Séries brasileiras se destacam no streaming e “Fim” confirma talento da escritora Fernanda Torres

Foto: Cena de “Fim”, de Daniela Thomas e Andrucha Waddington

Por Maria do Rosário Caetano

Duas atrizes – Fernanda Torres e Leandra Leal – inscreveram seus nomes no universo (tão viril) das séries brasileiras exibidas em 2023 pelas plataformas de streaming. A primeira marcou presença com a adaptação audiovisual de seu livro “Fim”. A segunda com “A Vida pela Frente”.

“Cangaço Novo”, apresentada pela Amazon Prime, foi, porém, a série que causou maior, e inquestionável, frisson na temporada. Mobilizou crítica e público, destacando-se nas principais listas de melhores do ano. Saiu das páginas culturais para outras editorias e invadiu o espaço sagrado dos festivais de cinema, ganhando sessões em tela grande e gerando debates calorosos em Gramado, Cine Ceará e Fest Aruanda.

Outros trabalhos, ficcionais e documentais, escritos ou dirigidos por nomes masculinos, também repercutiram. Caso da excelente “Os Outros”, criação de Lucas Paraizo, de “DNA do Crime”, de Heitor Dhalia, e de “Betinho: No Fio da Navalha”, de José Júnior e seu Grupo Cultural Afro Reggae.

“Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho”, de Pedro Bial, Ricardo Calil e trupe, não caiu no déjà-vu, porque conseguiu, para nossa surpresa, depoimentos das outrora silenciosas “mulheres do bicho”. Esposas, filhas ou “amantes” de bicheiros.

“A Vida pela Frente” e “Fim”, embora tenham aparecido com algum destaque em listas de “melhores do ano”, não causaram o furor de “Cangaço Novo”, nem das adrenalinadas “DNA do Crime” e “Vale o Escrito”. Mas tocaram sensibilidades.

Leandra Leal, de 41 anos, e sua série obtiveram reconhecimento moderado, mas significativo. Diretora de um belo documentário – “Divinas Divas” (2017) –, a atriz merece ser vista como a alma de “A Vida pela Frente”, que escreveu com duas amigas. Muitas de suas lembranças da adolescência e primeira juventude estão presentes na tocante trama que dirigiu em parceria com o cineasta Bruno Sáfadi. Fora, claro, o crime que coloca em transe turma de jovens formandos.

Leandra, que assumiu papel coadjuvante (de mãe da protagonista) na trama, conseguiu mostrar a que veio na tripla função de autora-diretora-e-intérprete. Nos presenteou com um trabalho autoral, criativo, jovem e instigante. “A Vida pela Frente” segue em cartaz na Globoplay.

Cena de “A Vida pela Frente”, de Leandra Leal

Fernanda Torres, 58 anos, também se saiu bem na retaguarda de “Fim”. Não foi das mais tranquilas a adaptação de seu romance, publicado nove anos atrás, para série em 10 episódios. O livro teve melhor repercussão. Dobrou até aqueles que duvidavam que a atriz com privilegiados dotes cômicos e dramáticos (e uma Palma de Ouro em Cannes) pudesse produzir ótima literatura.

Além de excelente intérprete – nunca ofuscada pela mãe, a imensa Fernandona Montenegro –, Fernandinha tem talento também para a escrita. Tomada pelo desejo de transformar o livro em série, sua equipe buscou a roteirista Maria Camargo, que fizera a recriação do romance “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum, para a TV Globo. Maria realizou, então, a transcriação do “Fim” para o pequeno écran.

A atriz-autora não gostou do resultado. Não reconheceu seu livro no roteiro que lhe chegara às mãos. Passou, então, ela própria (sob supervisão de Maria Camargo) a recriar seu romance sobre cinco homens cariocas, vistos da juventude até a morte (não nessa ordem), em namoros, curtições atlânticas, bebedeiras homéricas, casamentos, traições, separações, filhos mal criados, viagens cocainômas, relação com jovenzinhas de menores de idade. Enfim, a vida vista ao longo de quatro décadas num Rio banhado pelo incansável mar, em sua eterna luta contra os penhascos.

