À Beira do Caminho 
O caminhoneiro João (João Miguel) percorre as estradas do Brasil, entregando mercadorias. É um homem solitário e calado, que carrega o peso de uma imensa culpa do passado, em que foram protagonistas duas mulheres, Helena (Ludmila Rosa) e Rosa (Dira Paes). Um dia, entra escondido no caminhão um menino, Duda (Vinicius Nascimento). Ele procura um jeito de ir para São Paulo procurar um pai desconhecido, depois da morte de sua mãe, contando apenas com um endereço antigo. Após resistir muito, João reencontra um pouco de sua ternura perdida e decide ajudá-lo. A trilha sonora é embalada por canções de Roberto Carlos. Direção: Breno Silveira. Elenco: João Miguel, Dira Paes, Ludmila Rosa, Denise Weinberg, Vinicius Nascimento, Ângelo Antônio. 102 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
09/12. Domingo, às 14h.

Billi Pig 
Marivalda (Grazi Massafera) é uma dona de casa suburbana, cujo maior sonho é tornar-se atriz e ganhar um Oscar. Mas nada em sua vida parece levar nessa direção, ainda mais diante do fracasso financeiro de seu marido, Wanderley (Selton Mello). Um dia, ele conhece um padre malandro (Milton Gonçalves) e junta-se a ele na tentativa maluca de forjar um milagre que tire do coma a filha de um traficante (Otávio Muller), o que tornaria os dois ricos. Enquanto isso, Marivalda apega-se às suas fantasias e faz confidências ao seu porquinho de brinquedo, que lhe dá conselhos. Direção: José Eduardo Belmonte. Elenco: Grazi Massafera, Selton Mello, Milton Gonçalves, Léa Garcia, Otávio Muller, Preta Gil, Milhem Cortaz, Raquel Villar, Aimé Espinosa. 95 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
09/12. Domingo, às 19h.

Cara ou Coroa 
Em meados dos anos 1970, em plena ditadura, dois irmãos, João Pedro (Emílio Mello) e Getúlio (José Geraldo Rodrigues), têm sua vida ligada ao teatro, o primeiro como diretor, o segundo, como autor. A censura e a repressão política, que provocam a suspensão de montagens e a prisão de artistas, fecham o cerco em torno deles. Um dia, João Pedro pede a Getúlio que o ajude a esconder dois perseguidos políticos. Para isso, Getúlio consegue a cumplicidade da namorada (Julia Ianina), que os oculta no porão de sua própria casa, sem o conhecimento do avô, um general (Walmor Chagas). Direção: Ugo Giorgetti. Elenco: Walmor Chagas, Emílio Mello,Otávio Augusto, Julia Ianina, José Geraldo Rodrigues, Eduardo Tornaghi, Juliana Galdino.110 min.
Livre para todos os públicos
09/12. Domingo, às 17h.

Gonzaga – De Pai Para Filho 
Cinebiografia romanceada de dois dos maiores ídolos da música popular brasileira, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. A história se inicia quando Gonzaga (Land Vieira), jovem filho do sanfoneiro Januário (Cláudio Jaborandy) segue seus passos, animando festas. Mas cai em desgraça em Exu (PE), sua terra natal, por ter-se apaixonado pela filha de um “coronel”. Entra no exército e depois viaja ao Rio de Janeiro. Interpretado agora por Chambinho do Acordeon, ele supera a pobreza, iniciando a carreira como o famoso “Rei do Baião”, que tem um filho com Odaléia (Nanda Costa). Ela morre e Gonzaga mantém com o filho uma relação sempre tensa. Direção: Breno Silveira. Elenco: Chambinho do Acordeon, Júlio Andrade, Nanda Costa, Cláudio Jaborandy., Land Vieira. 130 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
09/12. Domingo, às 21h30.

Antônio Conselheiro – O Taumaturgo dos Sertões 
Misturando ficção, documentário e animação, o filme procura reconstituir a importância histórica da polêmica figura do líder político e religioso Antônio Conselheiro (Carlos Petrovich), que no final do século 19 liderou uma comunidade de camponeses no interior da Bahia, que protagonizaram a Guerra de Canudos – um dos maiores conflitos sociais do início da República, mobilizando quatro expedições militares do governo. Interfere na narrativa o escritor Euclides da Cunha (Leonel Nunes), que, com sua cobertura para o jornal “O Estado de S. Paulo”, tornou-se o principal cronista da guerra, que custou a vida de 20.000 pessoas, transformando depois este relato no livro “Os Sertões”. Direção: José Walter Lima. Elenco: Carlos Petrovich, Leonel Nunes, Bertrand Duarte. 84 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
10/12. Segunda, às 21h30.

As Canções 
Documentarista mais famoso do Brasil, o veterano Eduardo Coutinho volta-se para uma pesquisa da trilha sonora que marcou a vida de 18 personagens comuns, escolhidos através de anúncios de jornal e internet. Homens e mulheres de várias idades encaram a câmera sozinhos, um a um, explicando as ligações de suas canções favoritas com momentos dramáticos ou felizes de suas vidas – sendo vários deles complicados casos de amor, embalados por canções de Roberto Carlos, ou encerrados, depois de anos de idas e vindas, com “Retrato em Branco de Preto”, de Chico Buarque de Holanda, ou um romance complicado, mas com final feliz, inspirado nas composições de Jorge Benjor. Direção: Eduardo Coutinho. Documentário. 90 min.
Livre para todos os públicos
10/12. Segunda, às 19h.

O Homem que Não Dormia 
Um barão (Edgard Navarro) assassina, por ciúme, sua mulher (Evelin Buchegger). Muitos anos depois, um contador de histórias recorda o crime passional e vários moradores de um vilarejo começam a ter um sonho recorrente com o barão amaldiçoado. Para livrar-se do pesadelo, algumas pessoas planejam realizar um ritual no cemitério, a fim de exorcizar o fantasma. O padre local (Bertrand Duarte), vivendo uma forte crise de fé, não consegue exercer devidamente seu papel para guiar espiritualmente esta comunidade bastante primitiva, cujo comportamento obedece a várias crendices e está impregnado de um profundo machismo. Direção: Edgard Navarro. Elenco: Bertrand Duarte, Evelin Buchegger, Fábio Vidal Mariana Freire. 90 min.
Não recomendado para menores de 18 anos
10/12. Segunda, às 14h.

