Mostra SP apresenta 13 indicados ao Oscar
Foto: Cena do italiano “Vermiglio”, de Maura Delpero
Por Maria do Rosário Caetano
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que realiza sua quadragésima-oitava edição até o dia 30 de outubro, programou treze pré-candidatos ao Oscar de melhor filme internacional. Entre eles, claro, o brasileiro “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, e dois títulos (“Vermiglio”, da italiana Maura Delpero, e “Sob o Vulcão”, do polonês Damian Kocur) cotados a figurar na lista de 15 produções, a ser anunciada dia 17 de dezembro, e até na lista de cinco finalistas (o anúncio será feito dia 17 de janeiro).
Em coletiva de imprensa, Walter Salles comparou o momento – final da década de 1990 – em que “Central do Brasil” foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e a melhor atriz (Fernanda Montenegro) — com o tempo presente.
“A configuração da Academia” — ponderou — “mudou bastante”. 25 anos atrás, a “quase totalidade dos votantes morava no eixo Nova York-Los Angeles; hoje, metade vive fora dos EUA, ou seja, na Europa, Ásia, América do Sul, África”. O brasileiro destacou, ainda, que “a França conta com 200 associados”. Não citou o número de brasileiros, mas ele se aproxima dos 70 integrantes (eram 56 no ano passado).
A lembrança do número de votantes franceses na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood tem sua razão de ser. Afinal, o filme “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, se anuncia como pedra no sapato de “Ainda Estou Aqui”. O representante da França não terá vitrine na Mostra SP. Nem ele, nem outro título dos mais lembrados em listas de favoritos, “A Semente da Figueira Sagrada”, do iraniano Mohammad Rasoulof, o inusitado representante da Alemanha na competição pela estatueta dourada.
As ausências têm sua justificativa. O festival paulistano, o maior do país (415 produções), só programa filmes internacionais 100% inéditos em nosso território. “Emilia Pérez” e “Figueira Sagrada” foram exibidos no recém-concluído Festival do Rio.
Curioso notar que França e Alemanha abriram mão de filmes falados em seus idiomas. Os personagens de “Emilia Pérez” se expressam em espanhol. O candidato alemão — cujo diretor é iraniano (e agora vive no exílio) — foi filmado em Teerã e é falado em farsi. Os dois países são produtores dos títulos selecionados.
A França, país que cultiva seu idioma como poucos, indicou um longa premiado em Cannes (melhor elenco feminino e Prêmio do Júri) e um de seus diretores mais festejados, Jacques Audiard, do poderoso “O Profeta”. A escolha deve-se ao fato de, ano passado, a França ter remado contra a maré, posição que resultou em grave erro estratégico. Ao invés de indicar o vencedor da Palma de Ouro em Cannes, “Anatomia de uma Queda”, de Justine Trier, a comissão de seleção optou por “Sabor da Vida” (“La Passion de Dodin Bouffant”, do franci-vietnamita Tran Ang Hung). Resultado: o escolhido ficou fora do Oscar internacional e o país viu Justine Trier e seu companheiro, o cineasta e roteirista Arthur Harari, abraçarem o Oscar de melhor roteiro original.
A França lavou a roupa suja na imprensa, na Academia e nos seus organismos de fomento ao cinema. E, esse ano, parece ter feito a coisa certa, pois o “Emilia Pérez” vem causando sensação por onde passa. A trama gira em torno de Rita (a espanhola Karla Sofía Gascón), funcionária de escritório de advocacia que, ao invés de servir à Lei, presta serviços de lavagem de dinheiro. Para sobreviver, Emilia Pérez ajuda um dos chefes do cartel a abandonar o negócio sujo. Assim, ela espera juntar dinheiro para concluir sua transição (ressignificação sexual) e transformar-se na mulher que sempre desejou ser. Completam o elenco, as atrizes Selena Gómez e Zoë Saldaña (norte-americanas de origem latina) e o astro venezuelano Édgar Ramiro (de “Carlos”, “Mãos de Pedra” e “Wasp Network”), Adriana Paz, Anabel Lopez, Yohan Levy, Agathe Bokja, Mark Ivanir, Alonso Venegas e Eduardo Aladro.
