Festival do Rio exibe mega-mostra brasileira e 100 longas internacionais

Por Maria do Rosário Caetano

O longa norte-americano “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig, é a atração da noite inaugural do XXI Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, que começa nesta segunda-feira, 9 de dezembro, e termina a seis dias dos festejos natalinos (19). Um dos maiores e mais importantes festivais do país acontecia, em seus anos de ouro, em setembro. E configurava-se como a grande plataforma de lançamento de produções inéditas brasileiras (e internacionais), depois de Gramado.

Ano passado, por causa da crise financeiro-administrativa que atormenta o Estado fluminense, o festival foi parar em novembro. Este ano, tornou-se o último do calendário anual e foi parar nas vésperas natalinas. E quase não acontece. Um crowdfunding mobilizou dois mil doadores (e rendeu mais de R$600 mil). O Governo do Estado motivou uma empresa, via lei de incentivo, a colocar R$700 mil na maior festa cinematográfica da badaladíssima cidade brasileira. Em condições normais, o festival custaria R$4,5 milhões. Nos anos de ouro, em que estatais brasileiras eram incentivadas a patrocinar eventos culturais, o Festival do Rio chegou a desfrutar de orçamento de R$6 milhões, podendo trazer à antiga capital brasileira convidados internacionais de primeira linha.

Agora, o Festival do Rio vai acontecer em versão compacta. Os 300 ou 350 filmes de outrora foram reduzidos a 190 títulos. Cem deles são estrangeiros e 90, nacionais. Registre-se aqui que esta é a maior quantidade de longas e curtas-metragens brasileiros já reunida em um só festival realizado em nosso território. Os curadores do evento marcaram, com coragem e ousadia, posição. Se o Governo Federal despreza o audiovisual pátrio e tenta estrangular mecanismos de fomento (Fundo Setorial, Editais Públicos etc.) e desidratar a Ancine, o Festival do Rio oferta imenso painel com os melhores títulos de nosso cinema ficcional, documental ou híbrido.

Há, porém, que registrar que a condição de grande plataforma de lançamento do cinema brasileiro foi abalada. O Festival do Rio vê sua mostra mais nobre e badalada — a Première Brasil — transformar-se em “Première Rio”. Afinal, dos nove longas de ficção selecionados para a disputa do Trofeu Redentor, seis já passaram por outros festivais brasileiros. Um deles — “A Febre”— venceu o Festival de Brasília, o mais antigo e tradicional do país.

100% inéditos há apenas dois títulos na competição carioca: “M8 – Quando a Morte Socorre a Vida”, do paulistano Jeferson De, e “Pureza”, do brasiliense Renato Barbieri. Num meio termo, fica o novo longa-metragem de Hilton Lacerda, “Fim de Festa”. Este filme não competiu em nenhum festival, mas teve sua avant-première em Niterói e São Paulo, dentro dos festejos dos 30 anos da Distribuidora Imovision.

As seis produções já apresentadas em outros festivais são as cariocas “Três Verões”, de Sandra Kogut, “Breve Miragem de Sol”, de Eryk Rocha, e “A Febre”, de Maya Da-Rin, o pernambucano “Acqua Movie”, de Lírio Ferreira, e o paulista “Anna”, de Heitor Dhalia.

Festivais classe A não exibem, em sua principal competição, filmes já mostrados em outros certames. E jamais exibem (a não ser em caráter hors concours) filmes já premiados com a láurea máxima de outros festivais. Mas este ano de 2019 traz a marca da excepcionalidade advinda da era Bolsonaro. A grande festa do audiovisual fluminense, que esteve sob ameaça de não acontecer, acontecerá e oferecerá um verdadeiro banquete ao seu fiel público (uma fidelidade que dura 21 anos). E, registre-se, há filmes inéditos em diversos segmentos e competições como a de Documentários, Novos Rumos, Retratos Brasileiros etc.

Na charmosa (e importantíssima) Première Latina, há 12 títulos, um deles, o brasileiro — de alma uruguaia, pois namora o “minimalismo melancólico” do país platino — “Aos Olhos de Ernesto”, da gaúcha Ana Luíza Azevedo, um dos pilares da Casa de Cinema de Porto Alegre. Este filme conquistou o Prêmio da Crítica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como “a melhor produção brasileira”.