Eu Eu Eu, José Lewgoy 
O ator gaúcho José Lewgoy (1920-2003) é o protagonista deste documentário que detalha uma carreira extraordinária. Nascido em Veranópolis (RS), saiu de casa aos 16 anos, iniciando-se no Teatro do Estudante, em Porto Alegre. Também tradutor, tornou-se amigo de Mário Quintana e Érico Veríssimo, que lhe conseguiram uma bolsa na Universidade de Yale. De volta ao Brasil, ele chegou na hora certa para aproveitar a ascensão das chanchadas, tornando-se o vilão por excelência em várias delas, como “Aviso aos Navegantes” (50). Mas encontrou seu lugar em filmes como “Terra em Transe” (67), de Glauber Rocha, e no cinema internacional, em “Fitzcarraldo (82), de Werner Herzog, além de várias novelas na televisão. Direção: Cláudio Kahns. 92 min. Documentário.
Livre para todos os públicos
11/12. Terça, às 14h.

Luto em Luta 
Familiares, vítimas, psicanalistas, jornalistas, juristas, políticos e especialistas diversos dão seus depoimentos em torno das tragédias provocadas por acidentes de trânsito em São Paulo. Somando números assustadores, que superam os de algumas guerras, esses desastres causaram vítimas fatais como Vitor Gurman, amigo do cineasta Pedro Serrano, um dos criadores da associação “Viva Vitão”, uma das entidades criadas pela mobilização de cidadãos que procuram encontrar formas de mudar o comportamento dos motoristas e reforçar as leis, visando tornar o trânsito da capital paulista menos violento e mais humano. Direção: Pedro Serrano. Documentário. 72 min.
Livre para todos os públicos
11/12. Terça, às 17h.

Reis e Ratos 
Pouco antes do golpe de 1964, o agente da CIA Troy (Selton Mello) mantém uma rotina tranquila, tendo como atividade de fachada uma loja de sapatos. Outro agente, Skutch Sanders (Kiko Mascarenhas), junta-se a Troy, para reforçar uma conspiração visando evitar que o comunismo dominasse o Brasil, que tem o apoio de um militar brasileiro, o major Esdras (Otávio Müller). O acaso vai unir esse grupo ao locutor de rádio Hervê (Cauã Reymond), que é sujeito a transes mediúnicos repentinos – num deles, previu a explosão de uma bomba, salvando com seu aviso a vida de uma cantora, Amélia Castanho (Rafaela Mandelli). Direção: Elenco: Selton Mello, Cauã Reymond, Rodrigo Santoro, Otávio Müller, Rafaela Mandelli, Paula Burlamaqui, Kiko Mascarenhas. 114 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
11/12. Terça, às 21h30.

Simples Mortais 
Diversas pessoas diferentes, moradoras em Brasília, têm que lidar com sonhos e frustrações. Um professor de poesia (Leonardo Medeiros) vive uma crise no casamento, compensando o vazio sexual e afetivo procurando pornografia na internet. Uma apresentadora de TV (Narciza Leão) está desiludida com o trabalho, que acreditava ser sério, e com a dificuldade de engravidar, o que afasta seu marido (Sérgio Sartório). A solidão de um viúvo (Chico Sant’Anna) preocupa seu filho (Eduardo Moraes), que começa a procurar novas mulheres para redespertar alegria de viver do pai. Direção: Mauro Giuntini. Elenco: Leonardo Medeiros, Narciza Leão, Chico Sant’Anna, Alice Stefânia, Sérgio Sartório, Tatiana Muniz, Eduardo Moraes. 88 min.
Livre para todos os públicos
11/12. Terça, às 19h.

Expedicionários 
Um grupo de médicos de Campinas (SP) dirige-se à Amazônia, para realizar um mutirão de cirurgias em benefício de diversos indígenas, que vivem distantes de centros urbanos, na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Colômbia. Sem realizar entrevistas, nem narração em off, o cineasta Otávio Cury acompanha esse trabalho, realizado ao longo de sete dias, numa barraca improvisada às margens do rio Xiê, onde são atendidos cerca de 500 pacientes vindos de diversas regiões nos arredores, das etnias baré, tucano e werekena. Direção: Otávio Cury. Documentário. 72 min.
Livre para todos os públicos
12/12. Quarta, às 21h30. 

Leite e Ferro 
A rotina do Centro de Atendimento Hospitalar à Mulher Presa (CAHMP) em São Paulo, local onde são abrigadas temporariamente as detentas que deram à luz, é o foco deste documentário. Estas presas podem permanecer ali apenas quatro meses, tempo considerado suficiente para a amamentação de seus filhos que, depois, devem ser encaminhados a seus familiares, ou mesmo à adoção – situações que criam ansiedade em várias delas, já que quase nenhuma deseja separar-se dos bebês. Algumas não estão ali pela primeira vez, como Daluana, por exemplo. Com uma vida acidentada, ela teve seu primeiro filho aos 14 anos, nunca mais deixando de entrar e sair da cadeia por envolvimento em roubos. Direção: Cláudia Priscilla. Documentário. 70 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
12/12. Quarta, às 17h.

Romance de Formação 
Quatro jovens que estudam longe de sua terra natal, três deles no exterior, são os personagens deste documentário. Fábio Martino, pianista que se especializa na Alemanha; Victoria Saramago, que cursa um doutorado em Cultura Ibérica e Latino-Americana na Inglaterra; Caetano Altafin, aluno do curso de Direito em Harvard; e William Cortopassi, que trocou Minas Gerais pelo Rio de Janeiro para fazer um curso de Química. Todos descrevem uma rotina estafante, que exige muitas horas diárias de estudo, além de conviver com as saudades de casa, a distância de namoros e a necessidade de amadurecimento e superação para levar adiante suas metas de aperfeiçoamento profissional. Direção: Júlia De Simone. Documentário. 74 min.
Livre para todos os públicos
12/12. Quarta, às 14h.

Um Assalto de Fé 
Galinha Preta (Alexandre Carlo) e Lapão (Lauro Montana) são dois ex-ladrões que agora trabalham como empacotadores de supermercado. Um dia, aparece Jerônimo (André Deca), um antigo parceiro, que conseguiu tornar-se tesoureiro numa igreja evangélica e os convence a voltar a assaltar. Eles planejam o roubo ao recheado cofre da igreja, mas, para que o golpe dê certo, precisam da ajuda de uma mulher. Eles encontram a candidata ideal em Nildinha (Cibele Amaral), uma prostituta que comeu parte de um despacho de macumba e está convencida de que precisa exorcizar os supostos maus fluidos. Direção: Cibele Amaral. Elenco: Alexandre Carlo, Lauro Montana, Jovane Nunes, André Deca, Falcão, Chico Sant’Anna, Cibele Amaral. 96 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
12/12. Quarta, às 19h.

