Festival do Rio exibe mega-mostra brasileira e 100 longas internacionais
Por Maria do Rosário Caetano
O longa norte-americano “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig, é a atração da noite inaugural do XXI Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, que começa nesta segunda-feira, 9 de dezembro, e termina a seis dias dos festejos natalinos (19). Um dos maiores e mais importantes festivais do país acontecia, em seus anos de ouro, em setembro. E configurava-se como a grande plataforma de lançamento de produções inéditas brasileiras (e internacionais), depois de Gramado.
Ano passado, por causa da crise financeiro-administrativa que atormenta o Estado fluminense, o festival foi parar em novembro. Este ano, tornou-se o último do calendário anual e foi parar nas vésperas natalinas. E quase não acontece. Um crowdfunding mobilizou dois mil doadores (e rendeu mais de R$600 mil). O Governo do Estado motivou uma empresa, via lei de incentivo, a colocar R$700 mil na maior festa cinematográfica da badaladíssima cidade brasileira. Em condições normais, o festival custaria R$4,5 milhões. Nos anos de ouro, em que estatais brasileiras eram incentivadas a patrocinar eventos culturais, o Festival do Rio chegou a desfrutar de orçamento de R$6 milhões, podendo trazer à antiga capital brasileira convidados internacionais de primeira linha.
Agora, o Festival do Rio vai acontecer em versão compacta. Os 300 ou 350 filmes de outrora foram reduzidos a 190 títulos. Cem deles são estrangeiros e 90, nacionais. Registre-se aqui que esta é a maior quantidade de longas e curtas-metragens brasileiros já reunida em um só festival realizado em nosso território. Os curadores do evento marcaram, com coragem e ousadia, posição. Se o Governo Federal despreza o audiovisual pátrio e tenta estrangular mecanismos de fomento (Fundo Setorial, Editais Públicos etc.) e desidratar a Ancine, o Festival do Rio oferta imenso painel com os melhores títulos de nosso cinema ficcional, documental ou híbrido.
Há, porém, que registrar que a condição de grande plataforma de lançamento do cinema brasileiro foi abalada. O Festival do Rio vê sua mostra mais nobre e badalada — a Première Brasil — transformar-se em “Première Rio”. Afinal, dos nove longas de ficção selecionados para a disputa do Trofeu Redentor, seis já passaram por outros festivais brasileiros. Um deles — “A Febre”— venceu o Festival de Brasília, o mais antigo e tradicional do país.
100% inéditos há apenas dois títulos na competição carioca: “M8 – Quando a Morte Socorre a Vida”, do paulistano Jeferson De, e “Pureza”, do brasiliense Renato Barbieri. Num meio termo, fica o novo longa-metragem de Hilton Lacerda, “Fim de Festa”. Este filme não competiu em nenhum festival, mas teve sua avant-première em Niterói e São Paulo, dentro dos festejos dos 30 anos da Distribuidora Imovision.
As seis produções já apresentadas em outros festivais são as cariocas “Três Verões”, de Sandra Kogut, “Breve Miragem de Sol”, de Eryk Rocha, e “A Febre”, de Maya Da-Rin, o pernambucano “Acqua Movie”, de Lírio Ferreira, e o paulista “Anna”, de Heitor Dhalia.
Festivais classe A não exibem, em sua principal competição, filmes já mostrados em outros certames. E jamais exibem (a não ser em caráter hors concours) filmes já premiados com a láurea máxima de outros festivais. Mas este ano de 2019 traz a marca da excepcionalidade advinda da era Bolsonaro. A grande festa do audiovisual fluminense, que esteve sob ameaça de não acontecer, acontecerá e oferecerá um verdadeiro banquete ao seu fiel público (uma fidelidade que dura 21 anos). E, registre-se, há filmes inéditos em diversos segmentos e competições como a de Documentários, Novos Rumos, Retratos Brasileiros etc.
Na charmosa (e importantíssima) Première Latina, há 12 títulos, um deles, o brasileiro — de alma uruguaia, pois namora o “minimalismo melancólico” do país platino — “Aos Olhos de Ernesto”, da gaúcha Ana Luíza Azevedo, um dos pilares da Casa de Cinema de Porto Alegre. Este filme conquistou o Prêmio da Crítica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como “a melhor produção brasileira”.
