“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” assume o favoritismo no Oscar, em edição sem filmes arrebatadores
Por Maria do Rosário Caetano
Se não der zebra, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (foto), dos Daniels (Kwan e Scheinert), recordista de indicações (onze no total), levará o Oscar de melhor filme na noite desse domingo, 12 de março, quando serão entregues pela Academia de Artes e Indústria Cinematográfica de Hollywood as estatuetas mais cobiçadas do audiovisual planetário.
O filme, que na arrancada do prêmio de número 95, parecia – ele sim – uma tremenda zebra, foi ganhando visibilidade e somando láureas nos EUA e Canadá. Sim, porque na Grã-Bretanha, nos Prêmios Bafta, o Oscar britânico, levou surra monumental. Quem triunfou foram o germânico “Nada de Novo no Front”, de Edward Berger, e o irlandês “Os Banshees de Ishinerin”, de Martin McDonagh (melhor filme britânico).
Na falta de títulos vigorosos como “Parasita” e “Nomadland”, laureados, “Roma” e “Ataque dos Cães”, preteridos em outras edições, a carreira vitoriosa de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” foi se consolidando. Tudo começou nas bilheterias norte-americanas. O filme é realmente um significativo sucesso no maior mercado do mundo ocidental. Prosseguiu no veredito da Associação de Críticos dos EUA e Canadá, no Sindicato dos Diretores, no de Atores, no de Roteiristas, no de Produtores (guildas que formam o grande colegiado de eleitores), etc. etc.
No Brasil, o filme tem fãs apaixonados. E detratores convictos. Enquadro-me entre estes últimos. Assisti-lo foi um exercício de tolerância e paciência. Antes de relembrar sua trama, registremos seu desempenho comercial entre nós. Um relativo fracasso. Até a semana passada, o longa dos Daniels tinha vendido 265.189 ingressos. Isto ao longo de exaustivas 36 semanas. Mesmo recomendado por onze estatuetas – em sua trigésima-sexta semana! – só conseguiu vender 3.341 ingressos.
Vamos às comparações. O arrasa-quarteirão “Avatar – O Caminho da Água”, de James Cameron, que também concorre ao Oscar, vendeu, em onze semanas, mais de 11 milhões de ingressos. Tal comparação constitui covardia?
Então vamos aos filmes de arte que, também, concorrem à estatueta. O irlandês “Os Banshees de Inisherin” vendeu, em quatro semanas, 62 mil ingressos. O estadunidense “Tár”, em cinco, 41 mil. O sueco “Triângulo da Tristeza”, de Rubem Östlund, em 14 dias, 35 mil.
Registremos as bilheterias dos demais concorrentes da noite desse domingo: “Elvis”, de Baz Lurhmann (com oito indicações), passou de um milhão de ingressos. “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg, teve um dos menores desempenhos desse Midas do cinema (não chegou a 120 mil espectadores). O canadense-estadunidense “Entre Mulheres”, de Sarah Polley, só estreou na undécima hora e deve ter desempenho modestíssimo, pois é de tal monotonia que nem sua temática feminista e seu elenco (com Frances McDormand e Rooney Mara) conseguirão resolver. Lançado em 65 salas, vendeu 9.700 ingressos.
O patriótico e belicista “Top Gun: Maverick”, de Joseph Kosinski (com seis indicações) só perdeu para outro Midas do cinema – James Cameron. O anglo-saxão Tom Cruise e sua máquina voadora de última geração venderam mais de 5 milhões de ingressos. O germânico “Nada de Novo no Front” não chegou aos cinemas”, pois foi direto para o streaming.
“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é a cara de nosso tempo. Frenético, étnico e ligado ao mundo digital. A narrativa centra-se em família asiática, liderada por mulher chinesa, interpretada por Michelle Yeoh, que deverá, sozinha, salvar o mundo. E como? Explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido. Portanto, um mix de ficção científica e comédia. O filme custou U$25 milhões. E rendeu, em todo o mundo, U$108 milhões (quase tudo nos EUA). Ganhou até o Independent Spirit Award, atribuído a filmes de baixo orçamento. Em pouco tempo será esquecido.