À Margem do Lixo 
Terceiro filme de uma série de documentários que investigam pessoas e questões marginalizadas na cidade de São Paulo, iniciada pelos títulos “À Margem da Imagem”(2003) e “À Margem do Concreto”(2006). Aqui o cineasta fluminense Evaldo Mocarzel aborda o cotidiano dos catadores de lixo da capital paulistana, revelando aos poucos situações de exclusão, preconceito, sua luta por aceitação e um princípio de organização política em associações de classe, unindo histórias semelhantes e cenas de discriminação, captadas em flagrante pela câmera. A produção recebeu diversos prêmios em festivais, incluindo quatro no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: melhor filme para o júri popular, prêmio especial do júri, som e fotografia. Direção: Evaldo Moc arzel. Documentário.
Livre para todos os públicos
13/12. Quinta, às 17h.

O Céu sobre os Ombros 
Equilibrando-se numa linha fina entre o documentário e a ficção, o longa de estreia do diretor mineiro Sérgio Borges escolhe alguns personagens reais de Belo Horizonte, que vivem diante da câmera situações que pertencem ao seu cotidiano – às vezes, reencenando-as, em outras, iterpretando episódios inteiramente ficcionais. Eles são a transsexual Everlyn Barbin, oscilando entre a literatura, a filosofia e a prostituição; o escritor Edjucu Lwei Moio, que escreve muito mas nunca publicou um livro; e Murari Krishna, seguidor do Hare Krishna que se divide entre o trabalho no telemarketing e a liderança da torcida Galoucura, do Atlético Mineiro. Direção: Sérgio Borges. Docudrama. 71 min.
Livre para todos os públicos
13/12. Quinta, às 14h. 

E Ai, Comeu? 
Comédia em torno de três amigos, Fernando (Bruno Mazzeo), Honório (Marcos Palmeira) e Fonsinho (Emílio Orciollo Neto), que se reúnem sempre num bar, para falar de seu assunto favorito: mulheres. Fernando acabou de separar-se da esposa (Tainá Müller) e não sabe como lidar com as investidas de sua vizinha adolescente (Laura Neiva). Honório vive obcecado pela suspeita de que sua mulher, Leila (Dira Paes), muito independente, o traia. E Fonsinho, apesar da preferência por envolvimentos com mulheres casadas, está mesmo mantendo uma relação estável com uma prostituta (Juliana Schalch). Direção: Felipe Joffily. Elenco: Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira, Emílio Orciollo Neto, Dira Paes, Tainá Müller, Juliana Schalch, Laura Neiva. 102 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
14/12. Sexta, às 19h. 

Evoé – Retrato de um Antropófago 
Ator, diretor, autor e fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa é o personagem que este documentário procura revelar. Homem do palco e da palavra, ele ocupa a ribalta, seja no Bixiga, sede do Oficina – que ele salvou várias vezes de uma destruição que parecia inevitável -, seja nas ruínas gregas de Delfos e Epidauros. Sem medo de desnudar-se, até literalmente, ele fala de cultura, liberdade, sexualidade e drogas, recorda sua perseguição pela ditadura militar e explica suas ligações com seus maiores ídolos: o deus grego Dionísio, o escritor paulista Oswald de Andrade e o filósofo alemão Friedrich Nietzche. Direção: Tadeu Jungle e Elaine César. Documentário. 104 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
14/12. Sexta, às 17h. 

Febre do Rato 
Zizo (Irandhir Santos) é um poeta marginal de Recife, que edita, imprime e distribui por conta própria um tablóide chamado “ A Febre do Rato”. Espírito libertário, mora num fundo de quintal, experimentando todos os prazeres, com todas as mulheres, velhas, moças, belas ou feias. Seus melhores amigos são Pazinho (Matheus Nachtergaele) e o travesti Vanessa (Tânia Granussi), casal que vive uma relação conturbada e intensa. Mas Zizo começa a sofrer de um mal de amor, quando se apaixona por Eneida (Nanda Costa), jovem que não corresponde seu afeto. Direção: Cláudio Assis. Elenco: Irandhir Santos, Nanda Costa, Matheus Nachtergale, Maria Gladys, Juliano Cazarré, Ângela Leal, Tânia Granussi, Conceição Camarotti. 110 min.
Não recomendado para menores de 18 anos
14/12. Sexta, às 21h30. 

Histórias que Só Existem Quando Lembradas 
Num pequeno povoado, onde parece que o tempo parou, alguns poucos habitantes seguem uma rotina imutável. Todos os dias, Madalena (Sonia Guedes) acorda de madrugada para preparar o pão que Antonio (Luiz Serra) vende em seu armazém. Ele, por sua vez, espera-a chegar com um café que os dois dividem fraternalmente. Em volta deles, nada acontece. A linha de trem há muito não é usada e o cemitério está fechado. Um dia, chega uma jovem fotógrafa (Lisa E. Fávero), que procura alugar um quarto na casa da Madalena. Instalando-se por lá, ela descobre com suas lentes os rituais dos velhos moradores, capazes, no entanto, de uma troca de experiências entre gerações. Direção: Júlia Murat. Elenco: Sonia Guedes, Lisa E. Fávero, Luiz Serra. 98 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
14/12. Sexta, às 14h. 

Na Estrada 
Adaptação do clássico beat “On the Road – Pé na Estrada”, de Jack Kerouac. O escritor iniciante Sal Paradise (Sam Riley) relembra as aventuras vividas intensamente em meados dos anos 1950 com seu amigo Dean Moriarty (Garrett Hedlund). Sem ligar para as convenções, nem parar por muito tempo em nenhum emprego, Dean leva consigo Sal em viagens pelos EUA, pedindo carona e desfrutando de sexo e drogas sempre que possível. Na vida de Dean, há duas mulheres: Marylou (Kristen Stewart), livre e sempre disposta a encarar os riscos, e Camille (Kirsten Dunst), enfermeira com quem ele tem dois filhos e procura fazê-lo assentar. Direção: Walter Salles. Elenco: Garrett Hedlund, Sam Riley, Kristen Stewart, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Alice Braga, Steve Buscemi. 137 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
15/12. Sábado, às 19h. 

O Diário de Tati 
Baseado no livro “O Diário de Tati”, de Heloísa Périssé, a comédia acompanha as aventuras da adolescente Tati (Heloísa Périssé). No momento, ela está atormentada por um problema escolar: junto com sua turma, ficou de recuperação de matemática. Como tem muita dificuldade com esta matéria, pede ajuda ao irmão (Pedro Neschling) e começa a ter aulas particulares com um amigo dele, Maurinho (Marcelo Adnet). Mas a vida não é só estudo. Tati também terá que enfrentar uma rival, Camila (Thais Fersoza) ao tentar ganhar as atenções do garoto mais popular de sua escola, Zeca (Thiago Rodrigues). Direção: Mauro Farias. Elenco: Heloísa Périssé, Marcelo Adnet, Pedro Neschling, Luis Miranda, Louise Cardoso, Thiago Rodrigues, Thais Fersoza. 90 min.
Livre para todos os públicos
15/12. Sábado, às 14h. 

