Festival É Tudo Verdade anuncia sua programação

Em sua 20a edição, o É Tudo Verdade 2015 – Festival Internacional de Documentários apresenta uma seleção de 109 títulos de 31 países, sendo 16 em estreia mundial. O festival acontece entre 9 e 19 de abril, em São Paulo, e de 10 a 19 de abril, no Rio de Janeiro. As itinerâncias deste ano vão exibir destaques da seleção em Belo Horizonte (29 de abril a 4 de maio), Santos (7 a 10 de maio) e Brasília (27 de maio a 01 junho). A entrada para as todas as sessões é franca.

“Últimas Conversas”, o documentário final dirigido por Eduardo Coutinho (1933-2014), será o filme de abertura para convidados nos dias 9 e 10 de abril próximo, respectivamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com cerca de uma hora e meia de duração, “Últimas Conversas” traz Coutinho papeando com jovens estudantes cariocas. O filme terá sessões abertas ao público durante a programação do festival.

A Competição Brasileira de Longas e Médias-Metragens apresentará sete filmes – todos em estreias mundiais. O título vencedor conquista o Prêmio É Tudo Verdade, no valor de R$ 110 mil, e um troféu criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa.

Os títulos selecionados são:

Caminho de Volta, de José Joffily e Pedro Rossi (RJ, 80 min., 2015)
Eu Sou Carlos Imperial, de Renato Terra e Ricardo Calil (RJ, 90 min., 2015)
Filme sobre um Bom Fim, de Boca Migotto (RS, 88 min., 2015)
Orestes, de Rodrigo Siqueira (SP, 93 min., 2015)
A Paixão de JL, de Carlos Nader (SP, 82 min., 2014)
Sete Visitas, de Douglas Duarte (RJ, 73 min., 2015)
Um Filme de Cinema, de Walter Carvalho (RJ, 108 min., 2015)

Doze longas-metragens inéditos no Brasil participam da Competição Internacional de Longas e Médias-Metragens. Pela primeira vez, nada menos que cinco dos selecionados são produções ou coproduções com países da América Latina. O vencedor receberá um prêmio no valor de R$ 15 mil e o troféu É Tudo Verdade, criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa. São eles:

Chamada de Emergência – Um Mistério de Assassinato, de Pekka Lehto (Finlândia, 83 min., 2014)
Chamas de Nitrato, de Mirko Stopar (Noruega, Argentina, 62 min., 2014)
O Conselho, de Yahya Alabdallah (Jordânia e Emirados Arábes, 80 min., 2014)
A França é a Nossa Pátria, de Rithy Pahn (75min, França., 2014)
Hora do Chá, de Maite Alberdi (Chile e EUA, 70 min., 2014)
O Outro Homem: F.W. de Klerk e o Fim do Apartheid, de Nicolas Rossier (EUA, 75 min., 2014)
Pekka, de Alexander Oey (Holanda, 90 min., 2014)
O que Houve, Sta. Simone?, de Liz Garbus (EUA, 102 min., 2015)
Seguindo Nazarín: O Eco de Uma Terra em Outra Terra, de Javier Espada (Espanha/México, 75 min., 2015)
Seus Pais Voltarão, de Pablo Martínez Pessi (Uruguai, 80 min., 2015)
A Visita, de Michael Madsen (Dinamarca, 83 min., 2014)
Tempo Suspenso, de Natalia Bruschtein (México, 64 min., 2015)

A Competição Brasileira de Curtas-Metragens exibirá nove filmes, três deles inéditos. O vencedor receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil e o troféu É Tudo Verdade, criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa.

Pela primeira vez na história do evento, o vencedor da Competição Brasileira de Curtas-Metragens está automaticamente qualificado para ser examinado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para concorrer a uma vaga na disputa do Oscar de melhor curta documental. O É Tudo Verdade é o primeiro e único festival sul-americano a merecer este status.