Alguns dos títulos latino-americanos da “Première” dedicada a nossos vizinhos já foram exibidos no Cine Ceará, em Gramado ou São Paulo. Mas, louve-se aqui, mesmo em ano de tantas dificuldades orçamentárias, a turma do Festival do Rio não abandonou o cinema de “nuestros hermanos”. E mais: o Prêmio Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) será dado ao melhor filme dos países latinos-americanos. Um forte candidato é o transgressor “O Diabo entre as Pernas”, do septuagenário Arturo Ripstein. Em parceria com sua roteirista (e mulher) Paz Alícia Garciadiego, o mexicano continua botando pra quebrar. O filme é longo (quase três horas), mas deve ser visto por todos os adeptos do cinema que adora correr riscos.

Grandes nomes do cinema europeu, asiático e norte-americano estão no bloco internacional do festival carioca. Ken Loach (“Você Não Estava Aqui”), Marco Bellocchio (não percam “O Traidor”), Irmãos Dardenne (com “O Jovem Ahmed”, mais um filme humanista, seco e potente), Celine Schiamma (com “Retrato de uma Jovem em Chamas”, interpretada por sua companheira Adele Haenel), a alemã Nora Fingscheidt, com o imperdível “System Crasher”(um dos cinco finalistas ao Prêmio da Academia Europeia), seu conterrâneo Werner Herzog (com dois filmes, um deles uma arrebatadora viagem ao Japão – “Family Romance Ltda”), o palestino Elia Suleiman, com “O Paraíso Deve Ser Aqui”, humor de inteligência ímpar, Olivier Assayas, com “Wasp Network”, a recriação do livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, de Fernando Morais, o russo Kantemir Balagov, com “Uma Mulher Alta” (baseado em obra de Svetlana Alexijevich, Prêmio Nobel de Literatura), o afro-francês Ladj Ly (“Os Miseráveis” de nosso tempo presente), o documentarista Asif Kapadia, com “Diego Maradona”, Stéphane Demoustier e seu sensível “A Garota da Pulseira” (na verdade, “da Tornozeleira”), o galego “O que Arde”, de Oliver Laxe, um filme de rara originalidade, e o espanhol “A Virgem de Agosto”, de Jonas Trueba (do elétrico “Deserto”).

A lista internacional é longa e traz filmes de notáveis como Terrence Mallick, Serge Losnitza, Lav Diaz, Clint Eastwood, Jim Jarmusch, Christoph Honoré, Abel Ferrara, Pedro Costa, Xavier Dolan, Marielle Heller, Robert Eggers, Alain Cavalier, entre muitos outros. E traz, também, filmes cotados para o Oscar, como “Judy”, de Rupert Goold, que coloca sua estrela Renée Zellweger (na pele da cantriz Judy Garland) como um dos mais fortes nomes na categoria “melhor interpretação feminina”.

Um documentário, em especial, deve chamar atenção de todos os críticos e cinéfilos: “O que Ela Disse – As Críticas de Pauline Kael”, sobre a influente crítica novaiorquina, que jogou papel decisivo na projeção da Nova Hollywood (geração Scorsese, Coppola, Altman, De Palma e cia).

Um título sobre grande personalidade literária — a escritora Toni Morrison, Nobel de Literatura — deverá mobilizar todos os interessados (blacks ou não) em revisitar a trajetória morrisoniana em “As Muitas que Eu Sou”, de Greenfield-Sanders.

Uma curiosidade: “Persona no Grata”, do franco-argelino Roschidy Zem, ator em “Indigène – Dias de Glória”, merece conferência por razão especial: trata-se de remake ‘made in France’ de “O Invasor” (2002), filme de Beto Brant, escrito por Marçal Aquino, que revelou o titã Paulo Miklos como ator dramático. O brasileiro dá de dez no francês, mas convenhamos, é instigante ver um filme tão brasileiro transfigurado em uma produção europeia.

O Festival do Rio vai durar onze dias e acontecerá em 15 cinemas, sendo os principais o Odeon, na Cinelândia carioca, e o Estação Botafogo, que se somarão à Cinemateca do MAM, Reserva Cultural de Niterói, Roxy, Kinoplex São Luiz e Kinoplex Tijuca, IMS (Instituto Moreira Salles), entre outros.

O público do Festival do Rio desfrutará, além dos filmes nacionais e internacionais, de debates, sessões especiais (como a que apresentará cópia restaurada da chanchada “Aviso aos Navegantes”, de Watson Macedo), de palestras, seminários e oficinas. As diversas categorias profissionais que compõem a cadeia de produção audiovisual brasileira se encontrarão no RioMarket, que cuidará de assuntos de mercado e terá o Rio Palace Hotel como sede.

