Os Primeiros Soldados
Premiado na Alemanha, Índia, Festivais de Tiradentes e do Rio, “Os Primeiros Soldados”, do diretor e roteirista Rodrigo Oliveira, chega aos cinemas nesta quinta (7/07) distribuído pelo Olhar Distribuição.
O longa, que acompanha membros da comunidade LGBTQIAP+ que buscam formas de resistir à epidemia de AIDS, se passa em Vitória, no Espírito Santo, no começo dos anos 1980, e é uma homenagem à memória daqueles que enfrentaram a doença e seus estigmas em seu princípio.
Na história, Suzano é um estudante de biologia que acaba de voltar dos estudos no exterior. Ele sabe que algo desconhecido está começando a afetar seu corpo. Ele quer entender melhor a doença e buscar uma cura, ao mesmo tempo que tenta proteger sua irmã Maura e seu sobrinho Muriel dos impactos do que está por vir. O desespero com a falta de informações sobre o vírus e seu futuro incerto acabará por aproximar Suzano da performer transexual Rose e do estudante de cinema Humberto, ambos vivendo com o vírus.
Para realizar “Os Primeiros Soldados”, Rodrigo fez longo processo de busca de arquivos sobre a situaçāo do HIV/AIDS no Espírito Santo e no Brasil ainda num período de desconhecimentos e ignorâncias da primeira onda da epidemia, e também entrevistas com pessoas que estavam na linha de frente dessa luta quando esta começou.
Para se preparar, entre outras coisas, Johnny Massaro, Clara Choveaux e Alex Bonini viveram como a família de Suzano, Maura e Muriel por um tempo. “Johnny foi morar no sítio onde seu personagem se isola, e lá recebeu Renata Carvalho e Vitor Camilo, que fazem Rose e Humberto, exatamente como no filme, antes da equipe chegar. Johnny perdeu peso, Renata perdeu peso, Vitor aprendeu a operar a câmera, tudo com esse objetivo lindo de estarem habitados por dentro por estes personagens. Esta entrega está impressa em cada fotograma do filme”, afirma o diretor.
“Os Primeiros Soldados” é uma produção da Pique-Bandeira Filmes, com coprodução do Canal Brasil, e seu roteiro original foi baseado em uma longa pesquisa dos casos reais ocorridos na cidade de Vitória, que envolveu, além da leitura de jornais da época, entrevistas com profissionais de saúde, familiares e membros da comunidade LGBTQIAP+.
Com carreira em festivais pelo mundo, o longa foi premiado no 70° Int Film Festival Mannheim-Heidelberg (Alemanha) – Melhor Filme (Prêmio do Público) e Melhor Filme (Prêmio do Júri Jovem); 52º International Film Festival of India (Índia) – Prêmio Especial do Júri para Renata Carvalho; 23º Festival do Rio – Rio de Janeiro International Film Festival (Brasil) – Prêmio Especial do Júri (Troféu Redentor) para Renata Carvalho; 25º Mostra de Cinema de Tiradentes (Brasil) – Prêmio de Melhor Filme da Mostra Olhos Livres (Júri Jovem); além de participações em importantes festivais como 36º BFI Flare: London LGBTQIA+ Film Festival (Reino Unido), 24º Festival du Cinema Brésilien de Paris (França), OUTshine LGBTQ+ Film Festival Miami (EUA), Festival da Diversidade de São Vicente Calunga B*tch (Brasil), Transamazonico – Festival Internacional de Cinema LGBTQIA+ (Brasil), XVII Zinentiendo – Mostra Int. de Cine LGTBQI (Espanha), Mostra Tiradentes SP – Filme de encerramento (Brasil), Inside Out (Canadá), 11° Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba (Brasil), 28º Festival de Cinema de Vitória – Filme de Abertura (Brasil), Philadelphia Latino Film Festival (EUA), 40° Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival (EUA), 11° Rio LGBTQIA+ Film Festival (Brasil).