Cine Ceará, por Maria do Rosário Caetano
Por Maria do Rosário Caetano, de Fortaleza
Dois atores da equipe de MARESIA (Marcos Guttmann, 2016) participam da mostra competitiva do Festival de Cinema Ibero-Americano de Fortaleza: MARIANA NUNES e PIETRO BOGIANCHINI. Ela nasceu em Brasília, formou-se na Escola de Teatro Dulcina de Morais e, depois de uma série de filmes, estreou em telenovela da Rede Globo.
Neste exato momento, Mariana interpreta a personagem Blandina, em LIBERDADE, LIBERDADE, na faixa das 23h00. A estreia da jovem atriz, no cinema, se deu no filme “O Homem Mau Dorme Bem”, produção brasiliense dirigida por Geraldo Moraes (ainda inédita). Depois vieram FEBRE DO RATO, de Claudio Assis (no qual ela aparecia nua e descontraída no abusado núcleo em que figurava também o brasiliense Juliano Cazarré) e ALEMÃO, drama policial do brasiliense-carioca José Eduardo Belmonte (que se aproximou do milhão de espectadores).
Mariana Nunes espera, agora, a estreia de duas produções internacionais que têm seu nome no elenco: ZAMA, de Lucrécia Martel (no qual Matheus Nachtergaele tem papel de destaque) e PELÉ, O NASCIMENTO DE UMA LENDA (já lançado nos EUA e que deve chegar a nossos cinemas “ainda este ano”).
PIETRO BOGIANCHINI nasceu na Itália e chegou aos Brasil aos seis/sete anos. Sua carreira de ator se desenvolveu, essencialmente, no teatro. Foi numa peça – O CANTO DO CISNE – na qual atuou ao lado de Edney Giovennazzi, que Marcos Guttmann, diretor de MARESIA, o conheceu e o convidou para trabalharem juntos. No cinema, ele estreou nos anos 1960, em A NOITE DO MEU BEM, biografia de Dolores Duran (interpretada por Joana Fomm) dirigida por Jece Valadão. Seguiram-se “Engraçadinha”, de J. B. Tanko (ainda nos anos 60) e OS MACHÕES, de Reginaldo Faria (1972). Passaram-se 28 anos para que ele voltasse a um set de filmagem: o de COPACABANA, de Carla Camuratti. Dois anos depois faria METEORO, de Diego de la Texera. Mais um longa intervalo (de onze anos): em 2013 participou de uma produção internacional – ROUGE BRESIL (Vermelho Brasil), produção canadense, realizada em parceria com a Conspiração, e que foi mostrada na Europa como minissérie (e no Brasil, também como filme). Em 2014, fez MARESIA. Aguarda, agora, a finalização de dois novos longas que têm seu nome no elenco: MINHA FAMÍLIA, de Felipe Joffily, e A VIUVA MATILDE, “um filme que está mais para o terror”.