Festival realiza exposição do cineasta Apichatpong Weerasethakul

O festival Fluxus realiza em Belo Horizonte, de 3 de julho a 1º de setembro, uma exposição com as obras do premiado cineasta e artista tailandês Apichatpong Weerasethakul. Inteiramente dedicada à obra de Weerasethakul, a exposição está centrada na exibição de Hotel Mekong (2012), último trabalho do diretor lançado no Festival de Cannes em 2012 e que terá distribuição no Brasil pela Zeta Filmes, além de sete curtas-metragens assinados por ele.

Para a exibição de Hotel Mekong uma sala de cinema não-convencional foi criada no espaço expositivo. O filme traz personagens entre o real e o fantasmagórico, nos quartos de um hotel vazio à beira do Rio Mekong. Nele, está o próprio diretor, que investe nos relatos orais de personagens locais, compondo uma música com Chai Bhatana, em uma espécie de ensaio metalinguístico, que segue o curso do filme-rio.

Apresentados simultaneamente à Hotel Mekong, estarão sete filmes curtos do artista, dispostos cenograficamente, em telas grandes distribuídas no mesmo espaço. São eles: Cactus River (2012), Ashes (2012), Uma Carta para o Tio Boonmee (2009), Vampiro (2008), Pessoas Luminosas (2007), Esmeralda (2007) e O Hino (2006).

Apichatpong Weerasethakul é considerado uma das vozes mais originais do cinema atual. Nascido em Bangok, em 1970, seus seis longas, diversos curtas e instalações lhe renderam reconhecimento internacional e numerosos prêmios em festivais de todo o mundo. Com o filme Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas, Weerasethakul ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 2010. Seu trabalho anterior Síndromes e um Século (2006) foi eleito, no final de 2009, por mais de 60 curadores, historiadores de cinema, arquivistas e programadores como o melhor filme da década numa votação organizada pelo TIFF (Toronto International Film Festival) Cinematheque. Tropical Malady, seu filme de 2004, recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes; e Blissfully Yours recebeu o Prêmio Un Certain Regard, em Cannes 2002.

Weerasethakul começou a fazer filmes e vídeos em 1994 e completou o seu primeiro longa em 2000. Suas obras não-lineares, líricas e, muitas vezes, fascinantemente misteriosas lidam com a memória e invocam, de maneira sutil, questões sociais e de política pessoal. Trabalhando de forma autônoma, ele se dedica a promover o cinema experimental e independente por meio de sua produtora, fundada em 1999: Kick the Machine Films.

Weerasethakul tem realizado, também, desde 1998, exposições e instalações em diversos países. Suas instalações incluem o projeto em telas múltiplas, intitulado Primitive (2009). Além de fazer parte de coleções de vários museus importantes, esse projeto foi apresentado em diversos locais, tais como: a Haus der Kunst de Munique, o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris e o New Museum de Nova York. Em 2012, apresentou uma instalação na Documenta de Kassel. Seus projetos mais recentes incluem filmes online para o Mubi (Ashes, 2012) e para o Walker Art Center dos Estados Unidos (Wonders of the World, 2012).

 

Fluxus: Apichatpong Weerasethakul
De 3 de julho a 1 de setembro
Local: Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro – Av. Afonso Pena, 4001 – Mangabeiras – BH
Horários: Terça a Sábado de 11h às 21h e Domingo de 11 às 19h.
Entrada Franca
Classificação Indicativa – Livre
Maiores Informações: www.fluxusfestival.com, twitter: @fluxus_festival e facebook.com/fluxusfestival

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