Canal Arte 1 lança série que reúne músicos e luthiers
Os músicos brilham nos palcos e os luthiers, nas oficinas. Ambos se juntam na série que estreia no canal Arte 1, nesta sexta-feira, dia 14 de setembro, às 19h. Apresentado pelo percussionista Marcos Suzano, “O Som e o Silêncio” promove o encontro entre músicos e luthiers na busca pelo instrumento e pelo som ideal.
Parceria do canal Arte 1 com as produtoras Coevos Filmes e Entreter, a atração, com 13 episódios, mostra Suzano visitando músicos em seus estúdios e luthiers em seus ateliês para entender as especificidades de cada instrumento e profissional.
Em cada episódio, um instrumento, um músico e um luthier diferente são retratados:
No primeiro episódio, Marcos Suzano visita Jaques Morelenbaum e descobre que o violoncelo do entrevistado, com cinco cordas, desafia o preceito clássico. O apresentador vai até Fama, Minas Gerais, conhecer o ateliê do luthier Carlos Jorge que tornou isso possível.
O segundo episódio é sobre bandolim. Em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, o luthier Tércio Ribeiro fabrica instrumentos de cordas há muitos anos. A partir de 2003, passou a se dedicar à construção do bandolim que o músico Hamilton de Holanda conta para Suzano ser como “a mulher de sua vida”.
Henrique Cazes explica a necessidade de dominar o cavaquinho para esquecê-lo no momento que o toca, no terceiro episódio. No estúdio, o músico apresenta uma parceria inédita na interpretação de “Viravoltando” e Suzano vai até a oficina de Rodrigo Gnatali, em Juiz de Fora, Minas Gerais, responsável pela construção de todos os cavaquinhos de Cazes.
O músico Ricardo Vignini e Luís Armando Domingues, o luthier conhecido como “Nenê”, comentam como a parceria se consolidou com os anos e resultou na afinação perfeita da viola caipira, no quarto episódio.
No quinto episódio, o instrumentista Rodrigo Suricato faz uma declaração de amor à guitarra encomendada ao seu luthier Ivan Freitas, que revela que a poda da matéria-prima dos instrumentos tem que ser no inverno.
Ao lado de Roberto Guaringuia, artesão à moda antiga, Gabriel Policarpo e mais sete músicos mostram por que instrumentos de percussão comandam as manifestações populares, como o samba, no episódio seis.
As dificuldades do violino, no sétimo episódio, são partilhadas pelo luthier Newton Rola e pelo músico Ricardo Amado, que concordam que para restaurar e tocar o instrumento é preciso uma dedicação serviçal.
No episódio oito, os pandeiros de Bernardo Aguiar e Marcos Suzano fluem junto ao repique de Gabriel Policarpo. Em sua oficina, o luthier Rodrigo Fontenele conta que se trabalha para fabricar um instrumento que dialogue com as vontades específicas dos músicos.
No episódio nove, o maestro Garnizé comanda a orquestra de maracatu e reverencia Mestre Maureliano, responsável pela fabricação de todos os instrumentos de percussão do ritmo musical Maracatu.
O apresentador Marcos Suzano visita o músico Paulão Sete Cordas e o artesão Rogério Santos para ouvir como deve ser a sonoridade de um violão de sete cordas, no décimo episódio.
No décimo primeiro episódio, Dirceu Leite era flautista até encontrar o clarinete, numa época em que o instrumento que não era produzido no Brasil. A dupla Odivan de Santos e Sérgio Burgani assumiu a demanda e revela o processo em seu ateliê.
No episódio 12, o luthier Lineu Bravo recebe Suzano na sua oficina e afirma que o violonista Guinga é o maior melodista do país.
O último episódio aborda como a passagem do tempo ajuda o instrumento a ficar melhor. O luthier Andrea Spada conta que 70 anos é um prazo realista para um contrabaixo amadurecer e o músico André Vasconcelos lamenta que não verá o apagou de um.