Confira as mostras e os filmes selecionados:

PREMIÈRE BRASIL

COMPETIÇÃO FICÇÃO
  1. Acqua Movie (Acqua Movie), de Lírio Ferreira, 105 min – PE
  2. A Febre (The Fever), de Maya Da-Rin, 98 min – RJ
  3. Anna (Anna), de Heitor Dhalia, 106 min – SP
  4. Breve Miragem de Sol (Burning Night), de Eryk Rocha, 98 min – SP
  5. Fim de Festa (Party Over), de Hilton Lacerda, 94 min – PE
  6. M8 – Quando a Morte Socorre a Vida (M8), de Jeferson De, 88 min – RJ
  7. Macabro (Macabro), de Marcos Prado, 103 min – RJ
  8. Pureza (Pureza), de Renato Barbieri, 101 min – DF
  9. Três Verões (Three Summers), de Sandra Kogut, 94 min – RJ
COMPETIÇÃO DOCUMENTÁRIO
  1. Amazônia Sociedade Anônima (Amazon Uncovered), de Estevão Ciavatta, 80 min – RJ
  2. Favela É Moda (Favela Is Fashion), de Emílio Domingos, 75 min – RJ
  3. Fé e Fúria (Faith and Fury), de Marcos Pimentel, 103 min – MG
  4. Flores do Cárcere (Prison Flowers), de Paulo Caldas e Bárbara Cunha, 70 min – SP
  5. Mangueira em 2 Tempos (Mangueira in 2 Beats), de Ana Maria Magalhães, 90 min – RJ
  6. Minha Fortaleza, os Filhos de Fulano (My Fortress), de Tatiana Lohmann, 84 min – SP
  7. Ressaca (Vertigo of Fall), de Vincent Rimbaux e Patrizia Landi, 86 min – RJ
  8. Sem Descanso (Restless), de Bernard Attal, 78min – BA
COMPETIÇÃO NOVOS RUMOS
  1. 30 Anos Blues (30 Years Blues), de Andradina Azevedo e Dida Andrade, 91 min – SP
  2. A Rosa Azul de Novalis (The Blue Flower of Novalis), de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro, 70 min – SP
  3. Casa (Home), de Letícia Simões, 93 min – PE
  4. Chão (Landless), Camila Freitas, 110 min – DF
  5. A Torre (The Tower), de Sérgio Borges, 72 min – MG
  6. Sem Seu Sangue (Sick, Sick, Sick), de Alice Furtado, 100 min – RJ
  7. Sete Anos em Maio (Seven Years in May), de Affonso Uchôa, 42 min – MG
  8. Terminal Praia Grande (Terminal Station), de Mavi Simão, 74 min – MA
CURTAS em MOSTRAS COMPETITIVAS
COMPETIÇÃO PRINCIPAL
  1. A Mentira (The Lie), de Klaus Diehl e Rafael Spínola, FIC, 10 min – RJ
  2. Apneia (Apnea), de Carol Sakura & Walkir Fernandes, FIC, 15 min – PR
  3. As Viajantes (The Travelers), de Davi Mello, FIC, 11 min – SP
  4. Bicha-bomba (Queer-bomb), de Renan de Cillo, DOC, 8 min – PR
  5. Carne (Flesh), de Camila Kater, DOC, 12 min – SP
  6. Carvão (Charcoal), de Miguel Góes, FIC, 15 min – RJ
  7. Copacabana Madureira (Around Copacabana), de Leonardo Martinelli, DOC, 15 min – RJ
  8. Enraizada (Rooted), de Tiago Delácio, DOC, 8 min – PE
  9. Nosso Tempo (Our Time), de André Emidio, FIC, 15 min – RJ
  10. Quando a Chuva Vem? (When will it rain?), de Jefferson Batista, FIC, 8 min – PE
  11. Sangro (I Bleed), de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR, DOC, 7 min – SP
COMPETIÇÃO NOVOS RUMOS
  1. Baile (Summer Ball), de Cíntia Domit Bittar, FIC, 18 min – SC
  2. Bonde (Bonde), de Asaph Luccas, FIC, 18 min – SP
  3. Codinome Breno (Codename Breno), de Manoel Batista, DOC, 20 min – RN
  4. Entre (Between), de Ana Carolina Marinho e Bárbara Santos, FIC, 15 min – SP
  5. Histórias para Contar (Breaking the Silence), de Julia Lemos Lima, DOC, 25 min – RJ
  6. Revoada (Take Wing), de Victor Costa Lopes, FIC, 14 min – CE
  7. Sem Asas (Wingless), de Renata Martins , FIC, 20 min – SP
FILMES FORA DE COMPETIÇÃO
HORS CONCOURS LONGAS
Ficção
  1. Abe (Abe), de Fernando Grostein Andrade, 85 min – SP
