Filme para ouvir

“Íris”, novo curta-metragem de Kiko Mollica, lançado no último Cine PE, de onde saiu com os prêmios de melhor roteiro e prêmio especial da crítica (Abraccine), tem o amor como tema central, protagonizado pelos atores Isabel Teixeira e Laerte Melo. Aquele velho ditado que diz que o amor é cego foi a inspiração para desenvolver a história de Cecílio e Íris.

Pouco se vê e muito se escuta ao longo do curta, isto porque o filme é narrado sob o ponto de vista do protagonista que não enxerga muito bem. A fotografia foi, portanto, uma das preocupações de Kiko, que junto com Zé Bob (José Roberto Eliezer) se jogaram numa pesquisa intensa antes das filmagens. “Sabíamos que a captação seria trabalhosa, pois o filme, além de ser todo um subjetiva do personagem, é uma sucessão de planos-sequência”, explica Kiko, que ainda credita o resultado do trabalho ao colorista Marco Oliveira que afinou cores, texturas e contrates.

Realizado pelo edital da prefeitura de São Paulo, onde o diretor mineiro e repórter do Canal Brasil está radicado, o terceiro curta de Kiko teve origem a partir de um conto de José Roberto Torero, que assina o roteiro. “Quando o edital estava aberto para inscrições, perguntei ao Torero se ele não tinha algum roteiro para inscrevermos (havíamos acabado de fazer um telefilme para a TV Cultura e animados com a parceria que deu muito certo lá). Ele disse que sim e me mandou o roteiro do “Íris” tal como foi filmado.”

Kiko agora se prepara para se lançar no longa, com um projeto sobre a produtora Olhar Eletrônico, que existiu na década de 80 sob o comando de Fernando Meirelles e Marcelo Machado, hoje integrantes da O2 Filmes, e que revolucionou a televisão brasileira na época. O filme está em fase de pesquisa.

O diretor pretende ainda transformar um programa que fez para a TV sobre o David Cardoso em longa-metragem, abordando um tema que também esteve presente num de seus curtas, “Soberano”, sobre o cinema da Boca do Lixo.

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