Festival Internacional de Curitiba divulga filmes selecionados
Em sua primeira edição, o Olhar de Cinema 2012 – Festival Internacional de Curitiba recebeu 1.549 inscrições de filmes de 81 países, sendo 242 longas internacionais, 95 longas brasileiros, 816 curtas internacionais e 396 curtas brasileiros. Após o Brasil, com 491 inscritos, os Estados Unidos tiveram o maior número de inscrições (160), seguidos por Espanha (97), Inglaterra ( 84), França (67), Portugal (54) e Alemanha (50).
Desse total, foram selecionados 24 longas internacionais, 8 longas nacionais, 12 curtas internacionais e 14 curtas nacionais num total de 58 filmes compondo a seleção oficial do evento. Além das 9 vídeo arte da mostra Multiolhares, haverá ainda 5 longas de John Cassavetes que compõem a mostra Olhar Retrospectivo, totalizando assim 72 filmes de 22 países que compõem esta primeira edição do festival, que tem toda a sua programação aberta ao público gratuitamente.
Veja a lista completa dos selecionados:
COMPETITIVA JANELA INTERNACIONAL
(Longas)
Ave (Avé) Première Brasil
De Konstantin Bojanov
Bulgária, 86’, 2011
Enquanto pede carona de Sofia para Ruse, Kamen conhece Avé, uma garota fugitiva de 17 anos. Em cada carona que pegam juntos, Avé inventa novas identidades para eles, e suas mentiras compulsivas complicam cada vez suas vidas. Relutantemente atraído por essa aventura, Kamen começa a se apaixonar por Avé.
Melhor Roteiro e Melhor Filme no Fantasporto 2012; Prêmio Jovem Talento no Festival de Hamburgo; Prêmio Especial do Júri no Festival de Sarajevo; Prêmio da Crítica Internacional (FIPRESCI) no Festival de Varsóvia.
Country Music (Musica Campesina) – Première Brasil
De Alberto Fuguet
Chile/EUA, 105′, 2011
Alejandro Tazo, um chileno com cerca de 30 anos, chega de ônibus em Nashville, vindo da costa Oeste dos Estados Unidos. Ele foi assaltado no caminho? Por que ele está ali? Como ele chegou ali? O que ele fará na cidade da música?
Habana Muda (Habana Muda) Première Brasil
De Eric Brach
França, 61’, 2011
Esse cuidadoso filme de observação segue Chino, um homem surdo que tenta sustentar sua esposa, também muda, e dois filhos pequenos, em Havana. Chino mantém uma relação aberta com um homem que vive no México e que o ajuda financeiramente. Este triângulo amoroso aos poucos se desenrola cheio de surpresas, algumas vezes inusitadas, perturbadoras e comoventes.
Karen Llora En Un Bus (Karen Cries In A Bus)
De Gabriel Rojas Vera
Colômbia, 98’, 2011
Após dez anos de completa dedicação ao seu abastado marido, Karen percebe o quanto abdicou de sua própria vida. Cansada de tudo, ela decide ir embora. Com suas economias ela aluga um quarto no centro de Bogotá e tenta arrumar um emprego, mas sua idade e inexperiência a deixam em desvantagem.
Las Acacias (Las Acacias)
De Pablo Giorgelli
Argentina/Espanha, 85’, 2011
Estrada entre Assunção e Buenos Aires. Um caminhoneiro precisa levar consigo uma mulher desconhecida. A mulher não está só. Ela embarca com seu bebê. Restam 1.500 km por percorrer.
Vencedor dos prêmios ACID, Golden Camera e Young Critics em Cannes 2011; Vencedor do Troféu Sutherland no British Film Institute 2011; Vencedor do Horizon Awards em San Sebaastian 2011.
Sangue Do Meu Sangue (Blood Of My Blood)
De João Canijo
Portugal, 140′, 2011
As dificuldades da vida na periferia de Lisboa e os sacrifícios que duas mulheres estão dispostas a fazer pela sua família. Márcia está determinada a encerrar o ciclo de pobreza de sua família e quando ela descobre que sua filha está namorando um professor mais velho, não medirá esforços para terminar essa relação indesejada.