Passemos, pois, a uma categoria que, infelizmente, não merece do espectador a atenção devida: a de documentários. No Globo de Ouro, ela nem existe. A imprensa internacional acreditada em Hollywood parece viver nas décadas de 1940 e 50, quando o cinema dedicava-se aos gêneros ficção, musical, comédia e animação.
Pois o documentário vem revelando grandes surpresas. E festivais como Cannes, Berlim e Veneza estão atentos. Cannes já premiou Michael Moore (“Fahrenheit 11 de Setembro”), Berlim reconheceu “Fogo no Mar” e “Sur l’Adamat”, e Veneza, “Sacro Gra” e “All the Beauty and Bloodshed” (“Toda a Beleza e o Banho de Sangue”). Pois é este filme, dirigido por Laura Poitras, um dos fortes candidatos deste ano ao Oscar de melhor documentário.
Poitras acompanha a trajetória da artista (fotógrafa e performer) Nan Goldin, que enfrenta o poder da Família Sackler, verdadeira dinastia farmacêutica, distribuidora de remédios à base de opióides (em especial o Oxycontin), responsáveis pelo vício de milhares de pessoas. Sob a fachada de mecenas, apoiadores dos maiores museus do mundo, os Sackler posam de benfeitores. O filme mergulha, também, na vida-performance da artista, bissexual, e em suas imagens da comunidade gay de Boston e Nova York.
Para triunfar, o documentário de Laura Poitras terá que derrotar o fascinante “Vulcões: A Tragédia de Kátia e Maurice Kraft”, da canadense Sara Doisa. Quem viu o filme na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ou no streaming (Disney+), decerto apaixonou-se pelos vulcanólogos Kátia e Maurice, dois loucos pela lava vermelha-incandescente. Capazes de tudo para se aproximar dela. De tudo mesmo.
Outro concorrente de raro encantamento é “Tudo que Respira” (“All That Breathes”), de Shaunak Sen, vindo da Índia (em parceria com EUA). O filme, laureado com o “Olho de Ouro” de melhor documentário em Cannes (prêmio paralelo), acompanha dois irmãos que salvam aves de rapina (o milhafre preto), quando as encontram feridas. É que estas aves são importantes para o equilíbrio ecológico numa gigantesca megalópole indiana (a poluidíssima Nova Délhi). O filme deriva ainda, sempre com delicadeza, por questões étnico-religiosas, mas sem nenhum proselitismo.
Os outros dois concorrentes têm peso político, pois ambientam-se nos países que protagonizam a guerra que o professor da Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, define como “a mais importante desde a Segunda Guerra Mundial”, a que antagoniza Rússia e Ucrânia: “Navalny”, de Daniel Roher (Canadá) e “A House Made of Splinters” (em tradução livre, “Uma Casa Feita de Estilhaços”), de Simon Lereng Wilmont e Monica Hellström (Dinamarca-Ucrânia).
“Navalny” ganhou o Bafta de melhor longa documental. O filme, uma produção canadense, mostra o regresso do ativista Alexei Navalny à Rússia para enfrentar Vladimir Putin, a quem acusa de ter mandado envenená-lo. Midiático e atrevido, Navalny acaba encarcerado. Mesmo assim, mobiliza seus seguidores, que movimentam as redes sociais em sua defesa.
Já “A House Made of Splinters”, uma produção dinamarquesa filmada na Ucrânia, é um filme observacional, delicado e angustiante. Mostra crianças e pré-adolescentes, filhos de pais alcóolatras ou displicentes, que os deixam nessa “casa de passagem” (um orfanato temporário) prometendo buscá-los. Raros, raríssimos, são os que regressam para pegar os filhos. Por sorte, alguns são adotados. Um, no qual o filme presta muita atenção, por sua liderança, parece aprendiz de delinquência.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas é bem maleável na categoria “melhor curta documental”. Uma verdadeira casa de tolerância. Dos cinco concorrentes, há dois filmes de 40 minutos, o norte-americano “O Efeito Martha Mitchell”, de Anne Alvergue e Debra McClutchy, e o indiano “Como Cuidar de um Bebê Elefante”, da diretora Kartiki Gonsalves. Os outros três são, comparativamente, mais sintéticos – “Haulout” (25′), do casal russo Arbugaev & Arbugaeva, “Stranger at the Gate”, com 30, e “Como se Mede um Ano?” (29), de Jay Rosenblat, vencedor do Festival É Tudo Verdade.
