“Vermelho Monet” é o novo filme de Halder Gomes

Exibido em 15 festivais pelo Brasil e o mundo, e ganhador de mais de dez prêmios, “Vermelho Monet”, de Halder Gomes, chega aos cinemas brasileiros no dia 9 de maio, com distribuição da Pandora Filmes. O longa é coprodução da ATC, da Glaz Entretenimento e da Globo Filmes, com produção executiva da Ukbar Filmes, produtora de Portugal, e conta com a participação de atores e parte da equipe de portugueses. Além disso, tem apoio da Lei do Audiovisual, Fundo Setorial do Audiovisual.

Mais conhecido por suas comédias, como “Cine Holliúdy” e “Os Parças”, Gomes aqui apresenta um drama marcado pela discussão sobre a arte e a transformação dela em mercadoria. O protagonista é Johannes Van Almeida, interpretado por Chico Diaz, um pintor pouco aceito no mercado, que está perdendo sua visão.

Ele encontra na atriz Florence Lizz (Samantha Müller) a inspiração para realizar sua maior obra, e seu caminho também cruza com o de Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido), uma marchand influente que tem o poder de transformar o quadro numa obra famosa e valiosa.

Este é o primeiro filme do diretor de uma planejada trilogia, o próximo deverá ser “Azul Vermeer”.

A fotografia de Carina Sanginitto e a direção de arte de Juliana Ribeiro, ambas premiadas em festivais, ajudam na evocação das cores e luzes de Monet. Além das visitas ao museu, ao lado delas, Gomes destaca que fizeram um estudo de paletas e tons de pele muito elaborados, em especial, a progressão da luz na tez de Florence Lizz que, aos olhos de Johannes Van Almeida, tem cor do dessaturado ao P&B, e textura de mármore.

Definindo o filme como “uma grande história de amores desencontrados, intensos, tortuosos e trágicos”, Gomes coloca as personagens em questões existenciais profundas transpostas à arte que, por sua vez, é a única e provável tábua de salvação de todos eles – cada um ao seu modo.

Num primeiro momento, um filme sobre alta cultura pode não parecer ter um diálogo direto com o Brasil contemporâneo, mas o diretor ressalta que o mercado de arte é uma realidade que pode se mover por caminhos tortuosos em todo o mundo.

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