Grande Prêmio do Júri no Festival de Miami; Vencedor de 4 prêmios no Festival de Coimbra, incluindo Melhor Diretor; Prêmio da Crítica Internacional (FIPRESCI) no Festival de San Sebastian.
Snackbar (Snackbar) – Première americana
De Meral Uslu
Holanda, 83’, 2012
Ali é dono de uma lanchonete no subúrbio de uma grande cidade holandesa, que serve de refúgio para vários jovens descendentes imigrantes marroquinos. Esses jovens são violentos e envolvidos com diversos crimes e para eles, Ali é como se fosse um tio, um homem turco mais velho e de confiança; compreensivo, divertido e também rigoroso. Mas e se Ali, com seu vício em jogar gamão, comprometer tudo isso?
Sudoeste (Southwest)
De Eduardo Nunes
Brasil, 128’, 2011
Numa vila isolada do litoral brasileiro onde tudo parece imóvel, Clarice percebe a sua vida durante um único dia, em descompasso com as pessoas que ela encontra e que apenas vivem aquele dia como outro qualquer. Ela tenta entender a sua obscura realidade e o destino das pessoas a sua volta num tempo circular que assombra e desorienta.
Prêmio de Melhor Contribuição no Festival de Havana; Melhor Fotografia, Prêmio da Crítica e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio.
The Education (Die Ausbildung)
De Dirk Lütter
Alemanha, 85’, 2011
Jan é um jovem reservado, tímido e pouco ambicioso. Ele está em seu último ano de treinamento em uma empresa de médio porte e não há nenhuma garantia de um emprego no final desse processo. Preso em um departamento com desempenho ruim, Jan faz tudo o que pode para agradar seu chefe. Mas manter tamanha disciplina e produtividade fica difícil quando ele se apaixona por Jenny, uma colega de trabalho.
Prêmio Diálogo no Festival de Berlim.
Totem (Totem) – Première Brasil
De Jessica Krummacher
Alemanha, 86’, 2011
A jovem Fiona vai trabalhar na casa da família Baur. Pai, mãe, filha e filho vivem suas próprias vidas, sem se comunicarem uns com os outros. Ninguém dessa família percebe que Fiona tomou uma decisão importante, apenas o vizinho começa a se preocupar.
Volcano (Volcano/ Eldfjall)
De Rúnar Rúnarsson
Islândia, 95’, 2011
Quando Hannes se aposenta de seu emprego de zelador, um vazio se inicia em sua vida. Ele está afastado de sua família, praticamente não tem amigos e a paixão pela esposa desapareceu. Por causa de acontecimentos drásticos, Hannes percebe que ele tem que ajustar sua vida para ajudar alguém que ama.
Melhor Filme (Júri Oficial e Crítica) no Montreal Festival of New Cinema; Prêmio de Jovem Diretor nos Festivais de Chicago e Valladollid; Melhor Filme no Festival de Denver; 14 Indicações no Eddar, o Oscar da Islândia, tendo vencido em 5 categorias, incluindo Melhor Filme); Melhor ator (Theodór Júlíusson) na Mostra de São Paulo 2011.
COMPETITIVA OLHARES BRASIL
(Longas)
As Hiper Mulheres (The Hyperwomen)
De Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro
Brasil, 80’, 2011
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.
Prêmios Especial do Júri e Melhor Montagem no Festival de Gramado; Melhor Som no Festival de Brasília; Melhor Documentário no Festcine de Goiânia.
Estradeiros (Wanderers)
De Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Brasil/Argentina, 79′, 2011
Documentário sobre uma tribo nômade que ocorre em grande parte do Brasil e da America Latina. Constituída por indivíduos de diversas origens, os integrantes dessa tribo vestem-se de maneira muito peculiar, com roupas puídas, quase sempre sujas, cabelos desgrenhados e andam a pé. Vendem suas artes em práticos mostruários de tecido que carregam por todos os lugares por onde passam. Road movie filmado no Brasil, Argentina, Bolivia e Peru.
Melhor Filme na Semana dos Realizadores no Rio de Janeiro em 2011; Prêmio Abraccine (Crítica) no Cine PE 2012.