Os selecionados são:

Caetana, de Felipe Nepomuceno (RJ, 15 min., 2014)
Cidade Vazia, de Cristiano Burlan (SP, 8 min., 2015)
Cordilheira de Amora II, de Jamille Fortunato (MS, 12 min., 2014/2015)
De Profundis, de Isabela Cribari (PE, 20 min., 2014)
A Festa e os Cães, de Leonardo Mouramateus (CE, 25 min., 2015)
Nelson dos Santos, de Paulo Silver e Albert Ferreira (AL, 19 min., 2014)
Retrato de Carmem D., de Isabel Joffily (RJ, 22 min., 2014)
Sem Título # 2 : LA MER LARME, de Carlos Adriano (SP, 28 min., 2015)
A Vida que a Gente Só Ouve Falar, de Julia Tami Ishikawa (SP, 21 min., 2014)

A Competição Internacional de Curtas-Metragens exibirá nove filmes inéditos no país. O vencedor receberá um prêmio no valor de R$ 8 mil e o troféu É Tudo Verdade, criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa.

Também o vencedor da Competição Internacional de Curtas-Metragens está automaticamente qualificado para ser examinado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para concorrer a uma vaga na disputa do Oscar de melhor curta documental.

#73, de Rekesh Shahbaz (Curdistão, 23 min., 2015)
O Claustro, de Jay Rosenblatt (EUA, 16 min., 2014)
Dia da Vitória, de Alina Rudnitskaya (Rússia, 30 min., 2014)
Um Filme Perdido, de Eduardo Amaro (Portugal, 11 min., 2014)
A Ilha que Era, de Alberto Gambato (Itália, 10 min., 2014)
Morte Branca, de Roberto Collío (Chile, 17 min., 2014)
Se Mamãe Não Está Feliz, Ninguém Está, de Mea de Jong (Holanda, 25 min., 2014)
Supercondomínio, de Teresa Czepiec (Polônia, 20 min., 2014)
Urso, de Pascal Flörks (Alemanha, 9 min., 2014)

A retrospectiva Vladimir, 80 é dedicada ao cineasta brasileiro Vladimir Carvalho, que completou 80 anos em janeiro último. Paraibano de nascimento, brasiliense por opção, Vladimir é um dos mais importantes documentaristas da história do cinema brasileiro.

Para celebrar a efeméride, o É Tudo Verdade organiza um ciclo com quatro de seus principais longas-metragens e dois retratos biográficos a ele dedicados. Além da retrospectiva, o festival promove no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília o lançamento do livro “Jornal de Cinema” (É Tudo Verdade/Imprensa Oficial), reunindo uma seleção de seus escritos sobre cinema. Vladimir Carvalho também discutirá sua trajetória dentro do É Tudo Verdade – 14a Conferência Internacional do Documentário – Petrobras. Veja a seleção de filmes da mostra especial sobre o cineasta:

Conterrâneos Velhos de Guerra, de Vladimir Carvalho (Brasília/Brasil, 153 min., 1991)
O Evangelho Segundo Teotônio, de Vladimir Carvalho (São Paulo/Brasil, 90 min., 1984)
O Homem de Areia, de Vladimir Carvalho (Brasil, 116 min., 1981)
O País de São Saruê, de Vladimir Carvalho (Brasil, 85 min., 1971)
Vladimir Carvalho: Conterrâneo Velho de Guerra, de Dácia Ibiapina (Brasília/Brasil, 54 min., 2004)
Vladimir Carvalho, um Olhar Solidário, de Walter Carvalho (Brasil, 30 min., 2006)

Para celebrar a 20a edição do É Tudo Verdade, a Retrospectiva 20! Vinte aos Pares convida ao exame do diálogo entre dez pares de títulos marcantes da história do festival.

Duas mesas-redondas vão discutir a produção documental do período dentro do É Tudo Verdade – 14a Conferência Internacional do Documentário – Petrobras, cuja programação será divulgada na próxima semana.

