Começa o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo

A 24ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo abre nesta sexta-feira, dia 23, a sua programação para o público, e segue até o próximo dia 30. Neste primeiro dia do evento, serão exibidos filmes de suas tradicionais mostras Internacional, Latino-americana, Brasil e Panorama Paulista e seus Programas Especiais em seis salas da capital: MIS – Museu da Imagem e do Som, CineSesc, Espaço Itaú Augusta, Cinemateca Brasileira, Cine Olido e Centro Cultural São Paulo.

A programação desta sexta-feira também destaca dois eventos paralelos. Às 18h, no MIS, acontece um debate com integrantes do Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação). O grupo de ativismo sociopolítico, que usa a internet e as redes sociais para divulgar notícias, sendo uma alternativa à “imprensa tradicional”, ficou conhecido no país (e no mundo) ao transmitir os protestos iniciados em junho que se espalharam por todo o Brasil. O bate-papo terá como porta-voz Bruno Torturra, que participou recentemente do programa Roda Viva, da TV Cultura, numa entrevista polêmica.

E a partir das 20h, também no MIS, acontece a 2ª edição do CineCicletada, uma atividade que combina passeio ciclístico e exibição de curtas-metragens ao ar livre. O trajeto termina na Cinemateca Brasileira, aonde, além de projeção de filmes, haverá discotecagem do DJ Tatá Aeroplano. As projeções ficarão a cargo do projeto Cine Solar, uma iniciativa da Brazucah, que conta com um furgão equipado com placas solares capazes de gerar toda a energia necessária para a exibição.

Um dos atrativos da edição 2013 é o programa “Cinema do Desbunde”, que contempla dois programas retrospectivos de curtas experimentais realizados em Super-8 durante a década de 1970 e o programa “Tomada Única”, que convidou realizadores brasileiros atuais para produzir filmes de 3 minutos em Super-8, que serão exibidos pela primeira vez no Festival.

Entre os destaques dos programas “Cinema do Desbunde”, estão o curta “O Rei do Cagaço”, de Edgard Navarro, “Gato/Capoeira”, de Mario Cravo Neto, “Jimi Gogh”, do coletivo carioca composto, entre outros, pelo então jovem universitário Arnaldo Antunes, e “Memória da Memória”, o filme mais recente de Paula Gaitán, que estreará no Festival.

O projeto “Tomada Única” traz produções de realizadores como o artista plástico Nino Cais, os jovens curta-metragistas Daniel Lisboa, Anita Rocha da Silveira, Gustavo Vinagre e Leonardo Mouramateus, e da documentarista Claudia Priscilla, em parceria com o diretor e roteirista Hilton Lacerda e o realizador Rodrigo Bueno. Os filmes têm curadoria dos realizadores Hilton Lacerda, Marcelo Caetano e Fabio Allon.

Já o programa “Estado Crítico – Direitos Humanos e suas Representações” reúne curtas brasileiros recentes que abordam questões sociais e humanas prementes, como a própria questão do transporte público, tão discutida durante as manifestações, a ineficiência da justiça, o problema do crack nas grandes cidades, a violência contra a mulher, o descaso com a saúde dos idosos e a deficiência auditiva. São documentários e ficções que chamaram a atenção da curadora e diretora Renata Druck por sua linguagem e forma de abordar os problemas.

Programação brasileira

Os programas brasileiros estão divididos nas “Mostras Brasil”, “Panorama Paulista”, “Cinema em Curso”, “Mostra KinoOikos” e “Oficinas Kinoforum”.

Na “Mostra Brasil”, serão apresentados 58 curtas selecionados entre os 567 inscritos, vindos de mais de 25 estados e também de brasileiros que filmaram no exterior. Assim como as paisagens e as regionalidades brasileiras, os filmes são múltiplos e abordam temas e situações que demonstram uma proximidade estreita dos realizadores com a realidade imediata, um aprofundamento das relações humanas e suas idiossincrasias.