“Haulout” soma um homem e milhares de morsas no Ártico siberiano. O resultado é uma pequena obra-prima, mas que não deve ser premiado, pois seu país de origem anda em baixa desde a invasão da Ucrânia. A não ser que os acadêmicos separem o casal de artistas de sua origem geográfica. O filme constrói, praticamente sem diálogos, belo exercício de linguagem, com atmosfera que beira o fantástico. E tem muito o que dizer sobre o estado do mundo, a loucura humana que vai dizimando o planeta, vítima de consumismo irrefreável. Imperdível.
“O Efeito Martha Mitchell” é a versão documental da ação da incômoda e midiática esposa de John Mitchell, o procurador-geral de Richard Nixon, interpretada na versão ficcional por Julia Robert (ele, por um Sean Penn engordado por recursos de alta tecnologia). Alcóolatra e verdadeira perua da mídia, Martha ajudou a complicar a vida do já complicado Nixon, enredado até mais não poder nas falcatruas de Watergate. Ela fazia revelações-bomba à imprensa norte-americana.
A Índia, que viu seu poderoso “RRR (Revolta Rebelião Revolução)”, este sim, um filme surpreendente, cheio de vida, pulsão e cores, reduzido a uma mísera categoria (melhor canção), saiu-se bem na categoria documentário. Além do belo longa “Tudo que Respira”, emplacou “Como Cuidar de um Bebê Elefante”, filme edificante, que mostra um casal de camponeses, no sul pobre, devotado à criação de elefantinhos abandonados por pais em fuga. Sim, premidos pela fome e pelo fogo, elefantes fogem desembestados, deixando os pequeninos para trás.
O casal de camponeses, que perdeu um filho, dedicará a um filhote de elefante (batizado Raghu) todo seu amor. Outro (ou melhor, outra, Ammu) chegará. O amor por ambos será imenso. Quando as autoridades florestais buscarem os “bebês” já crescidos, a dor da separação será imensa.
“Stranger at the Gate” mostra um caso de redenção. Um ex-soldado, daqueles ianques que lutaram na Guerra ao Terror, não suporta muçulmanos. Não pode nem ouvir falar. Esposa e enteada (uma criança adorável) servem de contraponto ao brutamontes. Depois de visitar uma mesquita, ele conhece os muçulmanos de perto. E muda de ideia.
“Como se Mede um Ano?” (“How do You Measure a Year?”), de Jay Rosenblat, acompanha a filha do cineasta estadunidense dos dois aos 18 anos. O filme venceu o Festival É Tudo Verdade, ano passado.
Outra categoria pouco valorizada pelo Oscar é a de melhor filme estrangeiro. Esta, sim, em nome do cosmopolitismo, poderia ser antecedida de um bom clipe dos filmes concorrentes e de seus países (e cinematografias) de origem. Mas nada. Vai na correria mesmo.
Tudo indica que o vencedor deste ano deve ser “Nada de Novo no Front”, de Edward Berger, que afinal, tem nove indicações (inclusive a melhor filme, que não deve ganhar). Assim sendo, sobra a compensação. Muitos, porém, acham que o argentino Santiago Mitre pode carrear para o país platino seu terceiro Oscar, com “Argentina 1985”, um Darín movie, que diz muito ao tempo presente. Um tempo marcado por terrível retorno de ideias da extrema-direita. A conferir.
Há quem torça por “Close”, produção belga dirigida por Lukas Dhont, de beleza hipnotizante, um filme original, que nos surpreende e emociona. Os cinéfilos se encantaram com o diálogo do veterano polonês Jerzy Skolimovicz, de 84 anos, com Robert Bresson (“Au Hasard Balthazar”, 1966), empreendido em “EO”. O filme é realmente encantador.
O quinto concorrente, “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, que representa a Irlanda, ocupou vaga que poderia estar com o coreano “Decisão de Partir”, de Park Chan-wook, ou com o imperfeito mas exuberante e visceral “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”, do mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu. A vida segue.