Prova de Artista 
Cinco jovens instrumentistas enfrentam as expectativas e temores da busca de uma vaga numa orquestra: o violista Rodney, a fagotista Catherine (mãe de uma filha pequena), o oboísta Ricardo, e os violinistas Rodrigo e Byron, este norte-americano. Apesar das diferenças individuais, todos compartilham a mesma rotina exaustiva de dedicação ao treinamento por várias horas diárias e uma maratona de audições em estados diferentes do Brasil, na tentativa de obter um emprego compatível com sua formação e aspirações. Enquanto a estabilidade não chega, eles dividem seu tempo com outras atividades para manter-se economicamente, como tocar em casamentos e desfiles de moda ou dar aulas. Direção: José Joffily. Documentário. 84 min.
Livre para todos os públicos
15/12. Sábado, às 17h.

Xingu 
Abandonando uma vida de classe média em São Paulo, os irmãos Leonardo (Caio Blat) e Cláudio Villas-Boas (João Miguel) viajam a Goiás, para engajar-se na Marcha para o Oeste, promovida pelo governo Getúlio Vargas. Logo mais, junta-se a eles o irmão mais velho, Orlando (Felipe Camargo). O trio integra a população que avança nesses novos territórios, transformando-se na linha de frente do contato com os indígenas que ali viviam. Ao longo de toda uma vida dedicada à causa indígena, os Villas-Boas defenderam uma política de proteção aos índios, nascendo de sua atuação o Parque Nacional do Xingu (1961). Direção: Cao Hamburger. Elenco: Caio Blat, João Miguel, Felipe Camargo, Maria Flor, Tapaié Waurá, Prepori, Pionim. 102 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
15/12. Sábado, às 21h30.

Amanhã Nunca Mais 
O anestesista Walter (Lázaro Ramos) está vivendo o que pode ser um dos piores dias de sua vida. Além das inúmeras pressões de um trabalho estressante, ele ainda se encarregou de uma missão aparentemente simples, buscar o bolo de aniversário de sua filha numa doceira do outro lado da cidade. A tarefa, no entanto, vai tornando-se cada vez mais infernal, não só por conta do trânsito caótico de São Paulo, como pela intromissão de uma série de personagens excêntricos – como um motoqueiro (Luis Miranda), um travesti (Paula Braun) e especialmente uma conhecida do passado de Walter (Maria Luísa Mendonça). Direção: Tadeu Jungle. Elenco: Lázaro Ramos, Milhem Cortaz, Maria Luísa Mendonça, Fernanda Machado, Luis Miranda, Vic Militello, Paula Braun. 78 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
16/12. Domingo, às 21h30. 

Área Q 
Esta coprodução entre o Brasil e os EUA introduz elementos religiosos e sobrenaturais numa trama de ficção científica. Depois do desaparecimento de um filho pequeno, o repórter investigativo norte-americano Thomas Matthews (Isaiah Washington) vem ao Brasil para fazer uma reportagem sobre a aparição de alienígenas no interior do Ceará. Chegando ali, conhece Valquíria (Tânia Khalill), jornalista brasileira que vem cobrindo o assunto, e o camponês João Batista (Murilo Rosa) que, anos atrás, teria sido abduzido por alienígenas. Ao voltar, o homem tornou-se uma espécie de mito na pequena comunidade e pode ser a chave para decifrar uma série de estranhos fenômenos. Direção: Gerson Sanginitto. Elenco: Isaiah Washington, Murilo Rosa, Tânia Khalill. 102 min.
Não recomendado para menores de 10 anos
16/12. Segunda, às 17h. 

Até que a Sorte nos Separe 
Tino (Leandro Hassum) e Jane (Danielle Winits) eram dois pobretões que enriqueceram do dia para a noite, depois de ganhar na loteria. Passados quinze anos, o dinheiro está no fim, depois de gastos sem medida realizados pelo casal. Para piorar, Jane enfrenta uma gravidez de risco e, por conta de seu estado, não pode receber más notícias. Tentando contornar a situação crítica em segredo, Tino recorre à ajuda de um consultor financeiro, Amauri (Kiko Mascarenhas), que também tem seus problemas – especialmente o desejo de sua mulher, Laura (Rita Elmôr), de ter mais um filho, o que o marido não quer, pensando em evitar novas despesas. Direção: Roberto Santucci. Elenco: Leandro Hassum, Daniele Winits, Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Ailton Graça. 90 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
16/12. Domingo, às 17h.

Paralelo 10 
Sertanista há mais de 40 anos, José Henrique Meirelles chefia o setor de Índios Isolados da FUNAI no Acre. Numa região habitada por vários grupos indígenas, ele se especializa em percorrer as aldeias estabelecidas na região, à procura de ouvir dos próprios índios quais as suas necessidades, para encaminhar soluções e também sugeri-las. Um dos problemas mais complexos ali enfrentados é o dos “índios bravos”, que se recusam ao contato, vivendo na mata, roubando objetos e, eventualmente, atacando as aldeias. Entre uma e outra tarefa, Meirelles recorda também alguns dos momentos mais dramáticos de sua longa trajetória na profissão. Direção: Silvio Da-Rin. Documentário. 87 min.
Livre para todos os públicos
16/12. Domingo, às 19h. 

Quem Se Importa? 
Filmado em vários países, como o Brasil, Peru, Tanzânia, Suíça, EUA e Canadá, o documentário faz um levantamento de diversas ações de empreendedorismo social realizadas por iniciativa de organizações não governamentais (ONGs), o chamado terceiro setor. Destacam-se particularmente os exemplos de sucesso, como os Doutores da Alegria, liderada por Wellington Oliveira, que proporciona alívio a crianças internadas em hospitais através de seus shows de palhaços. Outro caso é do Nobel da Paz Muhammad Yunus, que idealizou um banco popular em Bangladesh especializado em fornecer pequenos empréstimos a pessoas pobres e necessitadas, que não eram atendidas pelas instituições bancárias convencionais. Direção: Mara Mourão. Documentário. 90 min.
Livre para todos os públicos
16/12. Domingo, às 14h. 

Circular 
Carlos (César Troncoso) viaja a Curitiba, para negociar o pagamento do resgate de seu filho sequestrado. A dramática troca do menino vai ocorrer dentro de um ônibus circular. Mas alguma coisa dá errado e isto afeta, de maneiras diferentes, a vida de passageiros que estão no mesmo veículo, como uma professora e artista plástica (Letícia Sabatella), um pastor (Marcel Szymanski), o cobrador (Santos Chagas) e uma banda punk (Bruno Ranzani, Débora Vecchi, Luiz Bertazzo e Gustavo Pinheiro). Direção: Adriano Esturrilho, Aly Muritiba, Bruno de Oliveira, Diego Florentino e Fábio Allon. Elenco: César Troncoso, Letícia Sabatella, Santos Chagas, Marcel Szymanski, Débora Vecchi, Bruno Ranzani, Luiz Bertazzo, Gustavo Pinheiro. 94 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
18/12. Terça, às19h. 