Girimunho (Swirl)
De Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr
Brasil/Espanha/Alemanha, 90’, 2011
Bastú perde o marido Feliciano e busca nos sinais do dia-a-dia e em suas lembranças sentimentos que irão ajudá-la nessa transformação. Maria carrega em seu tambor as tradições de seu povo. Duas senhoras no sertão mineiro fazendo o redemoinho da vida girar.
Prêmio Especial do Júri no Festival de Havana e no Festival Três Continentes, de Nantes.
HU (HU Enigma)
De Pedro Urano e Joana Traub Csekö
Brasil, 78′, 2011
Um edifício partido ao meio: de um lado, o hospital do outro, a ruína. E no horizonte, a Baía de Guanabara, o Rio de Janeiro, a saúde e educação públicas. Inteiramente filmado no monumental, e apenas parcialmente ocupado, prédio modernista do Hospital Universitário da UFRJ. Uma metáfora em concreto armado da esfera pública brasileira.
Tudo Que Deus Criou (All of God’s Creations) – Première mundial
De André da Costa Pinto
Brasil, 105′, 2012
Um órfão, uma senhora cega, e toda responsabilidade de assumir uma família jogados sobre os ombros de um jovem de 23 anos, que passa por um conflito de identidade. O que Deus criou pensando em cada um deles?
COMPETITIVA JANELA INTERNACIONAL
(Curtas)
Beast (Csicska)
De Attila Till
Hungria, 20’, 2011
Balogh, um pequeno agricultor húngaro, domina sua esposa, seus filhos e seu escravo “contratado”. Isolado do resto do mundo em uma fazenda distante, ele tenta manter uma família ideal que formulou a partir de rígidas tradições.
Cross-country (Cross)
De Maryna Vroda
França, 15’, 2011
No início, o garoto é obrigado a correr. Depois, corre por conta própria. Por fim, contempla outra corrida.
Vencedor da Palma de Ouro de Melhor Curta em Cannes de 2011.
It Is Nothing (Ce N’est Rien) – Première Brasil
De Nicolas Roy
Canadá, 14’, 2011
Michel vive com sua filha, Marie. Hoje, suas vidas monótonas se transformam em um drama.
Selecionado à Palma de Ouro de Melhor Curta em Cannes de 2011.
Juku (Juku)
De Kiro Russo
Bolívia/Argentina, 18′, 2011
Cerca de dez mil pessoas entram diariamente na Posokoni, a maior mina de estanho da Bolívia, e fazem seus caminhos pela escuridão primitiva.
July 1st, An Unhappy Birthday (七一生日不快樂) – Première Brasil
De Miao Li
Hong Kong, 25′, 2011
Lau foi com sua namorada, Ranya, na última marcha de 01 de julho, em 2010. Este ano eles vão participar novamente da marcha para celebrar esse encontro, o seu aniversário e protestar contra o governo. Mas algo vai mudar radicalmente este alegre dia.
Late And Deep (Late And Deep) – Première Brasil
De Devin Horan
Noruega/Estados Unidos, 17’, 2011
Escuridão no norte. Ao acordar, claridade. Sob a vastidão do céu, uma noite de corpos tomados por febre. “Late and Deep” é a segunda parte de uma tetralogia que explora os dizeres do escritor existencialista Sadeq Hedayat: “Na vida, é possível tornar-se um anjo, humano ou animal. Eu não tenho nenhuma dessas possibilidades”.
Memórias Externas De Uma Mulher Serrilhada (External Memories of an Aliased Woman)
De Eduardo Kishimoto
Brasil, 15’, 2011
Fragmentos digitais da intimidade de Josi.
Mezanin (Mezzanine) – Première América
De Dalibor Matanic
Croácia, 14′, 2011
Tudo se passa em uma cidade alienada, ditada por princípios impiedosos da sociedade coorporativa, na qual uma jovem mulher aceita ser reduzida a simplesmente carne humana, pois essa é a única forma de existir dentro do jogo da sobrevivência. A mãe encoraja a filha a embarcar nesse mundo impiedoso, mesmo sendo consciente que sua própria filha está sendo irreversivelmente prejudicada. As duas jogam silenciosamente para alcançar seus objetivos.