Entre as estreias, estão o curta “Nascemos Hoje, Quando o Céu Estava Carregado de Ferro e Veneno”, da dupla Marco Dutra e Juliana Rojas, diretores do longa-metragem “Trabalhar Cansa”, que estreou no Festival de Cannes. O novo curta é uma ficção científica romântica, protagonizada por um casal que decide fugir para o espaço. “Quase Consolação”, da diretora paulista Amina Jorge, vencedora do Prêmio Revelação de 2012 – prêmio oferecido pelas empresas apoiadoras do Festival para o diretor do melhor curta, que recebe recursos para produzir seu próximo filme. Amina conta a história de uma médica legista em seu último dia de trabalho.

Diretores que sempre marcam presença no Festival, como o paraibano Torquato Joel e o carioca Bruno Vianna, também apresentam seus novos trabalhos. Joel traz “Transmutação” e Bruno apresenta “The Ruin Machine”, filme em coprodução com o Reino Unido que traça um paralelo entre as intervenções urbanas feitas em Londres e no Rio no âmbito das Olimpíadas.

O “Panorama Paulista” apresenta cinco programas de curtas-metragens paulistas da safra 2012-2013. A produção selecionada inclui filmes realizados por talentos promissores, iniciantes, diretores já consagrados e alunos de escolas de audiovisual. Tão variadas quanto as opções e questões propostas pela cidade são as temáticas e estéticas dos filmes reunidos.

“O Proustiano de Osasco”, de Marcos Katudjian, é uma das estreias. O documentário apresenta Necésio Pereira, um trabalhador que passa quatro horas diárias no ônibus para ir e voltar do trabalho. No trajeto, ele lê “Em busca do tempo perdido”, de Marcel Proust. Outra estreia é “O homem Sensorial”, de Eugênio Puppo, conta a história de Gunnar, um homem que tenta estabelecer uma relação com o lugar que habita, mas vê seus planos serem alterados por uma inesperada visita.

“O Sol pode Cegar”, do jovem Toti Loureiro, estudante da FAAP, discute a primeira relação sexual de um adolescente com a empregada doméstica da família e todos os preconceitos que a questão suscita. O cadeirante Evandro, protagonista do curta “Sobre Chás e Vinhos”, de Lucas Barão, também vê sua vida mudar com a chegada de uma empregada doméstica, que traz o filho pequeno para o trabalho. Ambos também fazem sua estreia do Festival.

A mostra “Cinema em Curso” apresenta 15 filmes destacados por escolas de audiovisual do Estado de São Paulo. São produções da ECA-USP, FAAP, Universidade Federal de São Carlos, Unicamp, Anhembi Morumbi e Centro Universitário Senac.

Entre os destaques estão o documentário “O Pracinha de Odessa”, um curta de Luis Felipe Labaki (ECA-USP) sobre o ensaísta e tradutor Boris Schnaiderman que reflete sobre sua vida desde a infância em Odessa, sua participação na Segunda Guerra Mundial e sua obra no Brasil. Outra estreia é “A Sentença de Shenlong”, de Helena Prado (FAAP), um filme de gênero totalmente falado em chinês, que conta a história de um homem que deve matar um dragão.

A mostra “KinoOikos” este ano terá duas versões: os 54 filmes produzidos em oficinas e projetos de inclusão audiovisual e também por ex-integrantes estão à disposição do público na Mostra Online, no site www.kinooikos.com, para visualização e votação. Oito desses filmes foram selecionados para exibição em uma sessão do Festival, que reúne trabalhos de várias regiões do Brasil, abordando temas como as mudanças da comunidade em torno da construção do Itaquerão, a vida de uma garota sonhadora na aridez nordestina e as trapalhadas de dois indígenas de etnias diferentes que resolvem pescar juntos.

A produção do projeto “Oficinas Kinoforum”, atividade realizada pela Associação Cultural Kinoforum, também será exibida. O programa conta com os curtas produzidos na edição 2012 do projeto, que teve o patrocínio da Avon e foi totalmente dedicada às mulheres. Os 12 curtas realizados por equipes femininas discutem os mais diversos aspectos da condição da mulher brasileira atual, da violência doméstica à falta de moradia até a relação mãe e filha.

O programa se completa com os três curtas inéditos do Módulo II, realizados em julho e agosto de 2013. A realização dessa nova edição é resultado de uma parceria com a Prefeitura de São Paulo. A oficina foi realizada na Praça das Artes, junto ao Teatro Municipal de São Paulo, um novo espaço cultural da cidade.