  2. A Divisão (The Division), de Vicente Amorim, 134 min – RJ
  3. Aos Nossos Filhos (Our Children), de Maria de Medeiros, 105 min – SP
  4. Boca de Ouro (Golden Mouth), de Daniel Filho, 93 min – RJ
  5. Carlinhos e Carlão (Macho Man), de Pedro Amorim, 93 min – RJ
  6. Depois a Louca Sou Eu (Losing My Marbles), de Julia Rezende, 86 min – RJ
  7. Intervenção (Intervention), de Caio Cobra, 90 min – RJ
  8. O Traidor (Il Traditore), de Marco Bellocchio, 152 min – Itália, Brasil, França, Alemanha
  9. Pacarrete (Pacarrete), de Allan Deberton, 97 min – CE
  10. Pacificado (Pacified), de Paxton Winters, 120 min – SP
  11. Piedade (Mercy), de Cláudio Assis, 98 min – RJ
  12. Veneza (Venice), de Miguel Falabella, 93 min – RJ
Documentário
  1. Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou (Babenco – Tell Me When I Die), de Bárbara Paz, 75 min – SP
  2. Barretão (Barretão), de Marcelo Santiago, 85 min – RJ
  3. Encarcerados (Jailed), de Claudia Calabi, Fernando G. Andrade e Pedro Bial, 72 min – SP
PREMIERE BRASIL NOVOS RUMOS HORS CONCOURS
  1. Sofá (Firefly), de Bruno Safadi, 71 min – RJ
  2. Segundo Tempo (Second Half), de Rubens Rewald, 107 min – SP
HORS CONCOURS CURTAS
  1. Viva Alfredinho! (Long Live Alfredinho!), de Roberto Berliner, DOC, 16 min – RJ
  2. Amnestia (Amnestia), de Susanna Lira, DOC, 15 min – RJ
  3. Tuã Ingugu [Olhos d’Água] (Water Eyes), de Daniela Thomas, DOC, 9 min – RJ
PREMIÈRE BRASIL RETRATOS MUSICAIS
  1. 30 Dias – Um carnaval entre a alegria e a desilusão (30 Days), de Valmir Moratelli, 72 min – RJ
  2. A Maldita (A Maldita), de Tetê Mattos, 80 min – RJ
  3. Arto Lindsay 4D (Arto Lindsay 4D), de André Lavaquial, 74 min – RJ
  4. Blitz, O Filme (Blitz, The Movie), de Paulo Fontenelle, 90 min – RJ
  5. Chorão: Marginal Alado(Outcast Rockstar), de Felipe Novaes, 75 min – SP
  6. Gilberto Gil Antologia Vol.1 (Gilberto Gil Anthology Vol.1, de Lula Buarque de Hollanda, 73 min – RJ
PREMIÈRE BRASIL ITINERÁRIOS ÚNICOS
  1. A Mulher da Luz Própria (The Woman with her Own Light), de Sinai Sganzerla, 74 min – SP
  2. A Última Gravação (The Last Audition), de Isabel Cavalcanti e Célia Freitas, 71 min – RJ
  3. Banquete Coutinho (A Treat of Coutinho), de Josafá Veloso, 74 min – SP
  4. Madame (Madam), de André da Costa Pinto e Nathan Cirino, 80 min – RJ
  5. Movimentos do Invisível (Movements of the Invisible), de Flavia Guayer e Letícia Monte, 75 min – RJ
  6. Quatro Dias com Eduardo (Four Days with Eduardo), de Victor Hugo Fiuza, 76 min – RJ
PREMIÈRE BRASIL FRONTEIRAS
  1. A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha (Our Flag Will Never Be Red), de Pablo López Guelli, 72 min – SP
  2. O Mês Que Não Terminou (Endless June – Brazil’s New Political Culture), de Francisco Bosco e Raul Mourão, 104 min – RJ
  3. O Paradoxo da Democracia (The Paradox of Democracy), de Belisário Franca, 73 min – RJ
  4. Outubro (October), de Maria Ribeiro e Loiro Cunha, 79 min – SP
  5. Partida (Departure), de Caco Ciocler, 93 min – SP
PREMIÈRE BRASIL GERAÇÃO
  1. Alice Júnior (Alice Júnior), de Gil Baroni, 87 min – PR
  2. Lugar de Fala (Talking Heads), de Felipe Nepomuceno, 71 min – RJ
  3. Que os Olhos Ruins Não te Enxerguem (May The Evil Eyes Not See You), de Roberto Maty, 76 min – SP
  4. Raia 4 (Lane 4), de Emiliano Cunha, 96 min – RS

