Cinemateca abre programação do ano com clássicos
A Cinemateca Brasileira inicia sua programação 2015 com uma nova edição do Verão de Clássicos, que traz uma variada seleção de filmes clássicos e cults das mais diversas épocas, países e gêneros, de 22 de janeiro a 15 de março. As exibições são em película 35mm com título pertencentes ao acervo de difusão da Cinemateca e de parceiros da instituição.
Entre os destaques, estão Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini, que conta com antológica interpretação de Anna Magnani no papel central, A Noite, de Michelangelo Antonioni e o excelente trio Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau e Monica Vitti, Morangos Silvestres, um dos filmes mais bonitos de Ingmar Bergman, e Suspeita, clássico do início da fase americana de Alfred Hitchcock e início de sua parceria com Cary Grant. Raridades do cinema italiano, como Django Mata em Silêncio ou E o Chamavam Matador, de Massimo Pupillo, western spaghetti com o personagem Django, seguinte ao clássico de Sergio Corbucci, e Dois Fugitivos de Sing-Sing, comédia dirigida por um dos mestres do terror, Lucio Fulci, com a popular dupla Franco e Ciccio.
A seleção se completa com a exibição de filmes marcantes da década de 1990, como Amateur, encontro de um dos mestres do cinema independente americano Hal Hartley com a genial atriz francesa Isabelle Huppert, Aprile, um dos grandes filmes de Nanni Moretti, Amores Expressos, um dos primeiros sucessos de Wong Kar-Wai no Brasil, a excelente comédia drag queen Priscilla, a Rainha do Deserto, de Stephan Elliott, e Ondas do Destino, de Lars Von Trier, com as brilhantes atuações de Emily Watson e Katrin Cartlidge.
Com a colaboração da Fundação Japão e do Consulado Geral do Japão, serão exibidas obras-primas do cinema japonês: Fim de Verão, penúltimo filme de Yasujiro Ozu, Vida de Casado, uma das obras-primas de Mikio Naruse, o fundamental Desejo Profano, de Shôhei Imamura, o road movie Família, de um dos mestres do melodrama, Yôji Yamada, e Verão Feliz, uma comédia de toques melancólicos de Takeshi Kitano.
Devido a diversidade da coleção que compõem a programação, muitos filmes serão exibidos em cópias que carregam algumas marcas da ação do tempo. Nada disso, no entanto, diminui o encanto de fruir estas obras numa experiência, de fato, cinefílica, apresentando raridades há muito ausentes das telas.
A programação segue até o fim do verão, em março, e todas as sessões têm entrada franca.