Mostra reúne filmes que marcaram Hollywood nas décadas de 60 e 70

A Mostra Easy Riders – O Cinema da Nova Hollywood reúne, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, de 14 de janeiro a 9 de fevereiro, em São Paulo, de 21 de janeiro a 9 de fevereiro, e no Rio de Janeiro, de 28 de janeiro a 16 de fevereiro.

Os filmes mais significativos do movimento “Nova Hollywood”, a renovação do cinema americano entre as décadas de 1960 e 1970. A mostra apresentará os longas mais importantes desta geração como O Poderoso ChefãoEasy Rider e Tubarão, além de títulos que, apesar de não serem considerados “de Hollywood”, tiveram importância decisiva na cultura e na indústria de cinema americana, como Halloween. A maior parte dos filmes, alguns deles bastante raros e praticamente inéditos, serão exibidos em cópias 35mm.

A intenção é fazer um mapeamento desse período extremamente significativo à história do cinema para desfazer ideias prontas que desvirtuam o que de fato foi essa experiência. Ao reunir os filmes famosos e os desconhecidos, como Nasce Um Monstro, de Larry Cohen, a mostra também oferece um pensamento mais sólido sobre a Nova Hollywood e seu legado que vem influenciando toda a produção cinematográfica das últimas quatro décadas.

Nos últimos anos, em virtude do lançamento de livros como “Cenas de uma revolução – O nascimento da Nova Hollywood”, do jornalista Mark Harris, e “Como a geração sexo, drogas e rock n’ roll salvou Hollywood”, de Peter Biskind, o termo “Nova Hollywood” se oficializou como a definição mais satisfatória da virada moderna do cinema norte-americano.

A Nova Hollywood é um fenômeno extremamente significativo à história do cinema, tanto pelo que representou como modernização cinematográfica norte-americana quanto pelos cinemas que surgiriam a partir dali, nos EUA e no resto do mundo, a exemplo da produção asiática.

Nessa experiência, a indústria americana se reinventou com novos temas e novas formas, entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira metade dos anos 70, por meio de cineastas – como, por exemplo, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Brian De Palma – oriundos das universidades e influenciados pelos novos cinemas europeus.

Nesse mesmo período, houve uma crescente influência estética das obras off-Hollywood: os filmes B (como “Nasce um Monstro” de Larry Cohen) e os independentes (como “Os Maridos”, de John Cassavetes). Esses filmes e sistemas alternativos de produção dos anos 50 ajudaram a forjar o novo cinema americano e um novo modelo de produção que abrigou a indústria e suas superproduções (como as de Lucas e Spielberg), o cinema independente (que tem Cassavetes como patrono) e também aqueles cineastas que se dividiam entre as grandes e pequenas produções (tais como Coppola e De Palma).

A curadoria feita por Paulo Santos Lima e Francis Vogner dos Reis selecionou filmes com os quais muitos jovens diretores impuseram sua marca ao abordar temas tabus por meio de instigantes formas narrativas e, assim, conseguiram um lugar de destaque no cinema moderno mundial, além de influenciaras últimas quatro décadas do cinema que surgiu em seguida.

Na programação da mostra, estão inclusos debates nas três cidades com os curadores e com críticos de cinema, autores de ensaios que constam do catálogo do evento.

A programação completa da mostra pode ser conferida no site www.bb.com.br/cultura.

 

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