Programação internacional

A “Mostra Internacional” apresenta este ano 58 produções de todos os continentes, selecionados a partir de mais de três mil curtas-metragens inscritos. A safra 2012-2013 é diversificada, e a seleção que será exibida traz filmes de realizadores de todas as idades, entre os quais, muitos talentos promissores das principais escolas de cinema do mundo.

Destacam-se este ano os filmes do Oriente Médio e África, especialmente em relação às questões do feminino. Mulheres fortes, quase rebeldes, mostram sua presença marcante. É o caso de “Yellow Fever”, uma coprodução Quênia-Reino Unido da diretora Ng’endo Mukii, que explora a autoimagem de mulheres africanas e a busca insana pela beleza exposta pela mídia. O filme foi o vencedor de vários festivais na África e também no Festival de Oberhausen, na Alemanha.

A tradição árabe é posta em discussão no filme “Onde Fica meu Pudor”, de Sébastien Bailly, sobre uma garota árabe que estuda história da arte na França. Uma mulher madura no Líbano também enfrenta as tradições em “Abu Rami”, de Sabah Haider, depois de descobrir que seu marido tem uma amante. Já o curta “Nation Estate” propõe, de uma forma bem-humorada, resolver o conflito árabe-palestino com a construção de um arranha-céu colossal que abrigue toda a população palestina. A produção de Larissa Sansour também foi premiada no Festival de Oberhausen.

O brasileiro radicado na Espanha Sergio Oksman é o responsável por uma das mais marcantes produções deste ano, o premiado curta “Uma História para os Modlins”, que investiga Elmer Modlin, um dos atores do filme “O Bebê de Rosemary”, que fugiu com sua família e permaneceu trancado em um apartamento escuro por 30 anos. O filme ganhou o Prêmio do Público no Festival de Clermont-Ferrand, na França, entre vários outros.

Em cinco programas e 27 filmes, a “Mostra Latino-americana” traz este ano uma coleção de filmes com temáticas incomuns e olhares heterodoxos. Grande parte vem da Argentina, que colabora com filmes cheios de bom humor, com um divertido cinismo diante do comportamento humano e da realidade atual. A crise por que passa o país é mencionada de leve em “O Último Churrasco”, do estreante Julen Laburu, no qual o protagonista – responsável por pilotar a parrilla em churrascos semanais com os amigos há muito tempo – avisa os companheiros que vai se mudar para os Estados Unidos.

Outro aspecto a destacar é a sensação de deslocamento gerada por filmes de cineastas desgarrados: uma boliviana na Bélgica (“Memento Mori”, de Daniela Wayllace), um argentino na China (“Todavía Trabajando”, de Esteban Argüello) e um mexicano na Alemanha (“Reality 2.0”, de Victor Orozco) apresentam obras de alguma forma afetivas, mas bastante sóbrias, voltadas a seus países de origem.

Do Chile – que também sempre comparece com uma filmografia forte – vêm obras marcadas pela crítica social, refletindo o esmagamento do indivíduo diante da ação das grandes corporações e do panorama econômico atual. A programação se completa com filmes da Colômbia, Uruguai, Peru, Venezuela e Cuba.

Programação especial

A seleção da “Semana da Crítica do Festival de Cannes” vem este ano em sua íntegra, com os 10 curtas selecionados pelos críticos presentes à edição 2013 do festival francês. Entre eles, o brasileiro “Pátio”, do curitibano Aly Muritiba, e “Vikingar”, de Magali Magistry, uma coprodução entre Islândia e França. Da França também vem uma seleção de curtas produzidos com o apoio da Agência Francesa do Curta-metragem, instituição que completa este ano 30 anos de trabalho em prol do formato. São sete filmes emblemáticos que contemplam várias fases de produção e atuação da Agência, com produções de realizadores como Jean-Pierre Jeunet, Jean-Gabriel Périot e Konstantin Bronzit. O curador da mostra, Fabrice Marquat, estará no Brasil para apresentar o programa graças ao apoio do Cinusp e da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.