PANORAMA

O Escândalo (Bombshell), de Jay Roach

Você não estava aqui (Sorry We Missed You), de Ken Loach

Jojo Rabbit (Jojo Rabbit), de Taika Waititi

Judy (Judy), de Rupert Goold

Uma mulher extraordinária (Nur eine Frau), de Sherry Hormann

Frankie (Frankie), de Ira Sachs

Diego Maradona (Diego Maradona), de Asif Kapadia

O jovem Ahmed (Le jeune Ahmed), de Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne

Wasp Network (Wasp Network), de Olivier Assayas

Uma vida oculta (A Hidden Life), de Terrence Malick

O caso Richard Jewell (Richard Jewell), de Clint Eastwood

Luta por justiça (Just Mercy), de Destin Daniel Cretton

Nômade: seguindo os passos de Bruce Chatwin (Nomad: In the Footsteps of Bruce Chatwin), de Werner Herzog

Family Romance, LTDA (Family Romance, LLC), de Werner Herzog

State Funeral (State Funeral), de Sergei Loznitsa

A interrupção (Ang hupa), de Lav Diaz

Tommaso (Tommaso), de Abel Ferrara

Matthias & Maxime (Matthias et Maxime), de Xavier Dolan

Um lindo dia na vizinhança (A Beautiful Day in the Neighborhood), de Marielle Heller

Late Night (Late Night), de Nisha Ganatra

Honey Boy (Honey Boy), de Alma Har’el

O farol (The Lighthouse), de Robert Eggers

O paraíso deve ser aqui (It Must Be Heaven), de Elia Suleiman

Quarto 212 (Chambre 212), de Christophe Honoré

Retrato de uma jovem em chamas (Portrait de la jeune fille en feu), de Céline Sciamma

Os miseráveis (Les misérables), de Ladj Ly

Synonymes (Synonymes), de Nadav Lapid

Technoboss (Technoboss), de João Nicolau

Vivendo e sabendo que se está vivo (Être vivant et le savoir), de Alain Cavalier

Sibyl (Sibyl), de Justine Triet

Martin Eden (Martin Eden), de Pietro Marcello

Zombi Child (Zombi Child), de Bertrand Bonello

Vitalina Varela (Vitalina Varela), de Pedro Costa

Antologia da cidade fantasma (Répertoire des villes disparues), de Denis Côté

Little Joe (Little Joe), de Jessica Hausner

Doidos de Pedra, de Luiz Eduardo Ozório

Família de Axé, de Tetê Moraes

A virgem de agosto (La virgen de agosto), de Jonás Trueba

A batalha das correntes (The Current War), de Alfonso Gomez-Rejon

Doce entardecer na Toscana (Dolce Fine Giornata), de Jacek Borcuch

Deus existe e seu nome é Petúnia (Gospod postoi, imeto i’ e Petrunija), de Teona Strugar Mitevska

Mentira nada inocente (White Lie), de Yonah Lewis, Calvin Thomas

O último amor de Casanova (Dernier amour), de Benoît Jacquot

O chão sob meus pés (Der Boden unter den Füßen), de Marie Kreutzer

Persona non grata, de Roschdy Zem

A garota da pulseira (La fille au bracelet), de Stéphane Demoustier

Os olhos de Cabul (Les hirondelles de Kaboul), de Zabou Breitman, Eléa Gobbé-Mévellec

Madre (Madre), de Rodrigo Sorogoyen

Testemunha invisível (Il testimone invisibile), de Stefano Mordini

Aspromonte – terra dos esquecidos (Aspromonte – La terra degli ultimi), de Mimmo Calopresti