Narcocorrido (Narcocorrido) – Première Brasil
De Ryan Prows
Estados Unidos, 23′, 2011
O Narcocorrido é uma balada folclórica mexicana criada por presos para mitificar contos que ilustram o decadente tráfico de drogas ocidental moderno. Quando uma policial da fronteira, gravemente doente, detém um carregamento do crime organizado em uma última disputa por sua sobrevivência, ela se vê representada em um Narcocorrido. Será que ela reconhecerá seu desespero diante dos traficantes ou reprimirá seus sentimentos para sobreviver?
One Night With You (Une Nuit Avec Toi) – Première Brasil
De Jeanne Leblanc
Canadá, 13′, 2011
Desde a infância, Samuel sempre foi gordo. Contudo, aos seus 23 anos, suas fantasias são garotas magras. Diante da indiferença de seus desejos inacessíveis, ele tenta recorrer a Emily, uma jovem mulher na mesma situação.
Could See A Puma (Pude Ver Un Puma)
De Eduardo Williams
Argentina, 18′, 2011
Um acidente leva um grupo de garotos dos altos telhados das suas vizinhanças, passando pela sua destruição, às profundezas da Terra.
Tomorrow, Algiers? (Demain, Alger?) – Première Brasil
De Amin Sidi-Boumediène
Argélia, 20’, 2011
Três rapazes discutem sobre a viagem que um de seus amigos irá fazer e sobre um estranho evento que pode acontecer no dia seguinte. No andar de cima, Fouad está fazendo suas malas, sem saber se terá coragem de despedir de seus amigos.
Wind Session Tiger Woman (Wind Session Tiger Woman) – Première Brasil
De Paavo Hanninen
Estados Unidos, 11’, 2011
Um jovem se muda para uma nova cidade somente para constatar que está completamente sozinho. O único contato que ele faz é com uma vizinha de meia idade que vive no andar de baixo. Eles iniciam uma estranha conexão que pode ser mais profunda do que ele deseja.
COMPETITIVA OLHARES BRASIL
(Curtas)
Assunto De Família (Family Affair)
De Caru Alvez de Souza
Brasil, 13′, 2011
Domingo, dia de futebol. A família de Rossi se organiza em torno da TV. Eunice, sua mãe, olha através da janela enquanto Borges, seu pai, e Cauã, seu irmão mais velho, assistem ao jogo. Rossi tenta achar seu lugar na casa.
Dona Sônia Pediu Uma Arma Para Seu Vizinho Alcides (Dona Sonia Borrowed A Gun From Her Neighbor Alcides)
De Gabriel Martins
Brasil, 18′, 2011
Dona Sônia quer vingança.
Entre Nós, Dinheiro (Between Us, Money)
De Renan Rovida
Brasil, 25’, 2011
Churrasco de fim de ano na firma. O que era para ser uma festa é trabalho para os funcionários. As relações mediadas pelo dinheiro e pela exploração se juntam ao discurso democrático do patrão e à sua própria ilusão no crescimento econômico do país. Trabalhando, é possível enriquecer? Um dia de “festa” na periferia do Capital.
Na Sua Companhia (By Your Side)
De Marcelo Caetano
Brasil, 21’, 2011
A noite e a solidão estão cheias do diabo. Ai chega você. E a agridoce vida.
Oma (Oma)
De Michael Wahrmann
Brasil, 22′, 2011
Ela fala alemão, eu falo espanhol. Ela não escuta, eu não entendo.
Praça Walt Disney (Walt Disney Square)
De Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Brasil, 21′, 2011
Uma abordagem diferente sobre a vida urbana contemporânea que reflete a sociedade brasileira. O documentário descreve ao mesmo tempo um bairro, um cidade e um país. O lugar real: Boa Viagem, Recife, Pernambuco, Brasil.
Realejo (Barrel organ)
De Marcus Vinicius Vasconcelos
Brasil, 13’, 2011
A cada lua cheia, um realejo mágico decide o futuro de todos os habitantes de um misterioso planeta. Um desses seres, cansado desta rotina opressora, fará o impossível para mudar sua realidade.
Vereda (Pathway) – Première Mundial
De Diego Florentino
Brasil, 20’, 2012
O pescador paira sobre a correnteza e sobrevive das sobras do amor gasto. Toma pra si a beleza que o mar revolto lhe deu em troca de sua vida.