Houve bons registros (reportagens, entrevistas) sobre “Fim”, a série, na imprensa, mas modesta fortuna crítica. Por que?

Arrisco aqui uma hipótese: a opção de trabalhar com os mesmos atores para interpretar os protagonistas Ciro (Fábio Assunção, de 52 anos), Álvaro (Thelmo Fernandes, 57), Sílvio (Bruno Mazzeo, 46), e Ribeiro (Emílio Dantas, 41 anos) por longas quatro décadas espantou os espectadores. Nesse caso não se enquadra David Jr, de 38 anos, o intérprete de Neto, único afro-brasileiro entre os cinco amigos-protagonistas. Ele e sua partner, Heloísa Jorge, convencem como jovens e como adultos.

Daniela Thomas, que dirigiu a série em parceria com Andrucha Waddington, comentou a opção pelo elenco único em entrevista à Folha de S. Paulo. Sem esconder o jogo, ela definiu a escolha como uma “aposta arriscada”. Bote arriscada nisso!

Quantos espectadores desanimaram no primeiro (ou segundo) capítulo por ver jovens de 20 e pouquinhos anos interpretados por coroas quase (ou já) cinquentões?

O caso mais chamativo é o do talentoso Thelmo Fernandes, que interpreta o tímido e, mais tarde, “brocha assumido” Álvaro. Passado o estranhamento inicial, o rechonchudo marido da insatisfeita Irene (Débora Falabella) nos comoverá e envolverá. Mas há que se atravessar o Rubicão.

Os melhores capítulos da série serão aqueles em que os cinco protagonistas se encontram na meia-idade. A fase da “velhice” também será convincente, pois a maquiagem, se não chega ao padrão hollywoodiano, mostrará seu valor.

Martin Scorsese, em seus últimos épicos, rejuvenesceu seu ator-fetiche, o agora octogenário Robert De Niro. Por que Daniela e Andrucha não rejuvenesceram seus protagonistas com recursos digitais, se queriam tê-los em tempo integral no écran?

Ou por que não trabalharam com atores jovens para a fase praieiro-juvenil? Temiam que o público televisivo se perdesse no vai-e-vem da trama que, aliás, nunca aposta na linearidade? Vai saber!

Feito esse reparo, vamos ao que “Fim” tem de melhor: sua trama complexa e marcada por (algumas) alegrias e (muitas) dores. Trama desfiada por uma autora que não teme a morte, a indesejada das gentes, nem evita cenas de sexo, nem perde o tão necessário senso crítico.

E mais: a série embala-se em trilha sonora de arromba. Tanto a original (de Antônio Pinto e parceiro) quanto as canções que entrelaça (da Bossa Nova a Fábio, de Tim Maia a Caetano Veloso etc., etc.).

A romancista-roteirista e sua dupla de diretores deu o merecido destaque ao que o Brasil tem de melhor, sua Música Popular (já que nosso futebol anda em transe, “goleado” e distante de sua era de ouro, não esqueçamos o 7 a 1 germânico).

O elenco é formidável (noves-fora os coroas se fazendo passar por bronzeados brotos de Copacabana-Ipanema). O uso de rasantes sobre imenso cemitério e sobre o mar ondulado-furioso dão profundidade (e ousadia) à narrativa.

Fernanda Torres é fã assumida do dramaturgo Nelson Rodrigues. E de Arnaldo Jabor. O “tango” que acompanha a bela abertura da série (e, também, momentos trágicos, com ingredientes cômicos) evoca a trilha arrebatadora (e astor-piazzoliana) de “Toda Nudez Será Castigada” (o apaixonante encontro de Jabor com Nelson Rodrigues). O personagem Sílvio (Bruno Mazzeo em seu maior desafio dramático) parece saído de uma peça (ou crônica) do “anjo pornográfico”.