Expedição Viva Marajó 
O Marajó, maior arquipélago fluviomarinho do mundo, região que vive quase permanentemente inundada pelas águas de seus rios e igarapés, é objeto da investigação deste documentário. Localizado entre o Pará e o Amapá, o local, que é praticamente isolado do restante do Brasil, tem uma geografia física e humana e também uma economia peculiar. Ali, seus 500.000 moradores contam com pesca farta, coleta de frutos e atividades como artesanato e criação de búfalos. Vivem uma vida simples e sem luxo e também longe da criminalidade e da violência das grandes cidades. O ritmo da vida é ditado pelo nível das águas, das quais depende a vida e a comunicação. Direção: Regina Jehá. Documentário. 54 min.
Livre para todos os públicos
18/12. Terça, às 17h. 

Novela das Oito 
No final dos anos 1970, a novela “Dancin’ Days” faz sucesso, influenciando o comportamento, a moda e as gírias. A prostituta Amanda (Vanessa Giácomo) é tão fã da novela que faz de tudo para evitar atender qualquer cliente no seu horário. Ela nem imagina que sua empregada, Dora (Cláudia Ohana), esconde um passado tão complicado em relação à ditadura militar vigente: ela é uma ex-presa política que sofreu torturas e, para desaparecer de vista, mudou de nome, indo do Rio de Janeiro para São Paulo, deixando o filho (Paulo Lontra) para ser criado pelos aós. contecimentos forçam as duas a ir para o Rio, onde Dora quer reaproximar-se do filho. Direção: Odilon Rocha. Elenco: Cláudia Ohana, Vanessa Giácomo, Mateus Solano, Paulo Lontra. 108 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
18/12. Terça, às 21h30. 

O Jardim das Folhas Sagradas 
A expansão urbana e a especulação imobiliária em Salvador começam a colocar em risco algumas das necessidades do candomblé, como a exigência da realização de seus ritos em amplos ambientes naturais. Procurando lidar com essa dificuldade, Bonfim (Antonio Godi), que é filho de uma yalorixá, decide criar um terreiro destinado aos rituais sagrados fora da cidade, onde ele pretende modernizar algumas práticas tradicionais – evitando, por exemplo, o sacrifício de animais, do qual ele discorda. Essa ousadia, porém, trará diversas consequências. Direção: Pola Ribeiro. Elenco: Antonio Godi, João Miguel, Harildo Deda, Evelin Buchegger. 90 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
18/12. Terça, às 14h. 

As Aventuras de Agamenon, o Repórter 
Por várias décadas, Agamenon Mendes Pedreira (Marcelo Adnet) foi colunista do jornal carioca “O Globo” – cujos textos eram, na verdade, de autoria dos Cassetas Marcelo Madureira e Hubert. Num tom de falso documentário, esta comédia procura contar a trajetória do jornalista, contando com depoimentos de pessoas que o conheceram, como a atriz Susana Vieira e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Além disso, usando material de arquivo, relembram-se as entrevistas históricas de Agamenon, com o cientista Albert Einstein, o pai da psicanálise Sigmund Freud e o líder político Gandhi, além de sua cobertura da II Guerra Mundial. Direção: Victor Lopes. Elenco: Marcelo Adnet, Hubert, Marcelo Madureira, Luana Piovani, Susana Vieira, Fernando Henrique Cardoso. 74 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
19/12. Quarta, às 17h. 

Constantino 
A tentativa de investigar a história de seu bisavô, o imigrante sírio Daud Constantino Al-Khoury, é o ponto de partida deste documentário de Otávio Cury. Sabendo apenas que o bisavô, nascido em Homs em 1860, tinha imigrado para o Brasil em 1926, e fora professor, o cineasta parte para a Síria em 2001, vivendo ali a turbulência ocorrida após os atentados de 11 de setembro, em Nova York. Pouco a pouco, encontra indícios da carreira literária do bisavô, que escreveu peças e poemas. Com a ajuda de um tradutor, Cury começa a desvendar suas obras e também a refletir sobre suas próprias raízes, sobre a multiculturalidade e questões sobre a própria identidade. Direção: Otávio Cury. Documentário. 80 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
19/12. Quarta, às 19h. 

Porta a Porta – A Política em Dois Tempos 
Normalmente uma cidade muito pacata, a pequena Gravatá (PE) torna-se o agitado palco de uma disputa eleitoral municipal. Acompanhando por 90 dias a rotina do comando das duas campanhas, da situação e da oposição, o documentário registra os altos e baixos nos ânimos, as discussões para mudanças de estratégia e a luta dos cabos eleitorais, disputando individualmente os eleitores. Os candidatos a prefeito e vereador não poupam esforços nesse esforço de convencimento, cujas técnicas parecem não mudar tanto assim ao longo dos anos, ao contrário das inovações técnicas no ato de votar, como as urnas eletrônicas. Direção: Marcelo Brennand. Documentário. 80 min.
Livre para todos os públicos
19/12. Quarta, às 14h.

Quebradeiras 
Dispensando narração e entrevistas, o documentário apresenta o cotidiano das mulheres quebradeiras de coco de babaçu da região conhecida como Bico do Papagaio, que fica na confluência dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará. Quase em tempo real, acompanha-se uma rotina exaustiva, de andar a pé até as palmeiras, cortar os cocos que, depois de quebrados, são aproveitados integralmente. Das cascas se faz carvão, das palhas das folhas, cestos, e, das castanhas, azeite e sabão. Neste universo feminino, há também tempo e lugar para entoar as canções de trabalho ou fé, os banhos no rio, as risadas em comunidade ao final de um dia de trabalho. Direção: Evaldo Mocarzel. Documentário. 71 min.
Livre para todos os públicos
19/12. Quarta, às 21h30. 

2 Coelhos 
Dois anos depois de ter sido absolvido num julgamento por um grave acidente que causou, Edgar (Fernando Alves Pinto) toma uma série de providências para proporcionar compensações a Walter (Caco Ciocler), cuja família foi vítima. Na trama complexa, marcada por diversas reviravoltas, vão interferir diversos outros personagens que têm seus próprios planos e interesses, como a promotora Júlia (Alessandra Negrini), seu marido e advogado, Henrique (Neco Vila Lobos), um político corrupto, Jader (Roberto Marchese), e um chefe de quadrilha, Máicon (Marat Descartes). Direção: Afonso Poyart. Elenco: Fernando Alves Pinto, Caco Ciocler, Alessandra Negrini, Marat Descartes, Roberto Marchese, Neco Vila Lobos. 108 min.
Não recomendado para menores de 16 anos
20/12. Quinta, às 21h30. 