MOSTRA OUTROS OLHARES
(Longas)
Either Way (Á Annan Veg) – Première América do Sul
De Hafsteinn Gunnar Sigurdsson
Islândia/Reino Unido, 84’, 2011
Em algum lugar remoto no norte da Islândia, dois funcionários de uma administradora de rodovias, Finnbogi e Alfred, passam o verão pintando faixas nas imensas estradas. Tendo somente um ao outro como companhia, esse local inóspito torna-se um lugar de aventuras, desastres e descobertas.
Gangster Project (Gangster Project) – Première América do Sul
De Teboho Edkins
Alemanha/África do sul, 54’, 2011
Na Cidade do Cabo, um jovem branco estudante de cinema decide sair do conforto de seu bairro seguro. Ele quer fazer um filme de gângster, com bandidos reais. Após uma longa busca por um personagem interessante, ele acha a gangue perfeita e entra em sua rotina. A realidade logo aparece e a vida claustrofóbica dos traficantes não corresponde exatamente às suas expectativas.
Gesto (Sign) – Première Brasil
De António Correia
Portugal, 80’, 2011
Portador de deficiência auditiva profunda, o jovem António quer estudar cinema e fazer filmes para todos, surdos e ouvintes. Vive o primeiro amor com Irina, uma jovem surda, que não compreende o fato de António querer sair da escola e do país. Pela primeira vez na vida, o mundo de António está desabando.
I’m A White Mercenary (Man Yek Mozdore Sefid Hastam) – Première América
De Taha Karimi
Iraque, 63’, 2012
Saeid Jaf, um comandante mercenário do Partido Baath, do Iraque, está sendo julgado no Tribunal iraquiano, acusado de participar do genocídio de Anfal, contra os países curdos.
Olhe Para Mim De Novo (Look At Me Again)
De Claudia Priscilla e Kiko Goifman
Brasil, 77’, 2011
Syllvio Luccio atravessa os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Pelo caminho, encontra uma família com doença genética, uma mãe que recorreu ao DNA para saber se seu filho – já com 33 anos – foi trocado na maternidade, e uma família de albinos.
Siberia (Sibérie) – Première Brasil
De Joana Preiss
França, 81’, 2011
Um casal faz uma longa viagem pela ferrovia Transiberiana. Equipado com câmeras digitais, eles registram sua cumplicidade e falhas, controlam suas fraquezas e confissões, diante de um território frio e infinito. É a ocasião para pôr seu amor à prova do isolamento, do desconhecido e do cinema.
The Bird (L’oiseau)
De Yves Caumon
França, 90’, 2011
Anne é discreta, secreta, um mistério para si mesma. Não tem amor, não sente emoções e isso a deixa bem. Anne passou por uma provação, mas não perdeu a cabeça. Ela pôs-se em quarentena, está fazendo o caminho de volta rio acima, refazendo sua jornada, levando uma coisa de cada vez, esperando a alegria voltar.
The Sleeping Girl (Das Schlafende Mädchen) – Première Brasil
De Rainer Kirberg
Alemanha, 105′, 2011
Dusseldorf, Alemanha, começo dos anos 1970. Hans, um jovem e introvertido estudante de artes, conhece Ruth, uma jovem vagante em um parque. Fascinado, Hans faz dela a inspiração de suas obras e a leva para viver em seu estúdio. Ruth rapidamente se insere no cenário artístico, Hans, temendo que a situação saia de seu controle, a tranca. Ele acredita que pode estudar os mistérios da garota dentro de seu estúdio, e confunde arte e vida real.
Twiggy (La Brindille) – Première América do Sul
De Emmanuelle Millet
França, 85’, 2011
A jovem Sarah vive em um albergue e não tem emprego fixo. Quando ela decide que quer conseguir um emprego estável, descobre que está grávida. Em choque, fica dividida entre aceitar sua gravidez inesperada e seu desejo de crescer profissionalmente.
Viagem a Portugal (Journey to Portugal)
De Sérgio Tréfaut
Portugal, 75’, 2011
Maria, uma médica ucraniana, chega ao aeroporto de Faro, em Portugal, com um visto de turismo. Entre todos os passageiros do seu avião, Maria é a única a ser detida e interrogada pela Imigração. A situação piora quando a polícia percebe que o homem que espera Maria no aeroporto é senegalês. Filme inspirado numa história real.
Prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante (Isabel Ruth) no Festival de Coimbra.
Vikingland (Vikingland) – Première Brasil
De Xurxo Chirro
Espanha, 100′, 2011
Marinheiros galegos trabalham em uma balsa que atravessa da cidade de Romo (Dinamarca) para a ilha de Sylt (Alemanha). Um deles compra uma câmera de vídeo e começa a gravar sua vida cotidiana e a vida de seus companheiros, durante suas passagens no meio de Inverness (Reino Unido). Documentário sobre a imigração galega no norte da Europa.
MOSTRA NOVOS OLHARES
(Longas)
Between Us (Entre Nosotros) – Première America
De Paloma Aguilera Valdebenito
Holanda, 50’, 2011
Um grupo de amigos e familiares da América do Sul se encontram num pequeno apartamento em Amsterdam, para uma festa de despedida. A festa é para Diego, que retornará ao Chile com seu filho depois de uma visita de um mês ao seu irmão Pablo, que vive ali com sua mulher, holandesa, e sua filha desde que deixou seu país no final dos anos 70.
Melhor Ficção no Festival de Biarritz.
Monika (Monika) – Première Internacional
De Christian Werner
Alemanha, 53’, 2011
Monika quer tirar sua carteira de motorista. Porém, uma arriscada cirurgia a deixa cega. Sua mãe, fragilizada, não suporta ver a filha assim. Monika junta forças e luta por sua independência, começa a estudar fisioterapia e descobre uma nova maneira sensitiva para se conectar com o mundo.
Para Além Das Montanhas (Yama No Anata / Beyond The Mountains) – Premiere América
De Aya Koretzky
Portugal, 59′, 2011
“Submerjo nas paisagens de Mondego, local onde vim morar com os meus pais quando criança, deixando para trás Tóquio, a cidade onde nasci. Através da leitura de cartas que troquei com amigos e família que ficaram no Japão, reflito sobre a nossa vinda para Portugal e relembro o passado na tentativa de reter a memória efêmera, numa viagem com os espíritos que permanecem comigo.” Aya Koretzky
The Lifeguard (El Salvavidas) – Première Brasil
De Maite Alberdi
Chile, 70’, 2011
Mauricio é um salva-vidas que evita entrar no mar. Ele acredita que um bom salva-vidas aplica medidas preventivas. Mas ninguém quer fazer o que Mauricio pede, e ele também não quer se arriscar por ninguém.
MIRADA PARANAENSE
(Longa)
Iván – De Volta Para O Passado (Iván – Back To The Past)
De Guto Pasko
Brasil, 109’, 2011
Em 1942, Iván Bojko foi arrancado de sua aldeia natal na Ucrânia pelos nazistas e levado para trabalho forçado. Em 48 ele imigrou para o Brasil e nunca mais conseguiu voltar para a Ucrânia. 68 anos depois, o filme documenta o retorno de Iván Bojko a sua terra natal, aos 91 anos.
MIRADA PARANAENSE
(Curtas)
In (In)
De Bruno de Oliveira
Brasil, 10’, 2012
Lembranças do ano de 1997.
Entre Lá e Cá (Here and There)
De Heloisa Passos
Brasil, 18′, 2012
Carol, Amanda, Talia, Juli, Larissa e Morgana vivem na Ilha de Amparo, em frente ao Porto de Paranaguá. À margem da censura adulta, essas meninas trocam pequenos segredos de amor, fazem confidências e declaram seus desejos adolescentes.
O Descarte (The Disposal)
De Carlon Hardt e Lucas Fernandes
Brasil, 17’, 2011
Eduardo, um curitibano típico dos anos 90, é surpreendido quando a mulher com quem compartilha um quarto de motel tenta subitamente assassiná-lo. Na busca por entender por que querem matá-lo, ele acaba se envolvendo em uma trama policial regada a sexo, violência e sacanagem.
Ovos De Dinossauro Na Sala De Estar (Dinosaur Eggs In T He Living Room)
De Rafael Urban
Brasil, 12’, 2011
A alemã Ragnhild Borgomanero, de 77 anos, estudou fotografia digital e fez cursos de Photoshop e Premiere para manter viva a memória de seu falecido esposo, Guido, com quem reuniu a maior coleção particular de fósseis da América Latina.
