“Luz nos Trópicos”, de Paula Gaitán, será exibido no IMS-Paulista
Foto © Maira Senise Bege Muniz
A partir do dia 21 de julho, “Luz nos Trópicos” poderá ser visto no IMS-Paulista em um único horário. Exceção na programação do filme que, no resto do Brasil, contará apenas com sessões únicas com a presença da diretora.
O filme percorrerá o Brasil com sessões especiais proporcionando ao público uma experiência única, de imersão sensorial e artística. Trata-se de uma estratégia inédita no Brasil, em que a distribuidora brasileira se inspirou no lançamento do filme “Memória”, de Apichatpong, que após um circuito em festivais, percorreu os EUA com sessões únicas e especiais.
A turnê começou dia 15 de julho, em São Paulo, com uma sessão no Cine Marquise, também em São Paulo e seguirá por diversas cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.
Trata-se de um filme navegante, como um rio sinuoso. Um testemunho da rica vegetação das Américas e das populações nativas do continente, uma fusão intrincada de narrativas e estéticas, que rompe barreiras entre gêneros e alarga as fronteiras da percepção cinematográfica.
A partir de uma perspectiva latino-americana, a obra propõe uma discussão entre a luz europeia, representada na história da arte, e a luz tropical, manifestada pelas culturas nativas. Em suma, é uma representação bastante complexa e intrincada do embate entre visões de mundo completamente diferentes.
A obra de Gaitán desafia a linguagem do cinema, não apenas como uma expressão da realidade, mas como um veículo para se conectar com o sensorial. Em “Luz dos Trópicos”, Gaitán explora a relação entre seu olhar e o que é observado, servindo seu próprio fluxo de imaginação em relação ao mundo que a rodeia.