Sarita Montiel e James Dean
As lendas que cercam a biografia de atores famosos são infindáveis. A atriz Sarita Montiel (1928-2013), que atuou em filmes feitos nos EUA, México e Espanha (“Vera Cruz”, “Serenade”, “Piel de Canela” e “La Violetera”), está no centro de duas lendas que andam encantando (e intrigando) seus fãs. Uma é simples e plausível: ela teria namorado o ator James Dean (1931-1955) e sido o derradeiro amor do astro de vida breve (ele morreu com 24 anos, vítima de acidente de carro). A outra lenda, que de tão rocambolesca faria corar até um desmedido teledramaturgo mexicano, chegou ao público brasileiro em artigo do respeitado escritor cubano Leonardo Padura.
O autor do romance “O Homem que Amava os Cachorros”, de imenso sucesso (no Brasil, foi editado pela Boitempo), alimentou recente crônica na “Folha de S. Paulo” com a descabelada história de que Sarita teria engravidado de Ramón Mercader (1913-1978), o assassino de Leon Trotsky (1879-1940). Como Mercader passou 20 anos preso, a bela atriz teria entrado na prisão para “dormir” com o assassino e conceber a criança. O parto, porém, teria sido tão difícil, que deixaria Sarita estéril (os dois filhos que criou foram realmente adotados). O recém-nascido do relacionamento com Mercader seria (por que?) doado a terceiros.
Quem é a fonte de história tão alucinada? Um cabeleireiro da intérprete de “La Violetera”. Aí já é demais. Quanto ao namoro da diva, uma das mulheres mais lindas de sua época, com James Dean, sabe-se que não passou de um flerte. Um fã brasileiro da estrela ouviu dela mesma relato do que aconteceu: os dois trocaram beijos e carícias, tiraram fotos juntos, se divertiram muito. Mas não houve tempo para a relação se aprofundar.