Alguns dos títulos latino-americanos da “Première” dedicada a nossos vizinhos já foram exibidos no Cine Ceará, em Gramado ou São Paulo. Mas, louve-se aqui, mesmo em ano de tantas dificuldades orçamentárias, a turma do Festival do Rio não abandonou o cinema de “nuestros hermanos”. E mais: o Prêmio Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) será dado ao melhor filme dos países latinos-americanos. Um forte candidato é o transgressor “O Diabo entre as Pernas”, do septuagenário Arturo Ripstein. Em parceria com sua roteirista (e mulher) Paz Alícia Garciadiego, o mexicano continua botando pra quebrar. O filme é longo (quase três horas), mas deve ser visto por todos os adeptos do cinema que adora correr riscos.
Grandes nomes do cinema europeu, asiático e norte-americano estão no bloco internacional do festival carioca. Ken Loach (“Você Não Estava Aqui”), Marco Bellocchio (não percam “O Traidor”), Irmãos Dardenne (com “O Jovem Ahmed”, mais um filme humanista, seco e potente), Celine Schiamma (com “Retrato de uma Jovem em Chamas”, interpretada por sua companheira Adele Haenel), a alemã Nora Fingscheidt, com o imperdível “System Crasher”(um dos cinco finalistas ao Prêmio da Academia Europeia), seu conterrâneo Werner Herzog (com dois filmes, um deles uma arrebatadora viagem ao Japão – “Family Romance Ltda”), o palestino Elia Suleiman, com “O Paraíso Deve Ser Aqui”, humor de inteligência ímpar, Olivier Assayas, com “Wasp Network”, a recriação do livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, de Fernando Morais, o russo Kantemir Balagov, com “Uma Mulher Alta” (baseado em obra de Svetlana Alexijevich, Prêmio Nobel de Literatura), o afro-francês Ladj Ly (“Os Miseráveis” de nosso tempo presente), o documentarista Asif Kapadia, com “Diego Maradona”, Stéphane Demoustier e seu sensível “A Garota da Pulseira” (na verdade, “da Tornozeleira”), o galego “O que Arde”, de Oliver Laxe, um filme de rara originalidade, e o espanhol “A Virgem de Agosto”, de Jonas Trueba (do elétrico “Deserto”).
A lista internacional é longa e traz filmes de notáveis como Terrence Mallick, Serge Losnitza, Lav Diaz, Clint Eastwood, Jim Jarmusch, Christoph Honoré, Abel Ferrara, Pedro Costa, Xavier Dolan, Marielle Heller, Robert Eggers, Alain Cavalier, entre muitos outros. E traz, também, filmes cotados para o Oscar, como “Judy”, de Rupert Goold, que coloca sua estrela Renée Zellweger (na pele da cantriz Judy Garland) como um dos mais fortes nomes na categoria “melhor interpretação feminina”.
Um documentário, em especial, deve chamar atenção de todos os críticos e cinéfilos: “O que Ela Disse – As Críticas de Pauline Kael”, sobre a influente crítica novaiorquina, que jogou papel decisivo na projeção da Nova Hollywood (geração Scorsese, Coppola, Altman, De Palma e cia).
Um título sobre grande personalidade literária — a escritora Toni Morrison, Nobel de Literatura — deverá mobilizar todos os interessados (blacks ou não) em revisitar a trajetória morrisoniana em “As Muitas que Eu Sou”, de Greenfield-Sanders.
Uma curiosidade: “Persona no Grata”, do franco-argelino Roschidy Zem, ator em “Indigène – Dias de Glória”, merece conferência por razão especial: trata-se de remake ‘made in France’ de “O Invasor” (2002), filme de Beto Brant, escrito por Marçal Aquino, que revelou o titã Paulo Miklos como ator dramático. O brasileiro dá de dez no francês, mas convenhamos, é instigante ver um filme tão brasileiro transfigurado em uma produção europeia.
O Festival do Rio vai durar onze dias e acontecerá em 15 cinemas, sendo os principais o Odeon, na Cinelândia carioca, e o Estação Botafogo, que se somarão à Cinemateca do MAM, Reserva Cultural de Niterói, Roxy, Kinoplex São Luiz e Kinoplex Tijuca, IMS (Instituto Moreira Salles), entre outros.