Mohammad Rasoulof, de 51 anos, vencedor do Urso de Ouro em Berlim (2020) com “Não Há Mal Algum”, filmou “A Semente da Figueira Sagrada”, em seu país natal em condições das mais tensas. O Irã, comandado por governo de base teocrática, não quis saber do filme “adotado” e assumido pela Alemanha.
“Figueira Sagrada” gira em torno de Iman, um juiz de instrução do Tribunal Revolucionário de Teerã. Ele luta contra a desconfiança e a paranoia que reinam na cidade (e no país) por causa de protestos realizados por atuantes segmentos da sociedade civil. Nesse momento tão complexo, a arma do juiz desaparece misteriosamente. Ele suspeitará do envolvimento da esposa Najmeh e das filhas Resvan e Sana. Por isso, acabará por impor draconianas medidas restritivas dentro do próprio lar. As tensões aumentam.
O italiano “Vermiglio” conquistou, em setembro passado, o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza. Ao longo de 119 minutos, Maura del Pero desenvolve sua trama ambientada em aldeia nos Alpes italianos. Em 1944, a Segunda Guerra Mundial chegava ao local, tão isolado, pela presença de um soldado desertor, Pietro. Um professor local verá a dinâmica de sua vida se alterar profundamente, pois Lucia, sua filha, se apaixonará pelo desertor e será correspondida. O filme cobre as quatro estações daquele ano em que o conflito bélico se aproximava de seu desfecho.
“Sob o Vulcão”, de Damian Kocur, o representante da Polônia, tem o espectro da guerra da Rússia contra a Ucrânia como força motriz. Uma família ucraniana passa férias na Espanha, em Tenerife, a maior das Ilhas Canárias. Findos os dias de lazer, eles se dirigem ao aeroporto para regressar ao lar. Descobrem, porém, que o vôo foi cancelado, pois a Rússia invadiu a Ucrânia. Não causa espanto que a Polônia tenha bancado sozinha esse filme protagonizado por uma família ucraniana. Como o país vizinho, a terra do papa polonês João Paulo II é, historicamente, tão antirussa quanto os ucranianos.
“Ainda Estou Aqui”, o representante brasileiro que pode, passados 25 anos, recolocar Walter Salles na disputa pelo Oscar, é um drama que soma o íntimo ao coletivo. Baseado no livro de mesmo nome, de autoria de Marcelo Rubens Paiva, o roteiro – de Murilo Hauser e Heitor Lorega, vencedor em Veneza – tem em Eunice Paiva (Fernanda Torres) sua força catalisadora. Casada com o deputado cassado Rubens Paiva (Selton Mello), Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva vive num alegre casarão carioca, em frente ao mar, cercada pelos cinco filhos (de 9 a 18 anos) e pelos amigos.
Num dia conturbado da vida brasileira, nos duros anos Médici (janeiro de 1971), forças policiais entram na casa de Eunice e levam seu marido para “prestar depoimento”. Ela também será presa junto com uma filha de 15 anos. A adolescente será liberada. Eunice, muitos dias depois, também, mas Rubens Paiva não regressará. A dona de casa vai transformar-se dali em diante. Buscará notícias do marido, até saber que ele foi morto.
Walter Salles constrói o filme com ingredientes do melodrama, mas de forma contida, portanto sem chantagem emocional. Os espectadores mais sensíveis não conseguirão conter as lágrimas. Ao longo de 135 minutos, veremos Eunice passar de dona-de-casa ao papel de advogada (irá formar-se aos 48 anos), defensora dos Direitos Humanos e de causas indígenas. Uma mulher que lutará para que o Estado brasileiro assuma o assassinato de Rubens Paiva. O que só acontecerá durante o Governo FHC (década de 1990).
A advogada, que tanto lutou pelo direito à memória, acabará vítima do Mal de Alzheimer (Fernanda Montenegro interpretará a Eunice derradeira, com olhos perdidos em festa familiar). Foi assim, desmemoriada, que ela encerrou sua trajetória, em 2018, aos 86 anos.
O representante mexicano “Sujo”, das diretoras Astrid Rondero e Fernanda Valadez – é um belo drama social. Teria imensas chances de ser um dos finalistas ao Oscar internacional, não fosse a força de “Ainda Estou Aqui”. Dificilmente a Academia de Hollywood abrirá duas vagas (em apenas cinco) para a América do Sul. E, esse ano, tudo indica que a ambicionada vaga será mesmo do filme de Walter Salles.