Três momentos da narrativa de mais de 500 minutos ficarão para sempre em nossa memória: o da reunião de especuladores imobiliários, que planejam lotar Ipanema com arranha-céus, e aquele que se segue à prisão (e soltura) de Neto, o bom marido apaixonado pela linda Célia (Heloísa Jorge), nadadora negra que o encantou nas águas azuis do Atlântico.

Estas duas sequências constituem crítica social da melhor qualidade. Nos deparamos com o poder corrosivo dos alcaides tipo “marcostamoyo” (que o Pasquim chamava de “Marcos Tramoia”), aqueles que destroem as cidades e deliram com o barulho das britadeiras. E o racismo estrutural brasileiro se expõe, sem panfletarismo, na conversa de Célia com Neto. Depois de noite de bebedeira-e-sexo do quinteto amigo, quem será detido, madrugada adentro, pela Polícia? Os de pele alva e cabelos claros? Ou o preto?

A terceira sequência de grande valor se passa no lar do casal Célia e Neto. A mãe-sogra vivida por Zezé Motta (casada na trama com o pacato personagem de Ary Fontoura, um conservador de corte rodriguiano) assiste à TV e, em voz alta, mistura a vida privada dos atores com a de seus personagens. E troca todos os nomes. Os noveleiros (e somos milhões no Brasil) vão divertir-se a valer.

E a série contém “piada interna” para os mesmos noveleiros. Ao escalar o ex-galã lombardiano-descamisado Marcos Pasquim para interpretar o aparentemente comedido (grisalho e sedutor) Jairo, as mulheres hão de suspirar. E surpreender-se. Nelson Rodrigues puro.

 

FIM (Ficção, GloboPlay, 2023, 10 capítulos com duração média de 50 minutos cada)
Direção: Daniela Thomas e Andrucha Waddington
Roteiro: Fernanda Torres (com supervisão de Maria Camargo)
Elenco: Fábio Assunção e Marjorie Estiano (Caio e Ruth), Thelmo Fernandes e Débora Falabella (Álvaro e Irene), David Jr e Heloisa Jorge (Neto e Célia), Bruno Mazzeo e Laila Garin (Sílvio e Norma), Emílio Dantas (Ribeiro), Thainá Medina (a hippie Susana), Marina Provenzzano (Brites), Fernanda Torres (irmã de Ribeiro), Javier Drolas  e Othon Bastos (padres), Marcos Pasquim (Jairo), Zezé Motta, Ary Fontoura, Mayana Neiva, Stepan Nercessian, Joelson Medeiros, Valentina Herszage, entre outros

OS OUTROS (Ficção, GloboPlay, 12 episódios, 2023). Criação de Lucas Paraízo. Direção de Luisa Lima. Com Adriana Esteves, Thomas Aquino, Maeve Jinkings, Milhem Cortaz, Drica Morais, Eduardo Sterblitch, Guilherme Fontes, Antônio Haddad, Paulo Mendes, Gi Fernandes. A melhor série brasileira realizada no ano que passou. Uma reflexão profunda sobre o Brasil contemporâneo, com seus dramas familiares, políticos e criminais. O sucesso garantiu uma segunda temporada, que está em gestação. Letícia Colin e Sergio Guizé chegam para assumir papéis importantes na trama.