O público do Festival do Rio desfrutará, além dos filmes nacionais e internacionais, de debates, sessões especiais (como a que apresentará cópia restaurada da chanchada “Aviso aos Navegantes”, de Watson Macedo), de palestras, seminários e oficinas. As diversas categorias profissionais que compõem a cadeia de produção audiovisual brasileira se encontrarão no RioMarket, que cuidará de assuntos de mercado e terá o Rio Palace Hotel como sede.
Confira as mostras e os filmes selecionados:
PREMIÈRE BRASIL
- Acqua Movie (Acqua Movie), de Lírio Ferreira, 105 min – PE
- A Febre (The Fever), de Maya Da-Rin, 98 min – RJ
- Anna (Anna), de Heitor Dhalia, 106 min – SP
- Breve Miragem de Sol (Burning Night), de Eryk Rocha, 98 min – SP
- Fim de Festa (Party Over), de Hilton Lacerda, 94 min – PE
- M8 – Quando a Morte Socorre a Vida (M8), de Jeferson De, 88 min – RJ
- Macabro (Macabro), de Marcos Prado, 103 min – RJ
- Pureza (Pureza), de Renato Barbieri, 101 min – DF
- Três Verões (Three Summers), de Sandra Kogut, 94 min – RJ
- Amazônia Sociedade Anônima (Amazon Uncovered), de Estevão Ciavatta, 80 min – RJ
- Favela É Moda (Favela Is Fashion), de Emílio Domingos, 75 min – RJ
- Fé e Fúria (Faith and Fury), de Marcos Pimentel, 103 min – MG
- Flores do Cárcere (Prison Flowers), de Paulo Caldas e Bárbara Cunha, 70 min – SP
- Mangueira em 2 Tempos (Mangueira in 2 Beats), de Ana Maria Magalhães, 90 min – RJ
- Minha Fortaleza, os Filhos de Fulano (My Fortress), de Tatiana Lohmann, 84 min – SP
- Ressaca (Vertigo of Fall), de Vincent Rimbaux e Patrizia Landi, 86 min – RJ
- Sem Descanso (Restless), de Bernard Attal, 78min – BA
- 30 Anos Blues (30 Years Blues), de Andradina Azevedo e Dida Andrade, 91 min – SP
- A Rosa Azul de Novalis (The Blue Flower of Novalis), de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro, 70 min – SP
- Casa (Home), de Letícia Simões, 93 min – PE
- Chão (Landless), Camila Freitas, 110 min – DF
- A Torre (The Tower), de Sérgio Borges, 72 min – MG
- Sem Seu Sangue (Sick, Sick, Sick), de Alice Furtado, 100 min – RJ
- Sete Anos em Maio (Seven Years in May), de Affonso Uchôa, 42 min – MG
- Terminal Praia Grande (Terminal Station), de Mavi Simão, 74 min – MA
- A Mentira (The Lie), de Klaus Diehl e Rafael Spínola, FIC, 10 min – RJ
- Apneia (Apnea), de Carol Sakura & Walkir Fernandes, FIC, 15 min – PR
- As Viajantes (The Travelers), de Davi Mello, FIC, 11 min – SP
- Bicha-bomba (Queer-bomb), de Renan de Cillo, DOC, 8 min – PR
- Carne (Flesh), de Camila Kater, DOC, 12 min – SP
- Carvão (Charcoal), de Miguel Góes, FIC, 15 min – RJ
- Copacabana Madureira (Around Copacabana), de Leonardo Martinelli, DOC, 15 min – RJ
- Enraizada (Rooted), de Tiago Delácio, DOC, 8 min – PE
- Nosso Tempo (Our Time), de André Emidio, FIC, 15 min – RJ
- Quando a Chuva Vem? (When will it rain?), de Jefferson Batista, FIC, 8 min – PE
- Sangro (I Bleed), de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR, DOC, 7 min – SP
- Baile (Summer Ball), de Cíntia Domit Bittar, FIC, 18 min – SC
- Bonde (Bonde), de Asaph Luccas, FIC, 18 min – SP
- Codinome Breno (Codename Breno), de Manoel Batista, DOC, 20 min – RN
- Entre (Between), de Ana Carolina Marinho e Bárbara Santos, FIC, 15 min – SP
