A Coleção Invisível
“A Coleção Invisível”, filme do baiano-francês Bernard Attal, apresenta Vladimir Brichta pela primeira vez como protagonista em um papel dramático e Walmor Chagas em seu último longa-metragem. Baseado em conto homônimo do austríaco Stefan Zweig, o filme estreia no dia 6 de setembro, em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. O longa recebeu o Prêmio de Melhor Filme no Fest-In de Lisboa e foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Gramado.
A produção mostra a trajetória de Beto (Vladimir Brichta) que se aventura pelo interior da Bahia em busca de uma coleção de gravuras raras, para resolver a crise financeira da loja de antiguidades da família. Ao longo da viagem, encontra Samir (Walmor Chagas), o colecionador, e a sua família arruinada pela decadência das plantações de cacau. O encontro o faz mergulhar na própria historia familiar e mudar sua visão do mundo.
Para convidar Walmor Chagas, que interpreta o personagem Samir, Attal embarcou rumo ao sítio onde o ator vivia, já quase cego. O caseiro foi quem leu o roteiro para ele e disse: “Acho que esse filme vai ser bom, seu Walmor”.
O filme tem como cenário as plantações de cacau do Sul da Bahia, paisagens que Attal, apaixonado por literatura, conheceu nos romances de Jorge Amado. O cineasta percorreu a região cacaueira durante muito tempo, entrevistando as pessoas que tinham vivido no esplendor da “época de ouro do cacau”. As viagens deram origem ao premiado documentário “Os Magníficos” (2009), e agora inspiraram “A Coleção Invisível”.
O roteiro do filme é inspirado no conto homônimo do Stefan Zweig. Refugiado no Brasil no final dos anos trinta, após o avanço do nazismo, Zweig é também o autor da obra “Brasil, país do futuro”.