12ª Mostra Tiradentes SP chega ao CineSesc
Foto: “O Cavalo de Pedro”, de Daniel Molasco
Neste mês, a Mostra Tiradentes SP volta a ocupar o CineSesc, em São Paulo. De 13 a 19 de março, o público da capital paulista poderá conferir a exibição de 28 filmes, a maioria inéditos em São Paulo, e que fizeram parte da programação da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada em janeiro, em Tiradentes. A 12ª Mostra Tiradentes SP será norteada pela temática “As formas do tempo”, abordada na edição mineira, dando sequência e ampliando a reflexão com discussões e novas perspectivas.
Com 10 longas e 18 curtas, a 12ª Mostra Tiradentes SP traz um recorte da 27ª Mostra Tiradentes, que exibiu 145 produções, e levou um público estimado de 35 mil pessoas para a cidade mineira, número sete vezes maior que a população do município.
Entre os destaque da edição paulistana estão os seis premiados da edição mineira: “Lista de Desejos para Superagüi” (PR) (Melhor Longa da Mostra Aurora eleito pelo Júri Oficial), de Pedro Giongo, que será exibido na abertura do evento, no dia 13, às 20h; “Aquele que Viu o Abismo” (SP) (Prêmio Carlos Reichenbach – Mostra Olhos Livres, eleito pelo Júri Jovem), de Gregorio Gananian e Negro Leo; “Maçãs no Escuro” (SP) (Menção Honrosa da Mostra Aurora concedida pelo Júri Oficial), de Tiago A. Neves; “Estranho Caminho” (CE) (Melhor Longa da Mostra Autorias eleito pelo Júri da Crítica – Abraccine), de Guto Parente; “As Primeiras” (SP) (Melhor Longa eleito pelo Júri Popular), de Adriana Yañez; “Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho” (RJ) (Melhor Curta da Mostra Foco eleito pelo Júri Oficial e vencedor do Prêmio Canal Brasil de Curtas), de Allan Ribeiro; “Aguyjevete Araxi’I” (SP) (Prêmio Helena Ignez concedido pelo Júri Oficial), de Kerexu Martim; e “Soneca e Jupa”, de Rodrigo R. Meireles.
Avaliadas pelo Júri Oficial, as Mostras Aurora (longas) e Foco (curtas) serão exibidas integralmente na programação da itinerância paulista, sendo 7 longas da Aurora e 13 curtas da Mostra Foco. Além dos vencedores, destaca-se a presença dos filmes paulistas “Sofia Foi”, de Pedro Geraldo; “Eu Também Não Gozei”, de Ana Carolina Marinho; e “O Tubérculo” de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune. Na programação de curtas, destaque para “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio”, de Carlos Adriano.
Realizada especialmente para a 12ª Mostra Tiradentes SP, a Mostra Vertentes de curtas reúne quatro filmes marcados pelo fazer cinematográfico como ação social, histórica e política, ou com intenções mais diretamente atentas a esses aspectos das vidas real e ficcional de diferentes personagens. São documentários produzidos em São Paulo que demonstram a força do cinema contemporâneo paulista: “Até o Último Sopro”, de Benjamin Medeiros; “Nagano”, de Letícia Hayashi; “Nosso Panfleto Seria Assim”, de Leandro Olimpio; e “Mborairapé”, de Roney Freitas.
Além da exibição de curtas e longas, a mostra contará também com bate-papos com a presença de diretores, equipes e curadoria após as sessões, garantindo maior interatividade com o público e ampliação da experiência cinematográfica. Ao todo, serão 12 bate-papos com realizadores e um debate especial com produtores e cineastas paulistas com o tema “As formas do temo no cinema contemporâneo brasileiro: trabalho e criação”, que busca discutir sobre como realizadores e realizadoras veem o tempo como elemento de criação e pensamento sobre as imagens e quais os critérios que deve-se levar em consideração para construir uma política pública para o audiovisual que não implique em uma padronização dos tempos de produção e das formas audiovisuais. A conversa acontece na segunda, 18 de março, às 19h, no hall do CineSesc.