- Histórias para Contar (Breaking the Silence), de Julia Lemos Lima, DOC, 25 min – RJ
- Revoada (Take Wing), de Victor Costa Lopes, FIC, 14 min – CE
- Sem Asas (Wingless), de Renata Martins , FIC, 20 min – SP
- Abe (Abe), de Fernando Grostein Andrade, 85 min – SP
- A Divisão (The Division), de Vicente Amorim, 134 min – RJ
- Aos Nossos Filhos (Our Children), de Maria de Medeiros, 105 min – SP
- Boca de Ouro (Golden Mouth), de Daniel Filho, 93 min – RJ
- Carlinhos e Carlão (Macho Man), de Pedro Amorim, 93 min – RJ
- Depois a Louca Sou Eu (Losing My Marbles), de Julia Rezende, 86 min – RJ
- Intervenção (Intervention), de Caio Cobra, 90 min – RJ
- O Traidor (Il Traditore), de Marco Bellocchio, 152 min – Itália, Brasil, França, Alemanha
- Pacarrete (Pacarrete), de Allan Deberton, 97 min – CE
- Pacificado (Pacified), de Paxton Winters, 120 min – SP
- Piedade (Mercy), de Cláudio Assis, 98 min – RJ
- Veneza (Venice), de Miguel Falabella, 93 min – RJ
- Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou (Babenco – Tell Me When I Die), de Bárbara Paz, 75 min – SP
- Barretão (Barretão), de Marcelo Santiago, 85 min – RJ
- Encarcerados (Jailed), de Claudia Calabi, Fernando G. Andrade e Pedro Bial, 72 min – SP
- Sofá (Firefly), de Bruno Safadi, 71 min – RJ
- Segundo Tempo (Second Half), de Rubens Rewald, 107 min – SP
- Viva Alfredinho! (Long Live Alfredinho!), de Roberto Berliner, DOC, 16 min – RJ
- Amnestia (Amnestia), de Susanna Lira, DOC, 15 min – RJ
- Tuã Ingugu [Olhos d’Água] (Water Eyes), de Daniela Thomas, DOC, 9 min – RJ
- 30 Dias – Um carnaval entre a alegria e a desilusão (30 Days), de Valmir Moratelli, 72 min – RJ
- A Maldita (A Maldita), de Tetê Mattos, 80 min – RJ
- Arto Lindsay 4D (Arto Lindsay 4D), de André Lavaquial, 74 min – RJ
- Blitz, O Filme (Blitz, The Movie), de Paulo Fontenelle, 90 min – RJ
- Chorão: Marginal Alado(Outcast Rockstar), de Felipe Novaes, 75 min – SP
- Gilberto Gil Antologia Vol.1 (Gilberto Gil Anthology Vol.1, de Lula Buarque de Hollanda, 73 min – RJ
- A Mulher da Luz Própria (The Woman with her Own Light), de Sinai Sganzerla, 74 min – SP
- A Última Gravação (The Last Audition), de Isabel Cavalcanti e Célia Freitas, 71 min – RJ
- Banquete Coutinho (A Treat of Coutinho), de Josafá Veloso, 74 min – SP
- Madame (Madam), de André da Costa Pinto e Nathan Cirino, 80 min – RJ
- Movimentos do Invisível (Movements of the Invisible), de Flavia Guayer e Letícia Monte, 75 min – RJ
- Quatro Dias com Eduardo (Four Days with Eduardo), de Victor Hugo Fiuza, 76 min – RJ
- A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha (Our Flag Will Never Be Red), de Pablo López Guelli, 72 min – SP
- O Mês Que Não Terminou (Endless June – Brazil’s New Political Culture), de Francisco Bosco e Raul Mourão, 104 min – RJ
- O Paradoxo da Democracia (The Paradox of Democracy), de Belisário Franca, 73 min – RJ
- Outubro (October), de Maria Ribeiro e Loiro Cunha, 79 min – SP
- Partida (Departure), de Caco Ciocler, 93 min – SP
- Alice Júnior (Alice Júnior), de Gil Baroni, 87 min – PR
- Lugar de Fala (Talking Heads), de Felipe Nepomuceno, 71 min – RJ
- Que os Olhos Ruins Não te Enxerguem (May The Evil Eyes Not See You), de Roberto Maty, 76 min – SP