“Sujo” (“surro”) não tem em espanhol (“sucio”) o mesmo sentido que em português. No filme mexicano, Sujo é o nome de uma criança de quatro anos, que perde o pai, um sicário, e é levada por uma tia para um sítio distante. A história se passa, em sua primeira parte, no estado de Michioacán (em Aguas Calientes). O menino cresce e, adolescente, vai viver na cidade do México. Lá, conhecerá Susan, uma professora universitária, de origem argentina (Susan Lorenzano). Humanista, ela tentará salvar Sujo do mundo do crime. Tarefa das mais difíceis.
O longa mexicano conquistou o Prêmio Especial do Júri no Sundance Festival. Quem está cansado de assistir a filmes sobre crianças do Terceiro Mundo, atormentadas pela pobreza e pelo crime, mesmo assim, não deve evitar “Sujo”. O filme recria, em certa medida, o dilema de Pedro (Alfonso Mejía), a criança que vive num reformatório, em “Los Olvidados” (Luis Buñuel, 1950) e recebe chance de mostrar sua boa índole. Mas, envolvida por Jaibo (Roberto Cobo), um deliquente juvenil, acabará impossibilitada de mostrar-se virtuosa.
A criança e o adolescente que interpretam Sujo são carismáticas e envolventes. Aliás, todo o elenco nos cativa. O filme não apela à violência gráfica. E sabe explorar, com grande sensibilidade, a paisagem física de Michoácan e contrastá-la, depois, com paisagens anti-cartão postal de Ciudad de México. Em especial, com o grande entreposto alimentício que abastece a maior metrópole das Américas.
O uso narrativo do título do filme nos intriga — principalmente a nós, espectadores brasileiros. Afinal, queremos saber a origem do nome de Sujo. Nem o garoto sabe por que o pai escolheu esse nome para ele (sua mãe morreu durante o parto). A revelação chegará nas últimas imagens do filme, com imensa força metafórica.
“Grand Tour”, do português Miguel Gomes (“Tabu”, 2012), causou frisson em Cannes, onde conquistou o prêmio de melhor direção. Mesma sensação causada na Mostra paulistana. Exibido na Sala Grande Otelo, na Cinemateca, o filme provocou encantamento e arrancou muitas risadas. Impossível resistir ao “tour asiático” do diretor de “Aquele Mês de Agosto” e da trilogia “As Mil e uma Noites”. Em preto-e-branco (com inserções coloridas de maravilhas artísticas de povos da Birmâmia e adjacências, em especial, marionetes), o longa narra, em 129 minutos, a viagem de Edward (Gonçalo Waddington) pelo território birmanês, no começo do século XX (1918). Funcionário civil do Império Britânico, ele foge da noiva Molly (Crista Alfaiate), que acaba de chegar a Rangum, na Birmânia (hoje Myanmar), para as celebrações do matrimônio. Molly, garota moderna e decidida, resolve encontrar o noivo, custe o que custar. As andanças dos dois, cada um com seu inusitado percurso, servirá, mais uma vez, para mostrar o talento do diretor lusitano.
“As Antiguidades”, da realizadora georgiana Rusudan Glurjidze, se passa em 2006, ano em que as relações da Rússia com a Geórgia, outrora uma das 15 republicas que compunham a URSS, se degradam. Quase dois mil georgianos serão deportados do território russo. É nesse contexto que acompanhamos a história do velho russo Vadim Vadimich, que tem um apartamento no centro histórico de São Petersburgo. Solitário, ele decide vender sua residência a preço mais em conta por razão singular: o comprador (a compradora, Medea, de origem georgiana, no caso) terá que abrigá-lo até a morte dele. O irascível Vadim supõe que viverá por uns cinco anos.
Medea aceita a condição e passa a dividir o apartamento com o idoso, que vive imerso em suas lembranças e cultiva suas muitas idiossincrasias. O título vem da loja de antiguidades onde a jovem trabalha. O namorado dela, o descolado Lado, vive de contrabando de móveis antigos da Geórgia para a Rússia. Por isso, será preso. E ameaçado de deportação. Um novo personagem, o filho de Vadim, entrará na trama, narrada com segurança por Rusudan Glurijdze. Este, que é o segundo longa da realizadora, tem chances medianas de chegar a finalista ao Oscar. Mas chamará atenção por mostrar as difíceis relações da Rússia com as ex-Repúblicas Soviéticas. Excluída desde que a Guerra começou (e o país eslavo entrou no índex do Governo dos EUA), a Rússia tornou-se ausência obrigatória no Oscar. O que colocou um foco de luz sobre seus antigos “satélites”.
