Orgulho e Preconceito

Jane Austen, ao escrever “Orgulho e Preconceito”, em 1797, não imaginava a magnitude que o livro teria ao longo de dois séculos.

Além de ser considerada como uma das três maiores figuras da literatura inglesa, ao lado de William Shakeaspeare e Oscar Wilde, Jane Austen representa um exemplo de escritora cuja vida protegida e recatada em nada reduziu a estatura e o dramatismo da sua ficção. O livro foi lançado em 28 de janeiro de 1813, após a venda dos direitos autorais do livro para o editor Thomas Egerton, de Whitehall, por £110.

Jane Austen começou seu segundo romance, “Orgulho e Preconceito”, antes de completar seus 21 anos de idade. Assim como em outras obras de Austen, o livro, publicado em 28 de janeiro de 1813, é escrito de forma satírica, transcendendo o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentrando nas relações psicológicas, e com isso, demostrando como o autoconhecimento pode interferir nos julgamentos errôneos feitos a outras pessoas.

Jane Austen revela ainda certas posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e satírico ao livro.

As emoções e os sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de Jane Austen, visto que se apresentam encobertos nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa apresenta sua grande habilidade em expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz e transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo ao mesmo tempo simples e espirituoso.

O tema assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para a caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.

O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.

Considerado a obra prima de Jane Austen, “Orgulho e Preconceito”, que completa 200 anos em 28 de janeiro de 2013, ganhou diversas versões para o cinema e televisão, sendo a mais recente lançada em 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais.

Orgulho e Preconceito
Edição de luxo bilíngue em capa dura – português/inglês
Autora: Jane Austen
Editora: Landmark

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