Em coedição com a Cosac Naify, o É Tudo Verdade apresenta ainda o livro “A Verdade de Cada Um”, uma antologia de textos sobre documentário de 32 de seus principais realizadores, organizado e apresentado por Amir Labaki. “A Verdade de Cada Um” será lançado no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

Os títulos da Retrospectiva 20! Vinte aos Pares são:

A Casa da Rua Arbat, de Marina Goldovskaya (França e Rússia, 59 min., 1993)
No Buraco, de Juan Carlos Rulfo (México, 84 min., 2006)
A Televisão e Eu, de Andrés di Tella (Argentina, 75 min., 2002)
Santiago, de João Moreira Salles (Brasil, 79 min., 2006)
Entrada para a Paz Celestial, de Richard Gordon,  Carma Hinton (EUA, 188 min., 1995)
Fengming – Memórias de Uma Chinesa, de Wang Bing (China, 184 min., 2007)
Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski (Brasil, 92 min., 2009)
Tropicália, de Marcelo Machado (Brasil, 87 min., 2011)
Santo Forte, de Eduardo Coutinho (Brasil, 80 min., 1999)
O Sicário – Quarto 164, de Gianfraco Rosi (França, 84 min., 2010)
O Sem-Visão, de Miroslav Janek (República Checa, 53 min., 1996)
Primo de Segundo Grau, de Alan Berliner (EUA, 78 min., 2013)
O Mar que Pensa, de Gert De Graaff (Holanda, 100 min., 2000)
Os Cinco Obstáculos, de Lars Von Trier, Jørgen Leth (Dinamarca, 90 min., 2003
O Prisioneiro da Grade de Ferro (Auto-Retratos), de Paulo Sacramento (Brasil, 123 min., 2003)
A Alma do Osso, de Cao Guimarães (Brasil, 74 min., 2004)
Por que Lutamos, de Eugene Jarecki (EUA, 98 min., 2005)
Cinco Câmeras Quebradas, de Guy David e Emad Bornat (França, 90 min., 2011)
Jasmine, de Alain Ughetto (França, 70 min., 2013)
Tintin e Eu, de Anders Østergaard (Dinamarca, 74 min., 2004)

Welles, 100 celebra o centenário de nascimento do mítico cineasta norte-americano com a exibição das duas principais obras documentais dirigidas por ele: “It’s All True – Baseado em Um Filme Inacabado de Orson Welles” (1993), de Bill Krohn, Myron Meisel e Richard Wilson, um documentário sobre o documentário interrompido rodado por Welles no Brasil em 1942, e a versão restaurada de “Verdades e Mentiras” (F for Fake, 1973), um ensaio fílmico sobre o verdadeiro e o falso, a autoria e a arte, desenvolvido a partir de um perfil do mais extraordinário falsificador de pinturas do século 20, Elmyr de Hory (1905-1976).

O material gráfico do É Tudo Verdade 2015 celebra a jornada brasileira de Welles a partir do registro de suas filmagens no Nordeste feitos pelo jovem fotógrafo cearense Chico Albuquerque (1917-2000).  Uma exposição deste “making of” fotográfico das filmagens de “It’s All True” será promovida pelo festival simultaneamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Será também lançada uma caixa contendo 25 fotos tiradas durante as filmagens e selecionadas pelo filho do fotógrafo, Ricardo Albuquerque.

Dentro das mostras informativas, estão:

PROJEÇÕES ESPECIAIS

Cartunistas – Soldados de Infantaria da Democracia, de Stéphanie Valloatto (França, 106 min., 2014)
Cidadãoquatro, de Laura Poitras (Alemanha, EUA, Reino Unido, 114 min., 2015)
Como Cheirar uma Rosa: Uma Visita com Ricky Leacock à Normandia, de Les Blank e Gina Leibrecht (EUA, 64 min., 2014)
De Caligari a Hitler, de Rüdiger Suchsland (Alemanha, 118 min., 2014)
Na Estrada com Sócrates, de Niko Apel e Ludi Boeken (França, 86 min., 2014)
Homenagem a Robert Drew (1924-2014) – Dois Homens e Uma Guerra, (From Two Men and a War), de Robert Drew (EUA, 61 min., 2005)
Moana Sonoro, de Robert J. Flaherty, Frances Hubbard Flaherty e Monica Flaherty (EUA, 98 min., 1926/1980/2014)
A Nação que Não Esperou por Deus, de Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen (Brasil, 89 min., 2015)
A Noite Chegará, de André Singer (Reino Unido/EUA/Dinamarca/Israel/ Alemanha, 75 min., 2014)