“Dahomey”, de Mati Diop, representante do Senegal, conquistou o Urso de Ouro em Berlim, em fevereiro desse ano. Não figura na lista de favoritos ao Oscar internacional. Mas nada impede que seja um dos cinco finalistas à categoria longa documental.
A jovem realizadora aborda tema incandescente: a devolução de patrimônio histórico e artístico de povos espoliados pelo poder colonial. No caso, de 26 relíquias do antigo Reino do Dahomey (Daomé), hoje Benin, saqueadas pelos franceses em 1892. A complexa operação resgate é colocada em ação, enquanto estudantes da Universidade de Abomey-Calavi discutem o colonialismo e suas consequências.
Mati Diop, nascida em Paris no seio de família senegalesa, é atriz (protagonizou “35 Doses de Rum”, de Claire Denis, ao lado do franco-caribenho Alex Descas) e diretora de grande talento. Seu primeiro longa, o ficcional “Atlantique”, conquistou o Grande Prêmio do Júri, em Cannes, no mesmo ano em que concorreu com o brasileiro “Bacurau”.
A Espanha, que ano passado chegou a finalista ao Oscar internacional com “A Sociedade da Neve” (e que, esse ano, deve ter o primeiro longa em língua inglesa de Pedro Almodóvar listado em outras categorias), indicou “Segundo Prêmio”, de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, para representá-la.
O filme dos dois diretores, um de Girona, o outro de Barcelona, chega bem recomendado pelo quinto longa de Isaki Lacuesta, o belo “Entre Dos Águas”, de 2018, que causou sensação nos festivais de Mar del Plata e San Sebastián. E nos Prêmio Platino. Tomado por atmosfera sensorial, o filme de seis anos atrás arrebatava por sua beleza plástica e poesia.
Dessa vez, com “Segundo Prêmio”, agora em parceria com Pol Rodríguez, Isaki mergulha na efervescente vida cultural de Granada, na Andaluzia, no final da década de 1990. É ali, naquele território, que sedia o monumental Palácio de Alhambra, que uma banda de indie-rock está disposta a mudar o cenário musical espanhol.
Só que a banda roqueira passa por um mal momento. Dois de seus integrantes acabam por abandoná-la. Sobram o vocalista e o guitarrista. Este, porém, encontra-se em processo de autodestruição. Por isso, o cantor abraçará desesperadamente a causa da sobrevivência do grupo.
“Segundo Prêmio” conquistou a láurea máxima no Festival de Málaga, na Andaluzia. Aliás, terra natal de Picasso e Antonio Banderas.
“O Banho do Diabo”, da dupla Veronika Franz e Severin Fiala, representante da Áustria, situa sua narrativa no século XVIII, tempo histórico em que uma mulher é condenada por infanticídio. Agnes vai casar-se e prepara, com delicadeza, seu matrimônio e sua futura vida de esposa. Mas seus pensamentos e sentimentos passam a transtorná-la de forma avassaladora. Ela acabará por enveredar por caminhos obscuros e solitários. O filme conquistou, no Festival de Berlim, prêmio de “contribuição artística”.
“Julie Permanece em Silêncio”, de Leonardo Van Dijl, é o candidato da Bélgica. Estreia do jovem diretor, o longa-metragem tem a tenista Julie como sua protagonista. Ela, como diz o título, adotará o silêncio quando seu treinador for acusado (e suspenso) por conduta imprópria.
“Afogamento Seco”, do lituano Laurynas Bareiša, chega à disputa pelo Oscar e à Mostra SP respaldado por duplo prêmio no Festival de Locarno (melhor filme e melhor atuação para seu elenco coletivo). A trama se desdobra numa casa de campo, cenário de festa organizada por duas irmãs para festejar o aniversário de Tomas e o triunfo de Lukas em competição de lutas marciais. Tudo corre tranquilo, às margens de um lago. Até que um acidente trágico com uma das crianças mudará o destino de todos.