Onde assistir aos filmes:
Melho filme
. NEFTLIX – “Nada de Novo no Front”, de Edward Berger
. PRIME VIDEO – “Triângulo da Tristeza”, de Ruben Östlund (Suécia)
. NOS CINEMAS – “Entre Mulheres”, de Sarah Polley (Canadá-EUA)
. HBO MAX – “Elvis”, de Baz Lurhmann (EUA)
. NOS CINEMAS – “Tár”, de Todd Field (EUA)
. NOS CINEMAS – “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg
. NOS CINEMAS – “Os Banshees de Inisherin”, de Martin McDonagh (Grã-Bretanha)
. APPLE TV – “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert (EUA)
. DISNEY+ – “Avatar: O Caminho da Água”, de James Cameron
. PARAMOUNT+ – “Top Gun: Maverick”, de Joseph Kosinski
Melhor documentário (longa)
. DISNEY + – “Vulcões: A Tragédia de Kátia e Maurice Kraft”, de Sara Doisa (Canadá)
. Não disponível – “All the Beauty and Bloodshed” (Toda a Beleza e o Banho de Sangue”), de Laura Poitras (EUA)
. HBO MAX – “Tudo que Respira” (“All That Breathes” ), de Shaunak Sen (Índia/EUA)
. HBO MAX – “Navalny”, de Daniel Roher (Canadá)
. Não disponível – “A House Made of Splinters”, de Simon Lereng Wilmont e Monica Hellström (Dinamarca-Ucrânia )
Melhor documentário (curta)
. NEW YORKER (YouTube) – “ Haulout, de Arbugaev & Arbugaeva (Rússia)
. NEW YORKER (YouTube) – “Stranger at the Gate”
. NETFLIX – “O Efeito Martha Mitchell”
. NETFLIX – “Como Cuidar de um Bebê Elefante”
. Não disponível – “Como se Mede um Ano?” (“How do You Measure a Year”), de Jay Rosenblat
Melhor filme estrangeiro
. NETFLIX – “Nada de Novo no Front”, de Edward Berger (Alemanha)
. AMAZON – “Argentina, 1985”, de Santiago Mitre (Argentina)
. NOS CINEMAS – “Close”, de Lukas Dhont (Bélgica)
. “EO”, de Jerzy Skolimovsky (Polônia)
. “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad (Irlanda)
Melhor longa de animação
. NETFLIX – Pinoquio de Del Toro”, de Guillermo del Toro e Mark Gustafson (EUA-México)
. NETFLIX – “A Fera do Mar” (“The Sea Best”), de Chris Williams (Canadá-EUA)
. DISNEY + – “Red: Crescer é uma Fera”, de Domee Shi (EUA)
. NOS CINEMAS – “O Gato de Botas 2: O Último Pedido”, de Joel Crawford (EUA)
. “Marcel the Shell With Shoes On”, de Dean Fleischer Camp (EUA)
Melhor curta de ficção
. DISNEY + – “Le Pupille”
. “An Irish Goodbye”
. “The Red Suitcase”
. “Ivalu”
. “Night Ride”
Melhor curta de animação
. APPLE TV – “O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo”
. “My Year of Dicks”
. “The Flying Sailor”
. “Ice Merchants”
. “An Ostrich Told me the World is Fake, and I Think I Believe it”
Melhor diretor
. PRIME VIDEO – Rubens Ösmund (“Triângulo da Tristeza”, Suécia)
. NOS CINEMAS – Martin McDonagh (“Os Banshees de Inisherin”)
. NOS CINEMAS – Steven Spielberg (“Os Fabelmans”)
. NOS CINEMAS – Todd Field (“Tár”)
. APPLE TV – Daniel Kwan e Daniel Scheinert (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”)
Melhor atriz
. NOS CINEMAS – Cate Blanchett (“Tár”)
. NETFLIX – Ana de Armas (Blonde”)
. NOS CINEMAS – Michelle Williams (“Os Fabelmans”)
. APPLE TV – Michelle Yeoh (“Tudo em todo Lugar ao Mesmo Tempo)
. Andrea Riseborough (“To Leslie”)
Melhor ator
. NOS CINEMAS – Brendan Fraser (“A Baleia”, EUA)
. HBO MAX – Austin Butler (“Elvis”, EUA)
. NOS CINEMAS – Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherim”, Irlanda)
. MUBI – Paul Mescal (“Aftersun”, Inglaterra)