VALE O ESCRITO – A GUERRA DO JOGO DO BICHO (Documentário, GloboPlay, oito episódios, 2023). De Pedro Bial, Ricardo Calil e equipe. Esta série apresenta problema similar ao de “Fim”. Nos incomoda no primeiro capítulo. Não por usar “coroas” na pele de jovens na flor da idade. Mas, sim, por parecer “déjà vu” total para quem assistiu as ótimas “Lei da Selva” e “Doutor Castor”. Até os entrevistados (caso do sempre ótimo Luiz Antônio Simas) são recorrentes. Por que ver uma terceira série sobre o mesmo assunto em prazo tão curto? Atravesse o Rubicão, persista! A partir do segundo episódio, a série engrena e mostra seu verdadeiro propósito: narrar, com depoimentos inacreditáveis, a participação das mulheres no universo do jogo do bicho, dos caça-níqueis, das mortes encomendadas (a série não adentra pelo envolvimento do Jogo do Bicho com o tráfico de armas e de drogas). Mas os depoimentos da gêmeas Shana e Tamara Garcia, filhas de Maninho e netas de Miro Garcia, são de arrepiar (em especial o da “amazona” Shana). Se não bastasse, duas peruas deslumbradas entram  em cena, a “segunda esposa” de Maninho Garcia, Ana Cláudia Soares, e Júlia Lotufo, viúva de Adriano da Nóbrega, ex-caveira do Bope, depois miliciano e parceiro do “bicho” em caça-níqueis. Mais discreta, Sabrina Garcia, primeira esposa do onipresente (na trama) Maninho (1962-2004) também faz revelações que nos espantam. Só Pedro Bial, com seu somatório como repórter e apresentador do famigerado “Big Brother” para convencer essas mulheres a se exporem com tamanho despudor. Só a “médica-veterinária” Tamara Garcia se nega a expor sua estampa (participa apenas com sua voz). Ela tem, afinal, para representar seus interesses pecuniários, o ex-marido (pai de seu filho)  e “grande amigo”, o bicheiro Bernardo Bello.

BETINHO, NO FIO DA NAVALHA (Documentário, GloboPlay, 8 episódios, 2023). Série concebida e criada sob coordenação de José Júnior, do Grupo Cultural Afro Reggae. Direção de Lipe Binder e Julio Andrade. Entre os roteiristas (são muitos) estão nomes como os dos cineastas Sergio Machado e Armando Praça. No elenco, Julio Andrade (em entrega espantosa como Herbert de Souza), seu irmão Ravi Andrade (Chico Mário), Humberto Carrão (Henfil), Filipe Bragança (Daniel de Souza), Michel de Souza (excelente como Átila), Leandra Leal, Júlia Shimura, Luiz Bertazzo, Andréa Horta, Sílvia Buarque, Walderez de Barros, Murilo Grossi, Thelmo Fernandes, Marat Descartes e muitos outros. Fotografia de Pedro Sotero. No elenco, duas decepções: Elá Marinho (como Elis Regina) e Mouhamed Harfouch (como Chico Buarque). A presença de Andrea Horta na pele da publicitária Nádia Rebouças agrava o “problema Elis”, pois a mineira nasceu para interpretar a cantora. E Harfouch, apesar do esforço, ficou muito longe, em todos os quesitos,  do compositor de “Brejo da Cruz”. A série é muito longa (5 capítulos bastavam), mas tem na Música e no Cinema duas forças e novidades. Muito se falou da briga de Elis com Henfil, quando o cartunista a “enterrou” no cemitério dos abomináveis (por ter cantado nas Olimpíadas do Exército). Mas pouco (ou nada) se costumava lembrar da amizade que os uniria, depois, a ponto dela tornar-se a “voz” que transformou “O Bêbado e a Equilibrista” em mega-sucesso. A música de Bosco & Aldir imortalizou  “a volta do irmão do Henfil” (do exílio). A série deixa esses dois momentos bem claros e orgânicos. A narrativa, no terreno do audiovisual, nos leva a crer que a segunda esposa de Betinho, a nipo-brasileira Maria Nakano, deve tê-lo aproximado do cinema japonês. Tanto que, na trama, o irmão do Henfil faz questão de deixar claro que “gosta mais de Kurosawa que de Ozu” (o embate poderia se dar entre Nelson Pereira e Glauber). O sociólogo (e um dos criadores da AP – Ação Popular) tem como filme de cabeceira o kurasowiano “Viver”, maravilha engendrada, em 1952,  pelo mestre oriental. Nesse filme, o protagonista (um funcionário municipal atolado em processos burocráticos) se descobre, vítima de câncer, com os dias de vida contados. Resolve, então, enfrentar a burocracia e ajudar a comunidade a transformar um pântano em sonhado parque de lazer infantil.