- Raia 4 (Lane 4), de Emiliano Cunha, 96 min – RS
PANORAMA
O Escândalo (Bombshell), de Jay Roach
Você não estava aqui (Sorry We Missed You), de Ken Loach
Jojo Rabbit (Jojo Rabbit), de Taika Waititi
Judy (Judy), de Rupert Goold
Uma mulher extraordinária (Nur eine Frau), de Sherry Hormann
Frankie (Frankie), de Ira Sachs
Diego Maradona (Diego Maradona), de Asif Kapadia
O jovem Ahmed (Le jeune Ahmed), de Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne
Wasp Network (Wasp Network), de Olivier Assayas
Uma vida oculta (A Hidden Life), de Terrence Malick
O caso Richard Jewell (Richard Jewell), de Clint Eastwood
Luta por justiça (Just Mercy), de Destin Daniel Cretton
Nômade: seguindo os passos de Bruce Chatwin (Nomad: In the Footsteps of Bruce Chatwin), de Werner Herzog
Family Romance, LTDA (Family Romance, LLC), de Werner Herzog
State Funeral (State Funeral), de Sergei Loznitsa
A interrupção (Ang hupa), de Lav Diaz
Tommaso (Tommaso), de Abel Ferrara
Matthias & Maxime (Matthias et Maxime), de Xavier Dolan
Um lindo dia na vizinhança (A Beautiful Day in the Neighborhood), de Marielle Heller
Late Night (Late Night), de Nisha Ganatra
Honey Boy (Honey Boy), de Alma Har’el
O farol (The Lighthouse), de Robert Eggers
O paraíso deve ser aqui (It Must Be Heaven), de Elia Suleiman
Quarto 212 (Chambre 212), de Christophe Honoré
Retrato de uma jovem em chamas (Portrait de la jeune fille en feu), de Céline Sciamma
Os miseráveis (Les misérables), de Ladj Ly
Synonymes (Synonymes), de Nadav Lapid
Technoboss (Technoboss), de João Nicolau
Vivendo e sabendo que se está vivo (Être vivant et le savoir), de Alain Cavalier
Sibyl (Sibyl), de Justine Triet
Martin Eden (Martin Eden), de Pietro Marcello
Zombi Child (Zombi Child), de Bertrand Bonello
Vitalina Varela (Vitalina Varela), de Pedro Costa
Antologia da cidade fantasma (Répertoire des villes disparues), de Denis Côté
Little Joe (Little Joe), de Jessica Hausner
Doidos de Pedra, de Luiz Eduardo Ozório
Família de Axé, de Tetê Moraes
A virgem de agosto (La virgen de agosto), de Jonás Trueba
A batalha das correntes (The Current War), de Alfonso Gomez-Rejon
Doce entardecer na Toscana (Dolce Fine Giornata), de Jacek Borcuch
Deus existe e seu nome é Petúnia (Gospod postoi, imeto i’ e Petrunija), de Teona Strugar Mitevska
Mentira nada inocente (White Lie), de Yonah Lewis, Calvin Thomas
O último amor de Casanova (Dernier amour), de Benoît Jacquot
O chão sob meus pés (Der Boden unter den Füßen), de Marie Kreutzer
Persona non grata, de Roschdy Zem
A garota da pulseira (La fille au bracelet), de Stéphane Demoustier
Os olhos de Cabul (Les hirondelles de Kaboul), de Zabou Breitman, Eléa Gobbé-Mévellec
Madre (Madre), de Rodrigo Sorogoyen
Testemunha invisível (Il testimone invisibile), de Stefano Mordini
Aspromonte – terra dos esquecidos (Aspromonte – La terra degli ultimi), de Mimmo Calopresti
Skin (Skin), de Guy Nattiv
Amundsen, o explorador (Amundsen) de Espen Sandberg
EXPECTATIVA 2019
Uma mulher alta (Dylda), de Kantemir Balagov
E então nós dançamos (And Then We Danced), de Levan Akin
O primeiro adeus (Di yi ci de li bie), de Lina Wang
O verão de Adam (Adam), de Rhys Ernst
Cem quilos de estrelas (100 kilos d’étoiles), de Marie-Sophie Chambon