Se Você Deixar O Coração Bater Sem Medo (If You’d Set Your Heart Fearlessly Beating)
De Tamiris Spinelli
Brasil, 7’, 2012
Se você soltar o pé na estrada, eu danço com você o que você dançar.
RETROSPECTIVA JOHN CASSAVETES
SOMBRAS (Shadows, 1959) – 35MM – 87’.
A bela morena Lelia (Leila Goldoni) se apaixona pelo branco Tony (Anthony Ray). Um romance que a Nova York dos anos 50 ainda não estava preparada para aprovar. Vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Veneza.
FACES (Faces, 1968) – 35MM – 130’.
A desintegração do casal Richard (John Marley) e Maria Forst (Gena Rowlands) parece inevitável. Ambos entram em rota de colisão após Richard conhecer a bela Jeannie (Gena Rowlands), e Maria se envolver com Chet (Seymour Cassel). Adaptado da peça teatral do próprio cineasta, “Faces” foi indicado a três Oscars: Melhor Roteiro Original, Melhor Ator Coadjuvante (para Seymour Cassel) e Melhor Atriz Coadjuvante (para Lynn Carlin).
UMA MULHER SOB INFLUÊNCIA (A Woman Under the Influence, 1974) – 35MM – 155’.
Pressionada pela falta de dinheiro, abatida e emocionalmente fragilizada, Mabel (Gene Rowlands) é ameaçada pelo próprio marido Nick (Peter Falk), que pretender interná-la num manicômio. Considerada uma das maiores obras-primas de Cassavetes, “Uma Mulher Sob Influência” recebeu duas indicações ao Oscar: Melhor Atriz e Melhor Direção.
MORTE DE UM BOOKMAKER CHINÊS (The Killing of a Chinese Bookie, 1976) – 35MM – 108’.
Endividado e desesperado, Cosmo Vitelli (Ben Gazarra) só tem uma maneira de pagar sua dívida com a Máfia: se envolver no submundo do crime e tornar-se um assassino. Ainda que não esteja creditado, Martin Scorsese é um dos autores do argumento original do filme.
NOITE DE ESTRÉIA (Opening Night, 1977) – 35MM – 144’. A consagrada atriz Myrtle Gordon (Gena Rowlands) sofre um trauma na noite de estreia de sua nova peça: uma fã morre e Myrtle se sente culpada, o que desencadeia uma forte crise de loucura e alucinações. O filme rendeu a Gena Rowlands o Urso de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Berlim.
Conheça as Mostras e Premiações:
Para Longas Metragens (acima de 50 minutos):
Competitiva Janela Internacional de Longa Metragem – Para filmes brasileiros e internacionais. Concorre ao “Prêmio Olhar” de R$ 10.000.
Competitiva Olhares Brasil de Longa Metragem – Para filmes brasileiros e de diretores estrangeiros residentes no Brasil há pelo menos 2 anos. Concorre ao “Prêmio Olhar” de R$ 7.000.
Novos Olhares – Para 1º.s ou 2º.s filmes de cineastas brasileiros e internacionais.
Outros Olhares (Não Competitiva) – Breve panorama de propostas cinematográficas do Brasil e do mundo.
Mirada Paranaense (Não Competitiva) – Para filmes de cineastas paranaenses ou residentes no Paraná há pelo menos 2 anos.
Para Curtas Metragens (até 25 minutos):
Competitiva Janela Internacional de Curta Metragem – Para filmes brasileiros e internacionais. Concorre ao “Prêmio Olhar” de R$ 4.000.
Competitiva Olhares Brasil de Curta Metragem – Para filmes brasileiros e de diretores estrangeiros residentes no Brasil há pelo menos 2 anos. Concorre ao “Prêmio Olhar” de R$ 2.5000.
Mirada Paranaense (Não Competitiva) – para filmes de cineastas paranaenses ou residentes no Paraná há pelo menos 2 anos.
Haverá também Prêmios do Público, da Crítica, e o Prêmio Aquisição RPC no valor de R$10.000 para um curta da Mirada Paranaense.
Além de debates, oficinas e seminários que promoverão um intenso intercâmbio de idéias entre o público, estudantes e cineastas brasileiros e internacionais.