Vera Fischer será homenageada com o Troféu Cidade de Gramado

Foto © Marcos Serra Lima

Após divulgar as 45 produções que compõem as mostras de Longas-Metragens Brasileiros, Documentais e Gaúchos e os Curtas-Metragens Brasileiros e Gaúchos, a organização do Festival de Cinema de Gramado anunciou, na noite desta quinta-feira, 18 de julho, o nome que fecha o hall de homenagens desta edição: Vera Fischer.

A novidade foi divulgada em evento realizado no hotel Vila Galé, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, o curador Marcos Santuario, realizadores, produtores, atores e jornalistas.

A atriz catarinense é uma das mais clássicas personalidades da televisão e do teatro no Brasil. Ela, que começou sua carreira nas telonas, retorna ao cinema para receber o Troféu Cidade de Gramado. Com mais de meio século dedicado à atuação, coleciona papéis marcantes no cinema, no teatro e, principalmente, na televisão.

Estreou como atriz no cinema, em 1972, no longa “Sinal Vermelho – As Fêmeas”, de Fauzi Mansur. Já no ano seguinte, 1973, atuou em três produções: “A Super Fêmea”, “Anjo Loiro” e “As Delícias da Vida”. Seu primeiro trabalho de destaque foi em 1976, em “Intimidade”, de Perry Salles e Mike Sarne. O papel lhe rendeu o troféu de Melhor Atriz no Prêmio APCA. Um ano depois, Vera teria seu primeiro papel na teledramaturgia, na novela “Espelho Mágico”, da TV Globo. A partir disso, colecionaria grandes personagens marcadas no imaginário popular. Em telenovelas, daria vida a Luiza, em “Brilhante”, Jocasta, em “Mandala”, Nena, em “O Rei do Gado”, Helena, em “Laços de Família”, e Yvete, em “O Clone”.

No filme “Amor Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri, lançado em 1982, interpretou, ao lado de Tarcísio Meira, Xuxa Meneghel e Mauro Mendonça, a prostituta Anna. Sua atuação lhe garantiu os prêmios de Melhor Atriz no Prêmio Air France e no Festival de Brasília. O longa colecionou, também, polêmicas, como a proibição da comercialização do filme em home video.

Em Gramado, esteve na tela do Palácio dos Festivais com os filmes “Intimidade”, de Michael Sarne e Perry Salles, em 1975, “Eu te Amo”, de 1981, dirigido por Arnaldo Jabor, e com “Doida Demais”, de Sérgio Rezende, lançado em 1989.

Além das telas, Vera também possui uma longa carreira no teatro, onde atuou em grandes produções, como “Macbeth”, em 1992, “Desejo”, em 1993, “Gata em Teto de Zinco Quente”, em 1998, “A Primeira Noite de um Homem”, em 2004, e “Relações Aparentes”, em 2015. Desde 2022, roda o Brasil protagonizando o espetáculo “Quando Eu For Mãe Quero Amar desse Jeito”, escrito por Eduardo Bakr e com direção de Tadeu Aguiar.

A atriz coleciona prêmios e indicações, como Troféu APCA, Troféu Imprensa, Prêmio Air France de Cinema e Troféu Candango. Também teve sua trajetória homenageada pelo Prêmio Sesc do Teatro Candango, Festival de Vitória e The Winner Awards.

Vera Fischer se junta a Jorge Furtado, Mariëtte Rissenbeek e Matheus Nachtergaele, que serão homenageados com os troféus Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Oscarito, respectivamente. A homenagem será entregue durante o 52º Festival de Cinema de Gramado, que ocorre entre os dias 9 e 17 de agosto.

O Troféu Cidade de Gramado é dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, contribuindo para o crescimento e divulgação da cidade e do evento. Entregue pela primeira vez, em 2012, à atriz Eva Wilma, a mais jovem honraria concedida pelo Festival de Cinema de Gramado foi entregue, também, a nomes como Tony Ramos, Ney Latorraca, Antonio Pitanga, Wagner Moura e Ingrid Guimarães.

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