Duas homenagens também integram a programação, destacando as obras de personalidades falecidas recentemente. O olhar do diretor de fotografia Aloysio Raulino (1947-2013), presença constante no Festival não só nos créditos de dezenas de curtas que fotografou em sua carreira como nas salas de exibição desde a primeira edição do evento, é representado aqui por cinco filmes realizados por cineastas e produtores ligados ao Festival, bem como a produção “Maracatu”, de Gustavo Raulino, filho do homenageado.

A mostra “Black Brasil”, por sua vez, homenageia o diretor, ator e ativista do movimento negro Zózimo Bulbul (1937-2013). Segundo o curador da mostra, o diretor Jeferson De, “é com ele e através dele que se instaura o debate a respeito da existência de um ‘cinema negro’”. Ator do clássico de Glauber Rocha “Terra em Transe”, dirigiu vários filmes – entre eles sua obra-prima, “Alma no Olho”, que será exibida no Festival e também criou o Centro Afro Carioca de Cinema, que além de preservar a memória do cinema brasileiro promove anualmente encontros de realizadores afrodescendentes.

O realizador paraibano radicado em Minas Gerais Dellani Lima traz sua visão multimídia e minimalista em “A Arte do Mínimo”, com sete filmes de sua autoria. Dellani transita pelo vídeo e pela música, em todos os formatos, usando técnicas de manipulação digital e gravação em baixa resolução e fidelidade, com um olhar sempre voltado à busca da força poética da imagem na vida cotidiana.

A cada ano, o Festival destaca a programação de festivais parceiros com uma seleção de filmes relacionados a eles. Este ano, será apresentada uma seleção de filmes latino-americanos apresentados no Libercine – festival argentino dedicado ao cinema sobre diversidade sexual e de gênero. O grande destaque é o primeiro curta-metragem da diretora Lucrecia Martel, “La Otra”, um registro sobre travestis e transformistas na Argentina dos anos 1980.

Outro parceiro convidado é o Festival do Minuto, que apresenta os 63 filmes premiados ao longo de 2012 na mostra “Melhores minutos de 2012”. Criado por Marcelo Masagão, o festival reúne filmes de um minuto produzidos em todo o mundo e votados pelo público online.

Em “Por uns Minutos a Mais”, os coordenadores das mostras Internacional, Latino-americana e Brasil oferecem ao público a possibilidade de assistir a três curtas pouco ortodoxos, que desafiaram o regulamento do Festival estourando a duração permitida. O mexicano “Para Armar um Helicóptero”, de Izabel Acevedo, foi o vencedor do Festival de Clermont-Ferrand com a história de um jovem que vive com imigrantes rurais em um apartamento e passa o tempo todo jogando videogame, até que uma tempestade corta a energia do prédio e ele precisa encontrar uma solução.

Os 10 curtas vencedores do projeto “CrieCurta” estão reunidos na mostra de mesmo nome. O CrieCurta é um concurso de roteiros promovido pela produtora Brasileira Filmes, que em sua segunda edição recebeu mais de 300 roteiros de publicitários de todo o Brasil. Os dez vencedores foram realizados e fazem aqui sua estreia.

O projeto carioca “Cachaça Cinema Clube” vem mais uma vez a São Paulo com filmes que abordam a essência do povo brasileiro. O programa começa com um documentário de Glauber Rocha sobre o escritor Jorge Amado, passa por “Tabu”, de 1949, em que uma bailarina interpreta um mito do Alto Amazonas, chega a Pernambuco com “Faço de Mim o que Quero”, de Petronio Lorena, e termina no Parque Nacional do Xingu, em “Cidadão Jatobá”, de Maria Luiza Aboim.

A mostra “Dark Side”, que seleciona os principais destaques entre os filmes inscritos com a temática do horror, este ano tem a curadoria do diretor Rodrigo Aragão. Os filmes trazem seus temas favoritos: monstros, assassinatos, demônios, zumbis, gritos histéricos e heróis inesperados.

No outro extremo, os filmes inscritos também rendem os quatro programas da “Mostra Infantojuvenil”, outra tradição do Festival de Curtas. Dois programas são dedicados a crianças de 6 a 10 anos (programas infantis) e outros dois a jovens de 10 a 14 anos (programas juvenis). Uma atividade especial também foi programada para divertir a criançada e explorar as inúmeras facetas do audiovisual. O tema este ano é o som. No dia 25 de agosto, às 15h, começa a Oficina de Percussão em Sucata, que será ministrada pelo músico Loop B, com instrumentos feitos de material reciclável e sensibilização sobre a importância do som e das trilhas sonoras no cinema.