A animação “O Vidreiro”, de Usman Riaz, foi escolhida para representar o Paquistão. O filme reúne pai e filho (Vincent), que comandam grande oficina de vidro. Conflito bélico se aproxima e os dois querem distância do campo conflagrado. A chegada de um militar (coronel do Exército) e de sua filha Alliz, aspirante a violinista, modificará a situação do lugar, alterando a vida dos vidreiros. O amor brotará nos corações de Vincent e Alliz, que desafiarão as concepções de vida, tão arraigadas, de seus pais.
“Ondas”, de Jirí Mádl, o representante da República Tcheca, se passa em 1968, no momento da rebelião que a história chamou de “Primavera de Praga”. Os serviços secretos da (antiga) Tcheco-Eslováquia passam a ter como alvo uma emissora de rádio, na qual trabalha Tomás. Ao mesmo tempo em que tenta proteger o irmão, ligado aos rebeldes anti-URSS, Tomás vê o cerco à emissora, que divulga documento confidencial, ampliar-se. “Ondas” é o terceiro filme de Jirí Mádl, também ator premiado (por Night Owls”), roteirista e produtor.
Os 13 filmes programados pela Mostra SP:
. “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles (Brasil)
. “Vermiglio”, de Maura Delpero (Itália)
. “Sob o Vulcão”, de Damian Kocur (Polônia)
. “Dahomey”, de Mati Diop (Senegal)
. “Grand Tour”, de Miguel Gomes (Portugal)
. “Sujo”, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México)
. “Segundo Prêmio”, Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez (Espanha)
. “O Banho do Diabo”, de Veronika Franz e Severin Fiala (Áustria)
. “Julie Permanece em Silêncio”, de Leonardo Van Dijl (Bélgica)
. “As Antiguidades”, de Rusudan Glurjidze (Geórgia)
. “Afogamento Seco”, de Laurynas Bareiša (Lituânia)
. “O Vidreiro”, de Usman Riaz (Paquistão)
. “Ondas”, de Jirí Mádl (República Tcheca)
OS MAIS COTADOS:
. “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles (Brasil)
. “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard (França)
. “A Semente da Figueira Sagrada”, de Mohammad Rasoulof (Alemanha)
. “Vermiglio”, de Maura Delpero (Itália)
. “Sob o Vulcão”, de Damian Kocur (Polônia)
Outros concorrentes:
. “El Lugar de la Otra”, de Maite Alberdi (Chile)
. “Null” (Kill the Jockey), de Luís Ortega (Argentina)
. “Kneecap”, de Rich Peppiatt (Irlanda)
. “Bagdad Messi” (Iraque)
. “From Ground Zero” (Palestina)
. “Vuelve a la Vida” (Venezuela)
. “La Suprema” (Colômbia)
. “Yana-Wara” (Peru)
. “Hay una Puesta Ahí” (Uruguai)
. “Al Otro Lado de la Niebla” (Equador)
. “Despierta, Mama” (Panamá)
. “Cloud” (Japão)
. “Universal Language”, Canadá (Quebec)
. “Mano Propia” (Bolívia)
. “Memories of a Burning Body” (Costa Rica)
. “The Last Journey” (Suécia)
. “Memory Lane” (Holanda)
. “The Hungarian Dressmaker” (Eslováquia)
. “Family Times” (Finlândia)
. “Triumph” (Bulgária)
. “Russian Consul” (Sérvia)
. “Life” (Turquia)
. “Flow” (Letônia)
. “Semmelweis” (Hungria)
. “Three Km to the End of the World” (Romênia)
. “Family Terapy” (Eslovênia)
. “Drowning Dry” (Lituânia)
. “8 Views of Lake Biwa” (Estônia)
. “La Palisiada” (Ucrânia)
. “The Girl With the Neefle” (Dinamarca)
. “Nurderess” (Grécia)
. “Castillo” (Malta)
. “Flight 404” (Egito)
. “Everybody Loves Touda” (Marrocos)
. Laapatar (Índia)
. “Life” (Tuquia)
. “Twilight of the Warrior: Walled in” (Hong Kong)
. “Old Fox” (Taiwan)
. “12:12: The Day” (Coreia do Sul)
.”Shambhala” (Nepal)
. “Yasha and Leonid Brejnev” (Armênia)
. “Rendez-Vous Avec Pol Pot” (Camboja)
. “Heaven is Beneath Mother’s Feet” (Quirguistão)
. “Women from Rote Island” (Indonésia)