The Climb (The Climb), de Michael Covino
O que arde (O que arde), de Oliver Laxe
Viver para cantar (Huo zhe chang zhe), de Johnny Ma
A vida de Alice (Alice), de Josephine Mackerras
Espírito vivente (Vif-argent) de Stéphane Batut
Campo (Campo), de Tiago Hespanha
Nós duas (Deux), de Filippo Meneghetti
Cicatrizes (Savovi), de Miroslav Terzic
Son-Mother (Pesar-Madar), de Mahnaz Mohammadi
System Crasher (Systemsprenger), de Nora Fingscheidt
Pequenas mentiras francesas (On ment toujours à ceux qu’on aime), de Sandrine Dumas
Alva (Alva), de Ico Costa
Os tradutores (Les traducteurs), de Régis Roinsard
Em boas mãos (Pupille), de Jeanne Herry
Baikonur, Terra, (Bajkonur, Terra), de Andrea Sorini
O que vão dizer (Hva vil folk si), de Iram Haq
Uma janela para o mar (Una ventana al mar), de Miguel Ángel Jiménez
Aqueles que ficaram (Akik maradtak), de Barnabás Tóth
PREMIÈRE LATINA
O diabo entre as pernas (El Diablo entre las Piernas), de Arturo Ripstein
Litigante (Litigante), de Franco Lolli
Vida de doleiro (Así Habló el Cambista), de Federico Veiroj
Mão de obra (Mano de obra), de David Zonana
Canção sem nome (Canción Sin Nombre), de Melina León
La Arrancada (La Arrancada), de Aldemar Matias
Nona – se me molham eu os queimo (Nona. Si me mojan, yo los quemo), de Camila José Donoso
Alelí (Alelí), de Leticia Jorge Romero
Breve história do planeta verde (Breve historia del planeta verde), de Santiago Loza
Terra das cinzas (Ceniza Negra), de Sofía Quirós Ubeda
Poetas do Céu (Poetas del Cielo), de Emilio Maillé
Aos Olhos de Ernesto (Aos Olhos de Ernesto), de Ana Luiza Azevedo
MIDNIGHT MOVIES
Lemebel, um artista contra a ditadura chilena (Lemebel), de Joanna Reposi Garibaldi
Fotografando a Máfia (Shooting the Mafia), de Kim Longinotto
Os mortos não morrem (The Dead Don’t Die), de Jim Jarmusch
Primeiro amor (Hatsukoi), de Takashi Miike
O lago do ganso selvagem (Nan Fang Che Zhan De Ju Hui, de Diao Yinan
The Capote Tapes (The Capote Tapes), de Ebs Burnough
The Kingmaker (The Kingmaker), de Lauren Greenfield
Memory – as origens de Alien, o 8º passageiro (Memory: The Origins of Alien), de Alexandre O. Philippe
A jaqueta de couro de cervo (Le Daim), de Quentin Dupieux
The Lodge (The Lodge), de Veronika Franz, Severin Fiala
Aquarela (Aquarela), de Victor Kossakovsky
Pelican Blood (Pelikanblut), de Katrin Gebbe
A hora da sua morte (Countdown), de Justin Dec
O filme do Bruno Aleixo (O Filme do Bruno Aleixo), de João Moreira, Pedro Santo
Amazing Grace (Amazing Grace), de Alan Elliott, Sydney Pollack
O tempo com você (Tenki no ko), deMakoto Shinkai
ITINERÁRIOS ÚNICOS
Cidadão K (Citizen K), de Alex Gibney
O desaparecimento de minha mãe (Storia di B, a scomparsa di mia madre), de Beniamino Barrese
O que ela disse: as críticas de Pauline Kael (What She Said: The Art of Pauline Kael), de Rob Garver
XY Chelsea (XY Chelsea), de Tim Travers Hawkins
Toni Morrison: as muitas que eu sou (Toni Morrison: The Pieces I Am), de Timothy Greenfield-Sanders
Cunningham (Cunningham), de Alla Kovgan
Sean Scully e a arte de tudo (Unstoppable: Sean Scully and the Art of Everything), de Nick Willing
O capital no século XXI (Capital in the Twenty-First Century), de Justin Pemberton