Ponto.Org 
No cenário do Minhocão paulistano, Barbara (Erika Altimeyer) e o amigo Diamantino (Flávio Renegado) pesquisam o roteiro para um videogame, a pedido de um amigo. Valendo-se do contato com três garotos do centro de São Paulo, entregam a eles uma câmera para que registrem os rostos e o comportamento dos moradores de rua das imediações. A personagem que mais lhes chama a atenção é Zilda (Teuda Bara), uma figura carismática e solidária. Descobrindo que a irmã de Zilda morreu e que ela é a herdeira de um apartamento, Barbara e Diamantino procuram apoiá-la para sair de sua vida nas ruas. Direção: Patrícia Moran. Elenco: Teuda Bara, Paulo César Pereio, Flávio Renegado, Erika Altimeyer. 80 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
20/12. Quinta, às 19h. 

Sagrado Segredo 
Documentário com toques ficcionais coloca em discussão as possibilidades da experiência mística. A narrativa estrutura-se a partir de entrevistas com atores pertencentes ao Grupo Via Sacra, de Planaltina (DF), que realizam anualmente uma encenação da Paixão de Cristo; uma longa entrevista com o físico indiano, ex-professor da Universidade do Oregon, Amit Goswami, discorrendo sobre os pontos de contato entre o cristianismo, o budismo, o islamismo e o taoísmo; e, numa terceira parte, um cineasta (Guilherme Reis), põe em questão com a equipe o próprio projeto deste filme. Direção: André Luiz Oliveira. Elenco: Guilherme Reis, André Amaro, Renato Mattos, Amit Goswami, Grupo Via Sacra. 73 min.
Livre para todos os públicos
20/12. Quinta, às 17h. 

Soberano 2 – A Heroica Conquista do Mundial de 2005 
Documentário recupera os principais lances do tricampeonato do Mundial de Clubes vencido pelo São Paulo Futebol Clube, no Japão, em 2005. Apesar do placar apertado do jogo final – vitória de 1 X 0 do tricolor paulista contra o time britânico Liverpool -, a conquista foi marcada por incidentes memoráveis. Quem os relembra, por exemplo, é o goleiro Rogério Ceni, que acabou a partida final como um de seus heróis, e também o jogador Mineiro, autor do único gol desse jogo. Outra entrevista marcante é do bandeirinha canadense Hector Vergara – que anulou três gols do Liverpool, por impedimento, e tornou-se, por isso, objeto de uma polêmica com o clube inglês. Direção: Carlos Nader e Maurício Arruda. Documentário. 90 min.
Livre para todos os públicos
20/12. Quinta, às 14h. 

Desaparecidos 
Cinco jovens (Charlene Chagas, Pedro Urizzi, André Madrini, Fernanda Peviani e Adriana Veraldi) viajam de São Paulo em direção a Ilhabela, com o objetivo de participar de uma festa. Lá chegando, cada um deles recebe de seus anfitriões uma câmera digital, que penduram no pescoço. Logo mais, essas câmeras vão tornar-se elementos fundamentais para recuperar os detalhes de uma verdadeira jornada de horror. Desaparecidos na mata, esses jovens deixaram para trás as câmeras, cujas imagens, reveladas, vão fornecer as pistas para que se chegue à verdade sobre o que realmente ocorreu com todos eles. Direção: David Schurmann. Elenco: Charlene Chagas, Natália Vidal, André Mandrini, Fernanda Leviani, Adriana Veraldi. 73 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
21/12. Sexta, às 19h. 

Hotxuá 
Na comunidade Khraô, indígenas do Tocantins, uma das figuras de maior destaque é o “hotxuá”, uma espécie de sacerdote do riso. Além de encarregar-se da tarefa de procurar fazer os outros rirem, aliviando as tensões que surgem no cotidiano do grupo, ele também tem outras funções essenciais, como o poder de decisão sobre a escolha dos locais mais apropriados ao plantio das novas roças, essenciais à alimentação coletiva. Um momento especial acontece quando o grupo é visitado por um palhaço, que propõe jogos às crianças indígenas e brinca com o “hotxuá”, fazendo uma ponte entre os rituais de representação e humor das duas culturas. Direção: Letícia Sabatella e Gringo Cardia. Documentário. 70 min.
Livre para todos os públicos
21/12. Sexta, às 17h. 

Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha 
Décadas depois de sua prisão, o Bandido da Luz Vermelha (Ney Matogrosso) passa seus dias exercitando-se na cela e lendo livros de filosofia. Do lado de fora das grades, seu filho, Tudo ou Nada (André Guerreiro Lopes), mostra-se um fiel seguidor de seu estilo, assaltando casas sob a luz de uma lanterna, à procura não só de dinheiro ou joias, mas também de comida ou sexo. Tudo ou Nada vive como se não existisse amanhã, acelerando automóveis roubados ao lado da namorada Jane (Djin Sganzerla). Mas está no seu encalço o delegado Cabeção (Arrigo Barnabé). Direção: Helena Ignez e Ícaro Martins. Elenco: Ney Matogrosso, Djin Sganzerla, André Guerreiro Lopes, Sandra Corveloni, Sérgio Mamberti, Arrigo Barnabé, Mário Bortolotto. 84 min
Não recomendado para menores de 14 anos
21/12. Sexta, às 21h30. 

Mulher à Tarde 
Em seu longa de estreia, o realizador paulistano radicado em Minas Gerais Affonso Uchoa parte de uma inspiração na pintura para organizar a narrativa de uma ficção centrada numa única tarde, envolvendo três jovens (Renata Cabral, Luísa Horta, Ana Carolina Oliveira) que moram juntas. Estruturada numa dramaturgia minimalista, a trama segue as três mulheres, cada uma com um sentimento sobre o momento atual de sua vida. Elas são vistas executando suas tarefas cotidianas, em segmentos subjetivos identificados a temas visuais, como “mulher deitada enquanto a noite não cai” ou “mulher com o sol sobre os joelhos”. Direção: Affonso Uchoa. Elenco: Renata Cabral, Luísa Horta, Ana Carolina Oliveira. 74 min.
Livre para todos os públicos
21/12. Sexta, às 14h. 

