Mostra de terror aborda relação entre violência, imagem e beleza
Durante o mês de maio, o CineSesc traz às telas a mostra Terror Giallo Italiano. Os filmes selecionados abordarão a relação entre violência, imagem e beleza no mundo contemporâneo. São eles: “Seis Mulheres para o Assassino” (Itália, 1964), “Tenebre” (Itália, 1982), “Uma Lagartixa num Corpo de Mulher” (Espanha, França e Itália, 1971) e “Num Quarto Escuro de Satã” (Itália, 1972). Giallo é uma expressão que caracteriza na Itália um subgênero de filmes de terror, muito populares nos anos de 1960 e 1970. As sessões são abertas ao grande público e a entrada é gratuita.
A mostra do Sesc reúne os quatro maiores diretores do giallo: Mario Bava, Dario Argento, Lucio Fulci e Sergio Martino, cada um com seu próprio estilo. A presença de um assassino é uma das marcas desse tipo de filme, mas o serial killer também pode aparecer com menos destaque. A música é o elemento que cria o suspense das cenas ou pontua a atmosfera, muitas vezes, lúdica nesse requintado subgênero do terror. Quase sempre, o filme se passa na alta sociedade italiana. O enredo também é composto por um antagonista que se propõe a investigar e solucionar o mistério.
O giallo, a faceta italiana do gênero terror, é provavelmente a que mais evidencia a relação entre violência, imagem e beleza. No filme “Seis Mulheres para o Assassino”, o mestre Mário Bava destaca cada elemento visual e sonoro como sendo tão relevantes quanto a própria trama. Em “Tenebre”, Argento usa e abusa da câmera subjetiva e do estilo rústico e exagerado na construção das cenas para refletir algumas das características de uma obra desse gênero. Já em “Uma Lagartixa num Corpo de Mulher”, roteirizado e dirigido pelo Fulci, o foco é a permanente fronteira entre o sonho e a realidade, e ainda entre o erotismo e o mistério. Por último, em “No Quarto Escuro de Satã”, o cenário ocupa lugar de destaque na história dirigida por Sergio Martino.