Atividades paralelas

Os debates que serão realizados após as sessões da mostra “Estado Crítico” fazem parte do projeto piloto da atividade “Kino Ação e Pensamento”, que tem como objetivo promover a reflexão sobre a realidade atual por meio do audiovisual. Além da exibição dos filmes e dos debates nas salas do Festival, também acontecem debates promovidos por instituições parceiras em comunidades na cidade de São Paulo. No dia 24 de agosto, às 17h, é a vez do Movimento de Defesa do Favelado, da Vila Alpina (ZL), abrigar as discussões. A Editora Filoczar, do Parque Santo Antonio (ZS), promove um encontro no dia 25 de agosto, às 17h.

Também serão realizadas uma série de exibições em vários locais da cidade, em uma programação especial escolhida pelo Festival e por seus parceiros. De 22 a 24 de agosto, às 19h, acontecem sessões na ONG Capão Cidadão, no Capão Redondo. No dia 31 de agosto, é a vez do Coletivo Ecoinformação, com uma sessão às 19h, na Vila Prudente.

E de 26 de agosto a 1º de setembro acontece o “Circuito Municipal de Cultura – Cine Kinoforum”, em parceria com a Secretaria de Cultura do Município de São Paulo. Sessões especiais do Festival de Curtas serão levadas para quatro Centros Educacionais Unificados (CEUs) da região de São Miguel Paulista e dois centros culturais recém-inaugurados, também na Zona Leste, o Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentese o Centro Cultural da Penha.

Uma série de atividades é desenvolvida durante o ano todo em parceria com escolas de audiovisual do Estado. Entre elas, estão a “Noite de Kino”, uma gincana audiovisual que começa no sábado, dia 24 de agosto, quando os alunos indicados pelas escolas recebem o tema de seus vídeos e termina na segunda às 21h, no MIS, quando os trabalhos são exibidos.

O projeto “Crítica Curta” promove a discussão crítica sobre o formato de curta-metragem com alunos das escolas, que durante o Festival assistem aos filmes e postam suas críticas no Blog Crítica Curta. E as escolas participantes da mostra “Cinema em Curso” apresentam seus cursos no “Debate Cinema em Curso”, que acontece no dia 27 de agosto no MIS, às 18h.

O Festival também acolhe atividades propostas pela Associação Brasileira de Documentaristas (ABD-SP), que promoverá um encontro de cineastas (Cinemateca, 26 de agosto às 15h), a sessão CinemaLivre, com filmes sorteados a partir da indicação de seus membros (Cinemateca, 26 de agosto às 19h) e uma feira de trocas de DVDs (no MIS, 29 de agosto, às 18h30).

Programação de encontros e debates

DE 24 A 29 (EXCETO SEGUNDA-FEIRA) – 13H ÀS 17H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Encontro com ao vivo com os realizadores presentes

Valorizando a troca de experiências entre os realizadores nacionais e estrangeiros e com o público, o Festival promove debates informais com realizadores presentes sobre os filmes em exibição. Para quem não puder estar presente, os debates serão transmitidos pela equipe do coletivo Mídia Ninja ao vivo em streaming. A exibição será feita na íntegra no site PosTV (http://postv.com) e também no site do Festival (www.kinoforum.org/curtas/2013).Uma edição dos debates será exibida também na SescTV durante o período do Festival. Confira!

23 DE AGOSTO (SEX) – 20H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Lançamento do manual “Conservação e restauro de Filmes”

Com o apoio da TV Cultura e do MIS, acontece o lançamento do manual “Conservação e Restauro de Filmes”, de José Maria Pereira Lopes e Silvia Marques, no foyer do MIS. Mesmo em tempos de mídia digital, é sempre importante lembrar da necessidade de conservação e restauro do patrimônio audiovisual em película. José Maria Pereira Lopes tem 45 anos de trabalho em televisão, sua trajetória é parte da história da TV brasileira. Com passagem pela Tupi, Excelsior e SBT, atualmente trabalha como chefe de acervo da TV Cultura. Atuou 25 anos como chefe do Arquivo do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP).