Girimunho 
Duas velhas senhoras entradas nos 80 anos, dona Bastu e Maria do Boi, são as protagonistas deste docudrama, ambientado no interior mineiro. Recorrendo às suas memórias reais, as duas reencenam suas vidas. Dona Bastu ficou viúva e agora vive sob os cuidados dos netos. Ela ouve barulhos na antiga oficina de seu marido, acreditando que ele ainda não se foi de todo e que é preciso realizar um ritual para que ele a deixe em paz. Sua amiga, Maria do Boi, toca tambor e conhece todas as canções legadas pela herança afro-brasileira do lugar. Direção: Helvécio Marins e Clarissa Campolina. Elenco: Maria Sebastiana Martins Álvaro do Nascimento, Maria da Conceição Gomes de Moura, Luciene Soares da Silva, Wanderson Soares da Silva. 90 min.
Livre para todos os públicos
22/12. Sábado, às 17h. 

Vale dos Esquecidos 
A história da fazenda Suiá-Missu, que já foi considerada o maior latifúndio do Brasil, com seu 1,5 milhão de hectares, é o tema deste documentário. O imenso território, na verdade, era terra dos índios Xavantes, no Mato Grosso, e que dali foram expulsos violentamente, em meados dos anos 1960. Desde então, a terra foi dividida e disputada palmo a palmo por fazendeiros, grileiros, posseiros e sem-terra, dando ocasião a um grande número de ações judiciais que vêm se arrastando há vários anos. A decisão da justiça de devolver a terra aos Xavantes, em 2010, não encerrou ainda os conflitos, que já custaram muitas vidas. Direção: Maria Raduan. Documentário. 72 min.
Livre para todos os públicos

Violeta Foi Para o Céu 
Camponesa pobre do interior do Chile, filha de um músico itinerante e alcoólatra, Violeta Parra (Francisca Gavilán) tornou-se uma das mais queridas cantoras e compositoras do continente. Desde a infância, acostumou-se a tomar as rédeas de sua vida, ganhando seu sustento apresentando-se em autos religiosos ao lado dos irmãos. Sua origem indígena tornou-a alvo de preconceitos em círculos aristocráticos, o que nunca a impediu de manter uma trajetória de impressionante coerência, guiando-se por suas convicções esquerdistas, que a levaram a apresentações na Polônia, e suas paixões, como pelo músico suíço Gilbert Favre (Thomas Durand) – que se mostra trágica para ela. Direção: Andrés Wood. Elenco: Francisca Gavilán, Thomas Durand, Christian Quevedo. 110 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
22/12. Sábado, às 19h. 

Vou Rifar Meu Coração 
Documentário pesquisa o universo da chamada “música brega”, ouvindo os depoimentos de diversos de seus cantores – como Wando, Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Nelson Ned, Odair José e também Lindomar Castilho, intérprete da música que dá título ao longa, e que cumpriu pena de prisão por matar sua ex-mulher, Eliane de Grammond, em 1981. Os cantores comentam, inclusive, o que consideram preconceito contra um gênero musical bastante popular entre o público. Além disso, são entrevistados diversos fãs, que comentam o quanto episódios de suas vidas, especialmente amorosos, se relacionam com as letras das canções de que eles mais gostam. Direção: Ana Rieper. Documentário. 76 min.
Livre para todos os públicos
22/12. Sábado, às 21h30. 

Domingos 
A atriz Maria Ribeiro homenageia seu amigo, o dramaturgo e cineasta Domingos de Oliveira, realizando um documentário que procura retratar sua personalidade e enorme criatividade e energia, acompanhando seu cotidiano intenso de atividades. Enquanto prepara uma nova montagem teatral, ele anda pelas ruas do Rio de Janeiro, encontra amigos, como os atores Paulo José, Fernanda Montenegro e Pedro Cardoso. Além disso, ele fala da vida, de sua oposição à morte – que ele não aceita -, de sua admiração por cineastas como François Truffaut, Federico Fellini e Charles Chaplin e das mulheres, como a antiga musa, Leila Diniz, e sua parceira no palco e na vida, Priscilla Rozenbaum. Direção: Maria Ribeiro. Documentário. 74 min.
Livre para todos os públicos
23/12. Domingo, às 14h. 

E a Vida Continua… 
Baseado em livro de Chico Xavier, o enredo segue as histórias de Ernesto (Luiz Bacelli) e Evelina (Amanda Acosta), que se tornaram amigos, depois de se conhecerem numa estação de repouso. Submetidos a cirurgias delicadas, os dois morrem e se reencontram, demorando para perceber que deixaram a vida terrena e estão em outro mundo. Cresce a ligação entre eles, levando a confissões: Ernesto conta que matou um amigo que flertava com sua mulher e Evelina recorda como era traída pelo marido. Neste ambiente, todos contam com a orientação de um guia, Ribas (Lima Duarte), cuja tarefa é preparar os recém-chegados para uma nova etapa, numa nova encarnação. Direção: Paulo Figueiredo. Elenco: Lima Duarte, Ana Rosa, Amanda Acosta, Luiz Bacceli. 96 min.
Livre para todos os públicos
23/12. Domingo, às 19h. 

Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz 
Neste filme-ensaio, o documentarista Joel Pizzini combina imagens e depoimentos de arquivo para dar conta da complexidade do pensamento e do estilo original do cineasta Rogério Sganzerla (1946-2004). Destacando algumas de suas principais fontes de inspiração, como o diretor norte-americano Orson Welles e o escritor paulista Oswald de Andrade – autor do Manifesto Antropofágico -, o filme homenageia em sua estética o apreço de Sganzerla pela montagem. São lembradas, igualmente, algumas das mais fundamentais parcerias de sua vida, com a atriz Helena Ignez, sua mulher, e com o cineasta Julio Bressane, ao lado de quem Sganzerla montou a produtora Belair. Direção: Joel Pizzini. Documentário. 90 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
23/12. Domingo, às 17h. 

Paraísos Artificiais 
DJ de sucesso, Erika (Nathalia Dill) e sua melhor amiga, Lara (Lívia de Bueno), participam de uma rave numa praia, onde conhecem Nando (Luca de Bianchi) – que vive uma grande crise após a morte de seu pai (Marcos Prado). O trio desfruta de um momento intenso de prazer, entre sexo e drogas sintéticas. Anos depois, Erika reencontra Nando na Holanda. Ele vai para fazer parte de um circuito de tráfico entre a Holanda e o Brasil. Mas não sabe que Erika lhe ocultou um segredo. Nem que sua volta pode reservar-lhe outra surpresa, que afeta a vida de seu irmão, Felipe (César Cardadero) e da mãe (Divana Brandão). Direção: Marcos Prado. Elenco: Nathalia Dill, Luca Bianchi, Lívia de Bueno, Marcos Prado, César Cardadero, Divana Brandão. 100 min.
Não recomendado para menores de 16 anos
23/12. Domingo, às 21h30. 