Skin (Skin), de Guy Nattiv

Amundsen, o explorador (Amundsen) de Espen Sandberg

EXPECTATIVA 2019

Uma mulher alta (Dylda), de Kantemir Balagov

E então nós dançamos (And Then We Danced), de Levan Akin

O primeiro adeus (Di yi ci de li bie), de Lina Wang

O verão de Adam (Adam), de Rhys Ernst

Cem quilos de estrelas (100 kilos d’étoiles), de Marie-Sophie Chambon

The Climb (The Climb), de Michael Covino

O que arde (O que arde), de Oliver Laxe

Viver para cantar (Huo zhe chang zhe), de Johnny Ma

A vida de Alice (Alice), de Josephine Mackerras

Espírito vivente (Vif-argent) de Stéphane Batut

Campo (Campo), de Tiago Hespanha

Nós duas (Deux), de Filippo Meneghetti

Cicatrizes (Savovi), de Miroslav Terzic

Son-Mother (Pesar-Madar), de Mahnaz Mohammadi

System Crasher (Systemsprenger), de Nora Fingscheidt

Pequenas mentiras francesas (On ment toujours à ceux qu’on aime), de Sandrine Dumas

Alva (Alva), de Ico Costa

Os tradutores (Les traducteurs), de Régis Roinsard

Em boas mãos (Pupille), de Jeanne Herry

Baikonur, Terra, (Bajkonur, Terra), de Andrea Sorini

O que vão dizer (Hva vil folk si), de Iram Haq

Uma janela para o mar (Una ventana al mar), de Miguel Ángel Jiménez

Aqueles que ficaram (Akik maradtak), de Barnabás Tóth

PREMIÈRE LATINA

O diabo entre as pernas (El Diablo entre las Piernas), de Arturo Ripstein

Litigante (Litigante), de Franco Lolli

Vida de doleiro (Así Habló el Cambista), de Federico Veiroj

Mão de obra (Mano de obra), de David Zonana

Canção sem nome (Canción Sin Nombre), de Melina León

La Arrancada (La Arrancada), de Aldemar Matias

Nona – se me molham eu os queimo (Nona. Si me mojan, yo los quemo), de Camila José Donoso

Alelí (Alelí), de Leticia Jorge Romero

Breve história do planeta verde (Breve historia del planeta verde), de Santiago Loza

Terra das cinzas (Ceniza Negra), de Sofía Quirós Ubeda

Poetas do Céu (Poetas del Cielo), de Emilio Maillé

Aos Olhos de Ernesto (Aos Olhos de Ernesto), de Ana Luiza Azevedo

MIDNIGHT MOVIES

Lemebel, um artista contra a ditadura chilena (Lemebel), de Joanna Reposi Garibaldi

Fotografando a Máfia (Shooting the Mafia), de Kim Longinotto

Os mortos não morrem (The Dead Don’t Die), de Jim Jarmusch

Primeiro amor (Hatsukoi), de Takashi Miike

O lago do ganso selvagem (Nan Fang Che Zhan De Ju Hui, de Diao Yinan

The Capote Tapes (The Capote Tapes), de Ebs Burnough

The Kingmaker (The Kingmaker), de Lauren Greenfield

Memory – as origens de Alien, o 8º passageiro (Memory: The Origins of Alien), de Alexandre O. Philippe

A jaqueta de couro de cervo (Le Daim), de Quentin Dupieux

The Lodge (The Lodge), de Veronika Franz, Severin Fiala

Aquarela (Aquarela), de Victor Kossakovsky

Pelican Blood (Pelikanblut), de Katrin Gebbe

A hora da sua morte (Countdown), de Justin Dec

O filme do Bruno Aleixo (O Filme do Bruno Aleixo), de João Moreira, Pedro Santo

Amazing Grace (Amazing Grace), de Alan Elliott, Sydney Pollack

O tempo com você (Tenki no ko), deMakoto Shinkai

ITINERÁRIOS ÚNICOS

Cidadão K (Citizen K), de Alex Gibney

O desaparecimento de minha mãe (Storia di B, a scomparsa di mia madre), de Beniamino Barrese

O que ela disse: as críticas de Pauline Kael (What She Said: The Art of Pauline Kael), de Rob Garver

XY Chelsea (XY Chelsea), de Tim Travers Hawkins

Toni Morrison: as muitas que eu sou (Toni Morrison: The Pieces I Am), de Timothy Greenfield-Sanders

Cunningham (Cunningham), de Alla Kovgan

Sean Scully e a arte de tudo (Unstoppable: Sean Scully and the Art of Everything), de Nick Willing

O capital no século XXI (Capital in the Twenty-First Century), de Justin Pemberton

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