Festival de Gramado 2015: “Ausência”, de Chico Teixeira
Por Maria do Rosário Caetano, de Gramado
A coprodução Brasil-Chile-França, AUSÊNCIA, de Chico Teixeira, um dos fortes concorrentes ao Kikito de melhor filme, se fez representar em Gramado por sua produtora Paula Cosenza, da Bossa Nova Films, e pelos atores Gilda Nomace, de vermelho, e Matheus Fagundes. O diretor faz, neste momento, tratamento contra um câncer, em São Paulo. Mas está bem e empenhado na preparação de seu novo longa, DOLORES.
Chico Teixeira, de 56 anos, enviou ao Fest Gramado um vídeo, exibido na imensa tela do Palácios dos Festivais, no qual, de touca, justificou sua ausência. Contou de seu tratamento e retirou a toca para mostrar a cabeça raspada. Fez tudo com generosidade, senso de humor e zero de sentimentalismo. Foi muito aplaudido.
No debate, Cosenza lembrou que o filme vem fazendo boa carreira em festivais nacionais e internacionais e que é fruto da soma de esforços da Bossa Nova com a produtora do chileno Andres Wood e do francês Thierry Lenovel (o mesmo de “Tierra y Sombra”, longa colombiano que venceu o prêmio Camara d’Or, no último Festival de Cannes). A coprodução de Andres Wood, diretor de “Violeta Sobe aos Céus”, sobre Violeta Parra (coproduzido pela Bossa Nova) garantiu a presença da grande atriz chilena Francisca Gavilán em AUSÊNCIA (ela interpreta uma mulher de circo). Matheus Fagundes ganhou, pelo filme, o troféu Redentor no Festival do Rio. Depois, atuou na minissérie “Felizes para Sempre?”, de Fernando Meirelles/Rede Globo. Gilda Nomace é uma das musas do coletivo Filmes do Caixote, que conta com os jovens e talentosos Juliana Rojas, Marco Dutra, Caetano Gotardo e Matheus Rocha. Musa também dos curta-metragistas. Ela está nos créditos de 50 produções de curta duração. E em longas como “Trabalhar Cansa”, “Quando Eu Era Vivo”, “Gata Velha Também Mia” e no novíssimo (e inédito) longa de Hector Babenco.