E Ai, Hendrix? 
Documentário relembra a trajetória de cantor, músico e compositor norte-americano Jimi Hendrix (1942-1970), considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Imagens raras de suas históricas apresentações em festivais pop como Monterrey (1967) e Woodstock (1969) alinham-se com uma série de depoimentos, como dos músicos brasileiros Pepeu Gomes, Robertinho do Recife, Frejat e Davi Moraes, e também de Chris Welch, autor de sua biografia autorizada, e do jornalista Keith Altham, último a entrevistá-lo antes de sua morte precoce, aos 27 anos. Também são mostrados trechos de um show em sua homenagem em Londres, produzido por Bruce Cherry. Direção: Pedro Paulo Carneiro e Roberto Lamounier. 82 min. Documentário. 82 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
26/12. Quarta, às 19h. 

Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios 
Lavínia (Camila Pitanga) é a mulher de Hernani (ZeCarlos Machado), pastor de atuação social numa pequena cidade do Pará. Mulher de passado turbulento e personalidade instável, ela se envolve com Cauby (Gustavo Machado), fotógrafo de São Paulo que se instalou há tempos no lugar. A comunidade é afetada por problemas como o desmatamento e a grilagem de terras, um cenário de alto risco para alguns dos protagonistas. Nesse contexto, um jornalista de língua afiada (Gero Camilo), amigo de Cauby, vai contribuir para acender a faísca capaz de iniciar uma grande tragédia. Adaptado do romance homônimo de Marçal Aquino. Direção: Beto Brant e Renato Ciasca. Elenco: Camila Pitanga, Gustavo Machado, ZeCarlos Machado, Gero Camilo, Antonio Pitanga, Chico Chagas. 100 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
26/12. Quarta, às 21h30. 

Santos – 100 Anos de Futebol Arte 
Documentário celebra o centenário do Santos Futebol Clube, fundado em 14 de janeiro de 1912. Relembram-se momentos marcantes da história do clube da Vila Belmiro, como a conquista do primeiro título paulista, em 1935, a fase de ouro dos anos 1960, quando brilhou a estrela de Pelé, ídolo máximo do time e da seleção brasileira, e o tricampeonato da Libertadores, em 2011, que chegou 48 anos depois do último título no campeonato continental. São entrevistados seus técnicos, como Chico Formiga e Pepe, vários torcedores, famosos ou não, além de jogadores de diversas gerações, como Juari, Giovanni, Léo, Elano, Diego, Robinho, Ganso e Neymar. Direção: Lina Chamie. Documentário. 93 min.
Livre para todos os públicos
26/12. Quarta, às 14h. 

Totalmente Inocentes 
Na comédia, que satiriza os chamados “filmes de favela”, Da Fé (Lucas D’Jesus) só pensa em conquistar o amor da vizinha Gildinha (Mariana Rios) – nem que, para isso, ele tenha que tornar-se chefão do tráfico no morro. O problema é que o mandão por ali é Do Morro (Fábio Porchat), que acabou de derrubar seu maior inimigo, o travesti Diaba Loira (Kiko Mascarenhas), que acabou na cadeia depois de uma armadilha. Enquanto isso, uma editora (Ingrid Guimarães) intima seu repórter Wanderley (Fábio Assunção) para conseguir de qualquer jeito uma entrevista com Do Morro. Direção: Rodrigo Bittencourt. Elenco: Fábio Assunção, Mariana Rios, Kiko Mascarenhas, Ingrid Guimarães, Fábio Porchat, Lucas D’Jesus. 90 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
26/12. Quarta, às 17h. 

Corações Sujos 
Adaptando o livro homônimo de Fernando Morais, o cineasta Vicente Amorim narra a história verídica da organização Shindo Renmei, formada por japoneses ou descendentes residentes no Brasil que, não aceitando a derrota do Japão na II Guerra, formam um grupo de assassinos, que liquida seus compatriotas que admitem a realidade. O protagonista é um fotógrafo, Takahashi (Tsuyoshi Ihara), que é coagido a tornar-se um desses matadores, indo contra a vontade de sua mulher, Miyuki (Takako Tokiwa), que é professora. Um delegado (Eduardo Moscovis) tenta penetrar a fechada comunidade nipônica e investigar os crimes. Direção: Vicente Amorim. Elenco: Eduardo Moscovis, Tsuyoshi Ihara, Takako Tokiwa, Eiji Okuda. 107 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
27/12. Quinta, às 19h.

Sequestro 
Acompanhando por quatro anos o cotidiano da Divisão Antissequestro de São Paulo (DAS), o documentário participa da investigação e negociação de diversos casos, inclusive no estouro de alguns cativeiros. São entrevistadas diversas vítimas e seus familiares, que reconstituem momentos de medo e expectativa. E também se procura explorar a tese de que o contato entre presos políticos e presos comuns, em meados dos anos 1970, teria contribuído para a sofisticação dos métodos dos criminosos e o aumento do número de sequestros, inclusive atingindo pessoas famosas, como o empresário Abílio Diniz e o publicitário Washington Olivetto. Direção: Wolney Atalla. Documentário. 94 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
27/12. Quinta, às 17h. 

Um Homem Qualquer 
Jonas (Eriberto Leão) é um jovem que começa a desesperar-se por não conseguir encontrar um emprego. Por conta disso, pensa até em arranjar dinheiro por meio do crime, praticando um sequestro. Sua namorada, Lia (Nanda Costa), ameaça abandoná-lo se ele realmente entrar na vida do crime, o que ela não pode aceitar. Um personagem inusitado aparece para mudar a vida deles: um morador de rua, Isidoro (Carlos Vereza), que é um ex-psiquiatra e cuja sabedoria peculiar de livre pensador pode oferecer respostas a muitas das questões que atormentam a maioria das pessoas. Direção: Caio Vecchio. Elenco: Eriberto Leão, Nanda Costa, Carlos Vereza, Norival Rizzo, Pedro Neschling. 90 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
27/12. Quinta, às 14h. 

Uma Longa Viagem 
As cartas escritas por seu irmão, Heitor, durante as viagens que realizou nos anos 1970, por vários continentes, são o ponto de partida para que a cineasta Lúcia Murat inicie uma investigação que é também um auto-retrato. Naqueles dias, Lúcia, militante de grupos de esquerda, era presa política. Seu irmão mais velho, Miguel, praticava a medicina. Contando com o depoimento do Heitor maduro de hoje, sobrevivente de uma série de experiências intensas, o documentário explora algumas das possibilidades de um balanço não só familiar mas do próprio país nesse passado recente, marcado pela ditadura e por diversas procuras libertárias. O ator Caio Blat interpreta o Heitor jovem. Direção: Lúcia Murat. Documentário. Elenco: Caio Blat. 95 min.
Não recomendado para menores de 14 anos

CineSesc
Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César – São Paulo / SP
Fone: (11) 3087-0500
Ingressos: R$ 4,00 (inteira); R$ 2,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 1,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

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