24 DE AGOSTO (SÁB) – 15H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Workshop: “Formação inicial em projetos Culturais”

Dialogando com o histórico das Oficinas Kinoforum, essa atividade busca responder ao grande interesse demonstrado pelos oficineiros quanto à materialização de suas ideias em projetos culturais. A criatividade pulsa nas veias desses jovens que querem aprender como transformar suas ideias em projetos viáveis que tenham potência de participação nos diversos editais de fomento à cultura existente. Para atender a essa demanda, a Criarte Comunicação e Cultura promove o workshop “Formação Inicial em Projetos Culturais”, voltado a alunos e ex-alunos das Oficinas Kinoforum, estudantes, profissionais e demais interessados. A mediação será de Renata Freire, graduada em Comunicação Social, produtora e diretora de documentários e sócia da produtora Criarte Comunicação e Cultura.

24 DE AGOSTO (SÁB) – 18H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Encontro Residência Base

Depois de realizada a primeira edição do projeto Base Filmes, de Esmir Filho, Mariana Bastos e Thereza Menezes, os participantes e organizadores se encontram com o público, para falar sobre o diálogo no processo criativo. O projeto é inspirado em residências artísticas internacionais, com foco no desenvolvimento de roteiros para cinema, curtas ou longas metragens – ficção, animação ou documentário, independente da fase de desenvolvimento. A residência aconteceu de 19/08 a 23/08, em uma casa nas montanhas de São Francisco Xavier, São Paulo. Os participantes ficaram livres para trabalhar em seus projetos, administrando o próprio tempo.

25 DE AGOSTO (DOM) – 18H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Game Brazucah: I encontro dos jogadores do game do cinema brasileiro

Os participantes do I Encontro dos jogadores do game do cinema brasileiro se reúnem e concorrem a prêmios durante o Festival de Curtas. O game propõe aos participantes que divulguem informações sobre o audiovisual brasileiro em conjunto com a Rede Brazucah, rede de exibição e formação composta por estudantes e professores.

27 DE AGOSTO – 18H30 – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Lançamento do box “Trilogia do esquecimento”

Lançamento do box em Blu-Ray e DVD da “Trilogia do Esquecimento”, série composta pelos curtas “Satori Uso”,“Booker Pittman” e “Haruo Ohara”, produzida pela Kinoarte (Londrina/PR) entre 2005 e 2010, que conquistou mais de 50 premiações. É o primeiro lançamento de curtas brasileiros em Blu-Ray.

28 DE AGOSTO – 18H30 – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Lançamento do livro “subversivos”

Organizado por Sávio Leite, o livro reúne histórias que vêm sendo feitas de maneira silenciosa por vários profissionais comprometidos com o desenvolvimento do pensamento sobre cinema de animação em todas as suas facetas, como um cinema questionador, visionário, imaginativo e com o poder de tocar em assuntos pertinentes à sociedade.

29 DE AGOSTO (QUA) – 19H – CINE OLIDO

Cinema e educação

O Festival se une às Secretarias Municipais de Educação e Cultura para discutir a utilização do curta-metragem em sala de aula. O debate acontece no Cine Olido, com a participação de Fernando José de Almeida, responsável pela Diretoria de Orientação Técnica (DOT) da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, órgão responsável pela coordenação das diretrizes pedagógicas que norteiam as escolas e profissionais da Rede Municipal de Ensino da Capital; e Alfredo Manevy, secretário adjunto de Cultura de São Paulo.

29 DE AGOSTO (QUI) – 16H – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Debate Prêmio Itamaraty

Os integrantes do júri do Prêmio Itamaraty – as curadoras internacionais Maria Morata, do Festival de Berlim, e Alice Kharoubi, do Festival de Cannes, e o representante do Itamaraty, José Roberto Rocha F° – participam de um debate aberto ao público no qual vão comentar os filmes assistidos. A mediação é do cineasta Matias Mariani, presidente da Associação Cultural Kinoforum.

 

A programação completa do festival pode ser conferida no site www.kinoforum.org.br/curtas/2013.

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