O ESTADO DAS COISAS

1989, de Anders Østergaard e Erzsébet Rácz (Alemanha, Dinamarca, Hungria e Noruega, 90 min., 2014)
Carregador 1118, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques (Brasil, 64 min., 2014)
Drone, de Tonje Hessen Schei (Noruega, 78 min., 2014)
Essa é a Minha Terra, de Tamara Erde (França, 93 min., 2014)
Estrada de Sonhos, de Pedro von Krüger (Brasil, 91 min., 2014)
Geraldinos, de Pedro Asbeg, Renato Martins (Brasil, 73 min., 2015)
Jaci- Sete Pecados de Uma Obra Amazônica, de Caio Cavechini, Carlos Juliano Barros (Brasil, 102 min., 2014)
Premê – Quase Lindo, de Alexandre Sorriso, Danilo Moraes (Brasil, 70 min., 2015)
A Revolução de Nada, de Claudia Lisboa (Holanda e Suécia, 60 min., 2014)
Uyghurs Os Prisioneiros do Absurdo, de Patricio Henriquez (Canadá, 99 min., 2014)
O Termo, de Pavel Kostomarov, Aleksandr Rastorguev, e Alexey Pivovarov (Estônia, Rússia, 83 min., 2014)

FOCO LATINO-AMERICANO

Invasão, de Abner Benaim (Panamá e Argentina, 93 min., 2014)
O Retorno, Juan Pablo Ríos (Colômbia, 77 min., 2014)
Sou Ringo, de José Luis Nacci (Argentina, 116 min., 2014)
Tempestade nos Andes, de Mikael Wiström (Peru-Suécia, 101 min., 2014)

Duas iniciativas marcam o início da parceria entre o É Tudo Verdade e a recém-criada Spcine. O ciclo Documentários Musicais no É Tudo Verdade vai exibir no Cine Olido doze obras do gênero que tiveram sua estreia dentro da programação do festival. O festival terá uma itinerância na cidade de São Paulo durante todo o ano, exibindo seis de seus títulos pelos CEUs da capital.

Os títulos do ciclo Documentários Musicais no É Tudo Verdade são: “Um Certo Dorival Caymmi” (1999), de Aluísio Didier, “Samba Riachão” (2001), de Jorge Alfredo, “Paulinho Da Viola, Meu Tempo É Hoje” (2003), de Izabel Jaguaribe, “Maria Bethânia – Pedrinha de Aruanda” (2006), de Andrucha Waddington, “Herbert de Perto” (2006), de Roberto Berliner e Pedro Bronz, “Coração Vagabundo” (2008), de Fernando Grostein Andrade, “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei” (2009), de Micael Langer, Calvito Leal e Cláudio Manoel, “Uma Noite em 67” (2010), de Renato Terra e Ricardo Calil, “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto” (2011), de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, “Paulo Moura – Alma Brasileira” (2013), de Eduardo Escorel, “Sinfonia Paulistana, Um Novo Olhar” (2013), de Rogério Zagallo, e “Dominguinhos” (2014), de Joaquim Castro, Eduardo Nazarian e Mariana Aydar.

O Instituto Moreira Salles (IMS) lança durante o festival uma nova edição em DVD do documentário clássico “Iracema, uma Transa Amazônica” (1976), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, com novos extras dirigidos por Bodanzky. O lançamento acontece após projeções do filme em São Paulo (Cinemateca Brasileira, 15/4) e no Rio de Janeiro (IMS, 19/4).

A programação completa pode ser conferida no site do festival, www.etudoverdade.com.br.

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