DNA DO CRIME (Ficção, Netflix, oito episódios, 2023). Série criminal com muita ação, padrão hollywoodiano e elenco de ponta (com os formidáveis Maeve Jinkings e Rômulo Braga na pele dois policiais federais e Thomas Aquino como o místico e misterioso Sem Alma). Criação dos roteiristas Leonardo Levis e Heitor Dhalia, com colaboração de Bernardo Barcellos, Bruno Passeri e Aly Muritiba. Direção de Heitor Dhalia (de “Serra Pelada”). Produção de Manoel Rangel e Egisto Betti. No começo, para cativar o público masculino, a pauleira come solta. Explosões e tiros ensurdecem os mais sensíveis (mesmo caso do primeiro capítulo de “Cangaço Novo”). Mas depois os personagens vão ganhando contornos (e matiz) e a história de mega-roubo ocorrido na Tríplice Fronteira vai se estruturando com histórias humanas (e desumanas). No elenco rostos novos, que se somam ao trio principal: Alex Nader, Pedro Caetano, Giovanni de Lorenzi, Thaís Lago,  Marcelo di Márcio, Miguel Nader e Diogo Brito. Na trilha sonora, a música periférica de descolados MCs. Uma segunda temporada já foi anunciada pela equipe da Paranoïd e pela Netflix.

A VIDA PELA FRENTE (Ficção, Globoplay, 10  episódios). Criação de Leandra Leal, Rita Toledo e Carol Benjamin (supervisão de Lucas Paraizo). Direção de Leandra Leal e Bruno Sáfadi. Com Flora Camolesi, Nina Tomsic, Jacareí Bambirra, Henrique Barreira, Muse Maya, Gustavo Vaz, Rodrigo Pandolfo, Leandra e Angela Leal, Letrux, Ângelo Antônio e  Stella Rabelo. Um grupo de amigas e amigos, muito jovens,  celebra a formatura em grande festa. Só que o inesperado acontece: uma entre os formandos, a descolada e rica Beta,  é encontrada morta. A noite é interrompida de forma brutal.  Os jovens buscam os motivos de morte tão inesperada. As famílias e amigos tentam entender o que aconteceu.

CANGAÇO NOVO (Ficção, Amazon Prime, oito episódios, 2023). Criação de Eduardo Melo e Mariana Bardan. Direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça. Com Allan Souza Lima (Ubaldo Vaqueiro), Alice Carvalho e Thainá Duarte (as irmãs Dinorá e Dilvânia, sobreviventes do massacre da Família Vaqueiro), Marcélia Cartaxo, Hermylla Guedes,  Buda Lira, Dudha Moreira, entre outros. Ex-soldado e ex-bancário radicado em São Paulo retorna ao Nordeste natal em busca de suposta herança. E passa a integrar grupos que  assaltam instituições financeiras e se locomovem, muito bem-armados, em carros modernos e potentes. Os diretores negaram, em debate no Festival de Gramado, diálogo com filmes adrenalinados com “Mad Max” e assemelhados.  Citaram suas fontes fertilizadoras: “o longa ‘Sertânia’, de Geraldo Sarno, e o cinema europeu”. E garantiram que a série seria distribuída em 240 territórios (portanto, bem mais que os 190 evocados por representantes da Netflix na ficção “O Melhor Está Por Vir”, de Nanni Moretti). Nenhuma série brasileira, nem as da Netflix, obteve tamanho sucesso e repercussão como “Cangaço Novo”.

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