“Paloma”, de Marcelo Gomes, é eleito o melhor filme de ficção do Festival do Rio

Na noite de domingo, dia 16, em cerimônia no tradicional Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, o Festival do Rio contou com a atriz e cantora Samantha Schmütz e o ator Ícaro Silva para apresentar a festa que foi por diversas vezes interrompida pelo aplausos da plateia desde a sua abertura, quando a dupla cantou à capela uma seleção de canções brasileiras de trilhas de filmes exibidos no festival, terminando com a icônica “Andança”, eternizada por Beth Carvalho.

Este ano, a competição ficou ainda maior com a criação de duas novas categorias: Direção de Arte na competição oficial e Melhor Direção na Mostra Novos Rumos. Ampliando ainda mais o espaço em reconhecimento à diversidade de temas, estilos e pessoas que formam o cinema brasileiro.

A cerimônia foi aberta com a entrega do Troféu Redentor para os vencedores da Mostra Novos Rumos. Como parte do Prêmio Felix, o ator Paulo Gustavo foi homenageado com o Prêmio Suzy Capó, que será entregue à sua mãe, Dona Déa, pela apresentadora Samantha Schmütz. “Paloma”, de Marcelo Gomes, foi premiado como Melhor Filme pelo Prêmio Felix e pelo júri oficial da Première Brasil. Por fim, um dos momentos emocionantes da noite: o ator Timothy Wilson comemorou no palco seu Troféu Redentor de Melhor Ator Coadjuvante com uma frase entusiastamente aplaudida: “Agradeço à diretora e ao festival. Esse prêmio é para provar que autista também sabe atuar”.

Os discursos foram marcados por emoção e falas políticas, não só dos premiados mas também do jurados. A palavra resistência foi repetida várias vezes ao longo da noite, ao lado de termos como diversidade, corpos, representatividade, vozes, gênero, ancestralidade.

Equipe do filme “Paloma” © Christian Rodrigues

Confira os premiados:

Première Brasil

O júri da Première Brasil é composto por Antônio Pitanga (presidente), Clélia Bessa, Andréia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora Granata-Jenkinson.

Melhor longa de ficção: Paloma, de Marcelo Gomes (Carnaval Filmes)
Melhor longa documentário: Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Em Caliente Films)
Menção honrosa do júri: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi
Prêmio Especial do Júri: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Cinco da Norte)
Melhor direção de ficção: Julia Murat, por Regra 34
Melhor direção de documentário: Juliana Vicente, por Diálogos com Ruth de Souza
Melhor fotografia: Joana Pimenta, por Mato Seco em Chamas
Melhor roteiro: Carolina Marcowicz, por Carvão
Melhor direção de arte: Marines Mencio, por Carvão
Melhor montagem: Matheus Farias, por Propriedade
Melhor atriz coadjuvante: Aline Marta, por Carvão
Melhor ator coadjuvante: Timothy Wilson, por Fogaréu
Melhor ator: Dario Grandinetti, por Bem-vinda, Violeta!
Melhor atriz: Kika Sena, por Paloma
Melhor curta: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles

Première Brasil Novos Rumos

O júri é composto por Sara Silveria (presidente), Alice Marcone, Dina Salem Levy e Eduardo Ades.

Melhor longa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre
Melhor direção: Leonardo Martinelli por Fantasma Neon
Prêmio Especial do Júri: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo
Melhor curta: Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner

Prêmio Felix

O júri do Prêmio Felix é composto por Ailton Franco Jr (presidente), Marcio Debellian, Mayara Aguiar e Luiza Shelling Tubaldini.

Melhor Filme Brasileiro: Paloma, de Marcelo Gomes
Melhor Documentário: Corpolítica, de Pedro Henrique França
Menção Honrosa: Não é A Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar
Melhor Filme Estrangeiro: Meu Lugar no Mundo (Mi Vacío y Yo), de Adrián Silvestre
Prêmio Especial do Júri: Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues
Homenagem – Prêmio Suzy Capó Personalidades do Ano para o ator e comediante Paulo Gustavo, in memoriam

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