Informe publicado pela ANCINE revela que o país atingiu o maior número de salas de cinema desde os anos 1970
A Superintendência de Análise de Mercado da ANCINE publicou no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual – OCA, o Informe Anual de 2015, com dados de distribuição, exibição e produção de obras para cinema.
O ano de 2015 fechou com excelentes números para o setor cinematográfico. Foram registrados 172,9 milhões de espectadores nas salas de cinema do país, representando um crescimento de 11,1% em relação a 2014.
Acompanhando o bom desempenho do público em salas de exibição, a renda gerada em bilheteria foi de R$ 2,35 bilhões, refletindo um aumento de 20,1% em comparação ao ano anterior.
Essas são as maiores taxas de crescimento de bilheteria e de público registradas nos últimos cinco anos. E tanto os filmes brasileiros quanto os estrangeiros contribuíram para esse aumento. A participação de público dos filmes brasileiros passou de 12,2% em 2014 para 13% em 2015. Foram 22,5 milhões de espectadores de filmes nacionais no ano passado, enquanto 2014 foi de 19,1%. O número absoluto de ingressos vendidos de filmes nacionais é o terceiro maior do período analisado (de 2009 a 2015).
Os dados coletados são relativos a 53 semanas cinematográficas (01 de janeiro de 2015 a 06 de janeiro de 2016). Ainda que 2015 tenha tido uma semana cinematográfica a mais do que os anos anteriores, as taxas de crescimento de público e de renda continuariam sendo as maiores dos últimos cinco anos se considerássemos apenas os resultados conquistados até a 52ª semana cinematográfica do ano passado.
O filme mais visto do ano foi “Vingadores: A Era de Ultron”, que levou 10,12 milhões de espectadores ao cinema e fez uma renda de R$ 146 milhões.
Foram lançados 128 longas-metragens nacionais em 2015. Comparado a 2014, com 114 lançamentos, houve um aumento de 12,3% de títulos brasileiros nos cinemas. Os 128 lançamentos foram produzidos por 116 empresas produtoras distintas. Dessas, oito lançaram mais de um título.
Das obras lançadas em 2015, 80 foram do gênero ficção e 48 documentários. No ranking das 20 maiores bilheterias, três são filmes nacionais, responsáveis por 43% do público de obras nacionais e por 6% do público total. São eles: “Loucas pra Casar”, que ficou em 10º lugar, com público de 3,7 milhões; “Vai que Cola”, filme originado da série de TV Paga, que fez 3,3 milhões de espectadores e ficou na 12ª posição do ranking; e “Meu Passado me Condena 2”, que ficou em 20º lugar com 2,6 milhões de espectadores.
Entre os títulos brasileiros exibidos no ano, sete filmes ultrapassaram a marca de um milhão de espectadores.
Houve também um crescimento recorde do parque exibidor brasileiro, que encerrou 2015 com mais de três mil salas em funcionamento. O país não atingia esta marca desde 1977. No ano passado, foram inaugurados 58 complexos, totalizando 252 novas salas. Outros 11 complexos foram reabertos e oito ampliaram seu número de telas. No total, houve um acréscimo de 304 novas telas.
O crescimento foi mais intenso na região Sudeste, que ganhou 165 novas salas, sendo 91 delas no Estado de São Paulo. Já as regiões Norte e Nordeste acumularam mais aberturas que as regiões Sul e Centro Oeste. Foram 8 complexos abertos no Norte e 12 complexos abertos no Nordeste.
O processo de digitalização das salas de cinema também se manteve acelerado e já está em fase de finalização. De acordo com levantamento realizado junto aos exibidores em dezembro de 2015, o parque exibidor chegou ao final do ano com 2.775 salas digitalizadas, o que representa 92% das salas do País. Em 2014, esse percentual era de 62,5% (1.770 salas).