. Bill Night (“Viver”, remake do filme de Kurosawa, Inglaterra)
Melhor atriz coadjuvante
. DISNEY+ – Angela Bassett (“Pantera Negra: Wakanda para Sempre”)
. NOS CINEMAS – Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin”)
. NOS CINEMAS – Hong Chau (“A Baleia”)
. APPLE TV – Stephanie Hsu (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”)
. APPLE TV – Jamie Le Curtis (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”)
Melhor ator coadjuvante
. NOS CINEMAS – Brendam Gleeson (“Os Banshees de Inisherin”)
. NOS CINEMAS – Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”)
. APPLE TV – Brian Tyree Henry (“Passagem”)
. NOS CINEMAS – Judd Hirsch (“Os Fabelmans”)
. APPLE TV – Ke Huy Quan (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”)
Melhor roteiro original
. PRIME VIDEO – “Triângulo da Tristeza” (Ruben Östlund)
. NOS CINEMAS – “Tár” (Todd Field)
. NOS CINEMAS – “Os Banshees de Inisherin” (Martin McDonagh)
. NOS CINEMAS – “Os Fabelmans” (Spielberg e Tony Kushner)
. APPLE TV – “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” ( Daniel Kwan e Daniel Scheinert)
Melhor roteiro adaptado
. Kazuo Ishiguro (“Living” – Viver)
. Ian Stokell, Lesley Paterson e Edward Berger (“Nada de Novo no Front”)
. Sarah Polley (“Entre Mulheres”, Canadá)
. NETFLIX – Rian Johnson (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”)
. Ehren Kruger, Eric Warren Singer, Christopher McQuirrie (“Top Gun: Maverick”)
Melhor Fotografia
. NETFLIX – Darius Khondji (“Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”, de Alejandro Iñarritu, México)
. James Friend (“Nada de Novo no Front”, Alemanha)
. Roger Deakins (“Empire of Light” – Império da Luz”, de Sam Mendes, Inglaterra)
. Mandy Walker (“Elvis”, EUA)
. Florian Hoffmeister (“Tár”, EUA)
Melhor Trilha Sonora
. “Nada de Novo no Front”
. “Os Banshees de Inisherin”
. “Pinóquio de Del Toro”
. “Babilônia”
. “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”
Melhor Montagem
. Mikkel Nielsen (“Os Banshees de Inisherin” – Irlanda- Inglaterra)
. Matt Villa e Jonathan Redmond (“Elvis” – EUA)
. Paul Rogers (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” – EUA)
. Monika Willi (“Tár”)
. “Top Gun: Maverick” (EUA)
Melhor Canção
. NETFLIX – “Naatu Naatu”, por “RRR – Revolta, Rebeldia, Revolução” (Índia)
. “Aplause (“Thell it Like a Woman”)
. “Lift me Up” (“Pantera Negra: Wakanda para Sempre”
. This is a Life” (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”)
. “Hold my Hand” (Top Gun: Maverick”)
Melhor Figurino
. NOS CINEMAS – “Babilônia”
. “Sra. Harris Vai a Paris”
. “Elvis”
. “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”
. “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”
Melhor som
. “Nada de Novo no Front”
. “Elvis”
. “Avatar: O Caminho das Águas”
. “Batman”
. “Top Gun: Maverick”
Cabelo e Maquiagem
. “Nada de Novo no Front”
. “A Baleia”
. “Elvis”
. “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”
. “Batman”
Melhor Design de Produção
. “Nada de Novo no Front”
. “Babilônia”
. “Elvis”
. “Os Fabelmans”
. “Avatar: O Caminho das Águas”
Melhores efeitos visuais
. “Nada de Novo no Front”
. “Avatar: O Caminho das Águas”
. “Batman”
. “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”
. “Top Gun: Maverick”